Ela lista ainda algumas orientações para os casais que desejam “manter acesa a chama” e evitar que problemas na cama se intensifiquem e acabem com o relacionamento. Confira:
1 – Redução no ritmo sexual
É comum que casais que estão juntos há muito tempo sentirem uma diminuição do ritmo sexual. Nesse caso, o ideal é que, assim que se perceba a mudança, o casal já procure adotar atitudes que ajudem no resgate do relacionamento sexual. É importante estar atento para evitar o aprofundamento de uma possível crise.
2 – O parceiro(a) está distante
Se a sua frequência sexual está diminuindo e essa não é sua vontade, vale a pena investigar as possíveis causas. Se o motivo é a diminuição do desejo por um dos membros do relacionamento, talvez seja a hora de avaliar quais fatores podem ter colaborado para seu parceiro chegar a esse ponto de distanciamento. Para resolver um conflito como esse, às vezes, a melhor alternativa é buscar ajuda de um profissional.
3 – Evite fazer comparações
É sempre muito importante manter o diálogo aberto, conversar sem buscar culpados, sem comparar o seu relacionamento com o de outros casais. É preciso evitar trazer modelos de referências do tipo: “Mas, fulana me disse que eles transam todos os dias, olha como a vida sexual deles é quente. Percebe como eles são felizes?”. Projeções como essa podem conspirar contra a sua própria felicidade. Sem contar que, quando o assunto é sexo, nem sempre as pessoas contam a verdadeira realidade dos fatos.
4 – Não existe receita pronta
Em resumo, viva sua sexualidade da forma que achar melhor, as possibilidades são inúmeras e não existem receitas prontas, nem manual de instrução, para aumentar o desejo entre o casal. Procure manter uma conexão com seu parceiro e não deixe que os problemas aumentem de forma que vocês não consigam enxergar oportunidades para o relacionamento.
Quanto a terapia é o melhor caminho
Segundo Tatiana, os motivos que levam as pessoas a procurarem ajuda profissional são bem variados. “A terapia de casal, normalmente, vem após uma crise no relacionamento amoroso. É comum a ocorrência de conflitos na vida conjugal após o nascimento do primeiro filho ou de uma grande perda financeira”, comenta a psicóloga. Já a terapia sexual tem por objetivo aliviar a disfunção sexual do paciente; Entre elas estão dificuldade para chegar ao orgasmo, falta de desejo e diminuição da libido.
“Pode não parecer, mas a correria do dia a dia interfere (e muito!) na nossa vida sexual. Com a agenda sempre cheia, acordamos atrasados, dormimos mal e esquecemos de deixar um horário disponível para cuidar de nós mesmos. Quando o cotidiano começar a interferir na sexualidade, é hora de procurar uma terapia sexual. Para termos uma vida saudável precisamos harmonizar não só nossas necessidades, mas também nossos prazeres”, afirma.
Ela comenta sobre a existência ainda de um certo preconceito com o tratamento psicológico, apesar dos resultados promissores. “Para muitos pacientes, a psicoterapia corresponde à uma verdadeira luz no fim do túnel. Através dela conseguimos salvar casamentos, desvendar situações traumáticas, vencer dificuldades e muito mais. A vida muda depois de fazer terapia, pois é impossível sair de uma sessão do mesmo jeito que entrou. As possibilidades se tornam claras e você consegue vislumbrar soluções como nunca antes havia pensado”, finaliza.
Tatiana Leite, psicóloga, é especializada em terapia familiar e de casal pela Pontifícia Universidade Católica (PUC/SP). Possui pós-graduação em Sexualidade Humana, pela Faculdade de Medicina da USP.