De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), quase 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano, sendo esta a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no mundo. A equipe de Imunologia, mas especificamente que tratam pacientes com HIV realizou uma pesquisa percebendo o alto número de pessoas com depressão grave, com indicativas de suicídio.
O número de respostas de pacientes com HIV que tem pensamento suicídio é surpreendente, no atendimento, foi analisado que 35 % dos pacientes com HIV tinham depressão e dentro desse grupo 25% com intenção suicida.
Foi observado que os pacientes com transtorno mental era elevado, inclusive com depressão que é o principal fator para o indivíduo pensar na possibilidade de suicídio e alguns com transtorno bipolar. Com percentual grande, chamou a atenção que era necessário fazer rastreio de forma com perguntas especificas e acolhedoras, pois olhando pro paciente apenas não é possível identificar uma possível depressão. Nessas abordagens são feitas perguntas assertivas, foi possível perceber que as pessoas se sentiam amparadas em seus sofrimentos, pois tudo o que elas queriam é serem escutadas. Ressalta Drº Júlio Tolentino
Com isso, foi criado grupo de pessoas interessadas no tema, que já prestavam atendimento a pacientes com HIV no Hospital Universitário Gaffrée e Guinle que pertence a UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, com isso, foi montada uma rede de assistência de apoio aos pacientes soropositivos.
Como funciona o fluxo
É feito um acolhimento do paciente onde são levantadas o risco de suicídio desse paciente, número de tentativas, dependendo do grau de risco ele é encaminhado para o atendimento psicoterápicoe médico.
A assistência social é fundamental na questão do contato com a família pois o suporte familiar é determinante ou quando paciente não tem recurso financeiro para ir às consultas.
A proposta do grupo é treinar outras equipes para que elas saibam atender o paciente com pré–disposição ao suicídio.
A idéia é ampliar a rede de multiplicadores, pois o HUGG é hospital escola, os estudantes serem treinados para a escuta terapêutica, eles escutam de forma empática, se colocando no lugar do outrocom uma atitude compassiva, que é o recomendado, o paciente já beneficiado no rastreio no primeiro momento.
O Hospital Universitário Gaffrée e Guinle UNIRIO, é pioneiro no país no tratamento em HIV, e credenciado pelo ministério da saúde como centro de atendimento referência desde a época epidêmica.