Não há dúvida de que realmente a vontade de parar é o mais importante. Mas nem todos conseguem interromper esse vício sem ajuda. O hábito de fumar envolve inúmeras situações do dia a dia, que desencadeiam a vontade, além da dependência química da nicotina propriamente dita. Por isto, a interrupção desse comportamento pode ser muito difícil para muitos – 72% fumantes brasileiros admitem que não conseguem abandonar o vício. É o que mostram especialistas na 11ª matéria da série Vida sem Fumo, que ViDA & Ação encerra neste domingo.
Neste sentido, o apoio de profissionais de saúde treinados pode ser de grande ajuda, seja para tirar dúvidas, incentivar, sugerir mudanças na rotina ou mesmo associar medicamentos. É importante lembrar que esse tratamento é oferecido de forma gratuita no Sistema Único de Saúde (SUS)”, aponta o oncologista Cristiano Guedes Duque, da Oncoclínica Centro de Tratamento Oncológico no Rio de Janeiro.
Segurados conseguem largar o vício
Apenas 15% dos participantes de um programa contra o tabagismo na SulAmérica conseguiram abandonar o vício em 2017. Pode parecer pouco, mas o índice é visto como bastante positivo pela seguradora, uma vez que levantamentos internacionais com o mesmo formato de abordagem, ou seja, sem uso de medicamentos, demonstram que a taxa média de cessação varia entre 13% e 19%.
Ficamos muito felizes com esse importante resultado. Ele é reflexo do trabalho de uma gestão de saúde da SulAmérica que preza pelo bem-estar dos seus beneficiários. Os números nos incentivam a seguir com o compromisso de investir em iniciativas com foco na qualidade de vida e prevenção de doenças”, afirma a diretora de Relacionamento com Prestadores da companhia, a médica Tereza Veloso.
O Consultor de Bem-Estar SulAmérica foi lançado em 2014 e os segurados podem solicitar a participação ou indicar alguém pelo e-mail saudeativa@sulamerica.com.br. Além disso, a companhia incorporou ao Programa Saúde Ativa o aplicativo Sharecare. Inédita no Brasil, a ferramenta de e-health contribui para que o usuário adote um estilo de vida mais equilibrado, agregando tecnologias inovadoras para monitorar condições de saúde e engajá-lo em atividades de autocuidado.
Apoio da família e dos amigos é fundamental
Para quem convive com fumantes, Tiago Kenji, especialista em câncer de pulmão do Instituto de Oncologia do Hospital Santa Paula (IOSP), aconselha a evitar ao máximo o contato com o cigarro, determinando a área externa como o único ambiente possível para quem quiser fumar.
O tabagismo é uma doença crônica e transmissível, basta olhar alguém fumando para sentir vontade. É por isso que 85% dos tabagistas começam a fumar aos 16 anos. De 80% que tentam parar, apenas 3% conseguem”, afirmou.
Se o tabagista está em tratamento, é importante que a família e amigos saibam lidar com as possíveis recaídas. “Em média, é na terceira tentativa que a interrupção definitiva é alcançada pelo paciente.
10 dicas para abandonar o cigarro
Diminua o consumo do cigarro gradualmente.
Mude hábitos que podem levar à vontade de fumar. Evite café e bebidas alcoólicas.
Quando vier a vontade de fumar, concentre-se em alguma atividade.
A abstinência é normal e dura somente alguns minutos. Neste momento, beba água, masque chiclete ou coma algum doce.
Pratique atividades físicas. Os exercícios ajudam a aliviar a tensão de ficar sem cigarro e contribuem muito para a melhora respiratória. As atividades mais indicadas são natação, caminhada, corrida e ciclismo.
Em média, é na terceira tentativa que a interrupção definitiva é alcançada, tenha paciência.
Busque o apoio de sua família e amigos para lidar com possíveis recaídas.
Se necessário, procure ajuda médica.
No Brasil, os tratamentos farmacológicos podem ajudar, eles incluem o uso de adesivos e goma de mascar.
Existem vários grupos de apoio antitabagistas para orientar os pacientes que desejam parar de fumar. As pessoas se reúnem em grupos de autoajuda, no mínimo, uma vez por semana. Em alguns casos essa frequência pode ser ajustada para mais dias por semana.
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