Melanoma: entenda o câncer de pele que matou Roberto Leal

Sociedade Brasileira de Dermatologia alerta: nenhum tipo de câncer de pele deve ser subestimado. Conheça os riscos da doença e saiba como evitar

Roberto Leal morreu aos 67 anos de complicações de um melanoma (Foto: Reprodução da intermet)
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O cantor português Roberto Leal, de 67 anos, faleceu neste domingo (15)  por conta de um melanoma maligno que evoluiu, atingindo o fígado e causando síndrome de insuficiência hepatorrenal. O cantor fazia tratamento de câncer há três anos e enfrentava a fase avançada e metastática da doença, quando o tumor se espalha por outros órgãos.

Com pesar, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) lamentou a perda e fez um alerta: o câncer de pele não deve ser subestimado! Se diagnosticado e tratado precocemente, o melanoma não provoca metástases e tem enormes chances de cura.

Segundo o dermatologista Elimar Gomes, coordenador da Campanha do Câncer de Pele da SBD, o melanoma não é o tipo mais comum de câncer da pele mas, sua alta capacidade de se espalhar para outros órgãos, determina casos graves e letais. Os fatores de risco para a doença são: pele clara, exposição exagerada ao sol, pintas que mudam de cor, forma e tamanho e outros casos da doença na família.

O mais comum é o aparecimento do melanoma em qualquer lugar da pele humana, incluindo unhas e couro cabeludo; mas esse tumor também pode surgir nas mucosas, olhos e sistema nervoso central”, enfatiza Elimar.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 30% de todos os tumores malignos do Brasil correspondem ao câncer da pele, o que mais acomete o ser humano. Para o biênio 2018/2019, a estimativa é que o número de câncer da pele não melanoma seja de 165.580 mil novos casos e de câncer melanoma, estimam-se 6.260 casos.

Temos um problema de saúde pública e a SBD transformou esse problema numa causa: a luta contra o câncer da pele através do Dezembro Laranja, mês de conscientização sobre a doença”, explica Sergio Palma, presidente da Instituição. Segundo ele, “um país com menos casos de câncer da pele é uma meta alcançável e a Sociedade Brasileira de Dermatologia está comprometida em reduzir sua incidência e mortalidade”.

Sobre o câncer da pele

O câncer da pele é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem a pele. Existem diferentes tipos de câncer da pele que podem se manifestar de formas distintas, sendo os mais comuns denominados carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular – chamados de câncer não melanoma – e que apresentam altos percentuais de cura se diagnosticados e tratados precocemente. Um terceiro tipo, o melanoma, apesar de não ser o tipo de câncer da pele mais incidente, é o mais agressivo e potencialmente letal. Quando descoberto no início, a doença tem mais de 90% de chance de cura.

Em todos os tipos, a exposição excessiva e sem proteção ao sol é o principal fator de risco que pode ser prevenido para o câncer da pele, que  pode se manifestar como uma pinta ou mancha, geralmente acastanhada ou enegrecida; como uma pápula ou nódulo avermelhado, cor da pele e perolado (brilhoso); ou como uma ferida que não cicatriza”, diz Jade Cury Martins, Coordenadora do Departamento de Oncologia Cutânea da SBD.

Por isso, a Sociedade Brasileira de Dermatologia orienta que as pessoas se examinem com periodicidade, consultando um dermatologista em caso de suspeita. Também é importante que se examine familiares, pois muitas vezes os cânceres podem aparecer em regiões que não é possível ver sozinho. Ao se expor ao sol, é importante que as áreas descobertas estejam protegidas, mesmo em dias frios e nublados.

Recomendações do Consenso Brasileiro de Fotoproteção – Medidas Gerais

  • Não existe medida fotoprotetora que, isoladamente, garanta uma fotoproteção adequada; por isso, a SBD recomenda a combinação do maior número possível de medidas como a estratégia mais correta;
  • Em todas as condições, a SBD não recomenda a exposição ao sol no período entre 10 e 16 horas (considerar o horário de verão quando necessário). A depender da época do ano (verão) e da localidade da exposição, deve-se considerar um período ainda maior de restrição ao Sol;
  • O uso de roupas e chapéus ou bonés deve sempre ser estimulado;
  • O uso de óculos de sol é recomendado para a prevenção do dano solar nos olhos;
  • A utilização de sombras naturais (cobertura de árvores) ou artificiais (guarda-sóis, tendas, coberturas de edificações ou outras) é sempre medida adicional a ser orientada;
  • O uso correto do protetor solar, FPS mínimo de 30, é uma medida essencial e sua seleção e orientação de uso são responsabilidades do dermatologista.
  • A SBD também lembra que a melhor forma de evitar a doença é a prevenção! Vale reforçar que o autoexame não substitui a consulta ao dermatologista da Instituição. Encontre um dermatologista associado à SBD em: http://www.sbd.org.br/

    Fique atento aos #sinaisdocancerdepele e participe do #dezembrolaranja.

    Da Redação, com Assessorias

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