Abril Verde: como evitar que o trabalho vire doença?

Afastamentos por questões de saúde mental são cada vez mais frequentes, com grande impacto para as empresas

Estresse no trabalho pode levar a ansiedade e depressão, uma das causas responsáveis por absenteísmo (Banco de Imagens)
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Na última década, mais de 21 mil pessoas perderam suas vidas em acidentes no trabalho, segundo apontam dados do Ministério Público do Trabalho (MPT) e da Organização Internacional do Trabalho. A cada 15 segundos, um trabalhador morre no mundo por acidente de trabalho ou doença laboral, segundo o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho. Somente entre o período de 2012 a 2020, 21.467 desses profissionais eram brasileiros.

Desde 1969 a campanha Abril Verde alerta para a importância da saúde e segurança no ambiente de trabalho, em alusão ao Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho e o Dia Nacional em Memória das Vítimas de Acidentes e Doenças do Trabalho. Celebradas em 28 de abril, as datas promovem discussões sobre o adoecimento ocupacional estão em alta e temas relacionados ao esgotamento físico e mental dos trabalhadores ganham mais espaço.

Às vésperas do Dia Mundial do Trabalho (1º de maio), o Abril Verde, atualmente, chama atenção não apenas para os acidentes físicos, mas também para as doenças mentais, que têm se destacado por sua recorrência, especialmente nos últimos anos. Daí a importância da conscientização sobre a importância dos cuidados com a saúde e segurança dos trabalhadores.

“Os desafios enfrentados na pandemia impactaram de forma contundente a saúde mental do trabalhador. Não foi à toa que batemos recordes de afastamentos por adoecimento psíquico”, diz Ticiana Paiva, professora, doutora em Psicologia, pesquisadora de cuidado emocional em crises, desastres e suicídios e head de Psicologia na health tech Starbem.

Segundo ela, na pós-pandemia, a rotina nas empresas começou a se normalizar, mas os reflexos deixados por ela ainda são muito presentes na vida de muitas pessoas como tristeza, depressão e ansiedade. A psicóloga explica que os transtornos mentais são determinados por diversas causas, mas existem gatilhos que podem designar estresse e angústia sem fim.

Eles estão muito presentes no universo do trabalho e podem ser provocados por diversos fatores como assédio moral, sexual, jornadas super exaustivas, ambiente tóxico, metas impossíveis de serem alcançadas, pressão do chefe, entre outros motivos que podem afetar a saúde mental do colaborador.

“É essencial compreender qual o limite da resiliência, para que o indivíduo não seja surpreendido com um burnout, por exemplo, que passou a ser considerada como doença ocupacional recentemente, mas permanece negligenciada por muitas empresas que priorizam apenas doenças físicas”, alerta Ticiana.

Telemedicina no ambiente de trabalho

De acordo com um levantamento da consultoria B2P, 331 mil colaboradores em 18 empresas tiveram que ser afastados por causa da saúde mental, um índice de mais de 23% entre 2019 e 2020.

Para completar o cenário, no último ano, pequenos planos de saúde coletivos, que atendem até 29 pessoas, tiveram aumento bem maior que os demais planos em 2021, de acordo com dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar).

A alta foi de 9,84%, enquanto planos coletivos com mais de 30 pessoas subiram 5,55%. Por isso, a Starbem tem auxiliado de forma constante pequenas e médias empresas, com planos bem mais acessíveis – a partir de R$ 19,97 mensais por vida.

Com Assessorias

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