Casal que faz sexo uma vez por semana é mais feliz

Mais do que isso, não alteraria a rotina do casal, diz estudo. Terapeuta analisa crises no relacionamento e dá orientações

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Psicóloga explica como identificar sinais de que o casal precisa de ajuda (Foto: Reprodução de Internet)
Muita gente se pergunta se tem feito sexo com a frequência normal ou desejada.  Mas será que existe mesmo uma frequência ideal? Todos os dias? Duas vezes por semana? Uma vez? Ou uma a cada 30 dias? Afinal, como podemos saber se estamos fazendo sexo ‘na medida’?
Pesquisa da Universidade de Toronto-Mississauga com mais de 30 mil americanos em relacionamento estável apontou que a frequência ideal seria uma vez por semana. Mais do que isso não alteraria os níveis de felicidade e bem-estar do casal. Se for menos que isso, poderia, ao contrário, causar uma queda nessas sensações.
Segundo o estudo, publicado em 2015 pelo periódico Social Psychological and Personality Science, a maioria dos casais entrevistados acredita que a frequência sexual tem mais impacto sobre sua felicidade do que o dinheiro. Ou seja, os participantes que ganhavam mais e tinham menos relações se consideravam mais infelizes do que aqueles com menor renda e mais sexo.
Em seu consultório, a terapeuta de casal e de família Tatiana Leite analisa a procura de muitos casais que acabam se questionando sobre o assunto, principalmente, quando ouvem comentários de outras pessoas. Para ela, a frequência ideal apontada no estudo – e em tantos outros por aí – não vale para todos.
“Somos pessoas diferentes uma das outras e, portanto, temos necessidades diferentes. Assim, se não podemos generalizar, também não podemos definir uma frequência  normal ou ideal. Quando colocamos dessa forma, sugerimos que, se não for como se espera, existe uma anormalidade, o que não é verdade”, afirma a especialista.

Ela lista ainda algumas orientações para os casais que desejam “manter acesa a chama” e evitar que problemas na cama se intensifiquem e acabem com o relacionamento. Confira:

1 – Redução no ritmo sexual

É comum que casais que estão juntos há muito tempo sentirem uma diminuição do ritmo sexual. Nesse caso, o ideal é que, assim que se perceba a mudança, o casal já procure adotar atitudes que ajudem no resgate do relacionamento sexual. É importante estar atento para evitar o aprofundamento de uma possível crise.

2 – O parceiro(a) está distante

Se a sua frequência sexual está diminuindo e essa não é sua vontade, vale a pena investigar as possíveis causas. Se o motivo é a diminuição do desejo por um dos membros do relacionamento, talvez seja a hora de avaliar quais fatores podem ter colaborado para seu parceiro chegar a esse ponto de distanciamento. Para resolver um conflito como esse, às vezes, a melhor alternativa é buscar ajuda de um profissional.

3 – Evite fazer comparações

É sempre muito importante manter o diálogo aberto, conversar sem buscar culpados, sem comparar o seu relacionamento com o de outros casais. É preciso evitar trazer modelos de referências do tipo: “Mas, fulana me disse que eles transam todos os dias, olha como a vida sexual deles é quente. Percebe como eles são felizes?”. Projeções como essa podem conspirar contra a sua própria felicidade. Sem contar que, quando o assunto é sexo, nem sempre as pessoas contam a verdadeira realidade dos fatos.

4 – Não existe receita pronta

Em resumo, viva sua sexualidade da forma que achar melhor, as possibilidades são inúmeras e não existem receitas prontas, nem manual de instrução, para aumentar o desejo entre o casal. Procure manter uma conexão com seu parceiro e não deixe que os problemas aumentem de forma que vocês não consigam enxergar oportunidades para o relacionamento.

Quanto a terapia é o melhor caminho

Segundo Tatiana, os motivos que levam as pessoas a procurarem ajuda profissional são bem variados. “A terapia de casal, normalmente, vem após uma crise no relacionamento amoroso. É comum a ocorrência de conflitos na vida conjugal após o nascimento do primeiro filho ou de uma grande perda financeira”, comenta a psicóloga.  Já a terapia sexual tem por objetivo aliviar a disfunção sexual do paciente; Entre elas estão dificuldade para chegar ao orgasmo, falta de desejo e diminuição da libido.

“Pode não parecer, mas a correria do dia a dia interfere (e muito!) na nossa vida sexual. Com a agenda sempre cheia, acordamos atrasados, dormimos mal e esquecemos de deixar um horário disponível para cuidar de nós mesmos. Quando o cotidiano começar a interferir na sexualidade, é hora de procurar uma terapia sexual. Para termos uma vida saudável precisamos harmonizar não só nossas necessidades, mas também nossos prazeres”, afirma.

Ela comenta sobre a existência ainda de um certo preconceito com o tratamento psicológico, apesar dos resultados promissores. “Para muitos pacientes, a psicoterapia corresponde à uma verdadeira luz no fim do túnel. Através dela conseguimos salvar casamentos, desvendar situações traumáticas, vencer dificuldades e muito mais. A vida muda depois de fazer terapia, pois é impossível sair de uma sessão do mesmo jeito que entrou. As possibilidades se tornam claras e você consegue vislumbrar soluções como nunca antes havia pensado”, finaliza.

Tatiana Leite, psicóloga, é especializada em terapia familiar e de casal pela Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP). Possui pós-graduação em Sexualidade Humana, pela Faculdade de Medicina da USP.

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