Amizade faz bem até para a imunidade em tempos de Covid

No Dia do Amigo (20/7), especialistas afirmam que amizade faz bem à saúde, previne depressão, ansiedade e até fortalece o sistema imunológico

Segundo uma pesquisa da Universidade de Harvard a amizade traz benefícios à saúde (Foto Divulgação)
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Você já se sentiu melhor apenas ao ler uma mensagem de “bom dia” de um amigo no Whatsapp? Ou começou a rir sozinho lembrando de uma situação engraçada que viveu com bons amigos? Pois esses sentimentos têm explicação científica. Neste dia 20 de julho, em que é comemorado o Dia do Amigo, especialistas afirmam que a amizade traz, de fato, muitos benefícios à saúde. Manter relações saudáveis com amigos pode ajudar a prevenir depressão, ansiedade e até fortalecer o sistema imunológico do organismo, tão importante nesses tempos difíceis.

Uma pesquisa da Universidade de Harvard revelou que, ao se construir laços de amizade, a longevidade pode aumentar em até 10 anos. Além disso, pessoas com mais de 70 anos de idade têm 22% mais chance de chegar aos 80 com melhor perspectiva de vida. A revisão de 148 estudos feita nos Estados Unidos por especialistas da Brigham Young University e da Universidade da Carolina do Norte mostrou que pessoas com amizades sólidas tinham 50% mais chances de sobrevivência. Mais que isso: os autores concluíram que os efeitos da falta de amigos são comparáveis aos problemas provocados pela obesidade, pelo abuso de álcool e pelo consumo de 15 cigarros por dia.

A psicóloga Elaine Franciny Jardim, professora do curso de Psicologia da Faculdade Pitágoras, defende que é importante celebrar e cultivar as amizades. “Os amigos tornam a vida melhor. Somos seres sociais e manter amigos ao nosso redor é reconhecido dentro da Psicologia e da literatura científica como uma das principais fontes de felicidade e bem-estar”, diz a professora.
Cultivar boas amizades, de acordo com a psicóloga, é um processo de construção paulatina na busca de interesses e gostos em comum. “Inicialmente vamos conhecer a pessoa e paulatinamente criar laços mais profundos. E assim vamos buscando uma aproximação. Com isso, aos poucos vai acontecendo essa troca de apoio e de carinho. É a partir dessa aproximação, que é lenta, que se formam laços duradouros”.
A profissional da saúde alerta que também é preciso tomar cuidado para que a amizade não se torne uma relação tóxica. “Quando confundimos amizade com dependência emocional, ela se torna tóxica na nossa vida. Para amizades saudáveis é necessário a busca de laços mais profundos e duradouros”, explica.
Para saber se estamos sendo tóxicos ou em uma relação de amizade tóxica é preciso ficar atento. “Amizades que causam estresse, tristeza e ansiedade são tóxicas. Pessoas que drenam a nossa força vital e fazem com que duvidemos do nosso próprio jeito de ser são pessoas que carregam dependência emocional”, completa Elaine.

O valor da amizade em tempos de isolamento

Desde março do ano passado, muita coisa mudou, principalmente os encontros presenciais, que foram substituídos pelas vivências virtuais, o que foi sentido como negativo por várias pessoas. “As amizades são fundamentais para nossa saúde mental. A falta do contato com os amigos próximos ocasionou falta de felicidade, aconchego, segurança e tranquilidade”, afirma Adriana Lima.
“Dependendo da situação de cada pessoa, a falta desse contato afetuoso de uma relação tão importante no dia a dia pode desencadear problemas emocionais/mentais mais sérios, já que cientificamente, estar com pessoas que amamos libera ocitocina ou o hormônio do “amor”, que traz para o ser humano a sensação de “bem-estar” e acolhimento!”, afirma Rita Carvalho.
Segundo Ester Gomes, especialista em Desenvolvimento Humano, “a amizade é necessária para que o ser humano leve a vida com mais leveza”. “Tivemos a prova disso nesse período de pandemia onde um amigo(a) foi a válvula de escape para muitos que sentiram a angústia e ansiedade”, afirma ela.
A psicóloga Elaine Jardim afirma que manter contato com os amigos, mesmo que de forma virtual, se faz ainda mais necessário. “O distanciamento tem adoecido muitas pessoas. E os amigos proporcionam uma rede de suporte muito benéfica para a saúde mental compartilhando experiências, emoções e sentimentos. É um fator de proteção e troca de afetos”, explica a docente.

 

Dia do Amigo e outras celebrações

O Dia do Amigo (20 de julho) foi criado em Buenos Aires, na Argentina, pelo professor, músico e filósofo Enrique Ernesto Febbraro. A inspiração foi a chegada do homem à Lua em 20 de julho de 1969. Febbraro, ao sugerir a celebração, defendeu que a conquista também deveria ser considerada uma oportunidade de se fazer amigos em outras partes do planeta. Assim, em 1970, o Dia do Amigo foi comemorado pela primeira vez no mundo.

No Brasil, a data ganhou força nos anos 90. Apesar de não ser uma data comercial e não estar relacionada a nenhum feriado, o dia está presente no calendário oficial da cidade de Belo Horizonte e do Estado do Rio de Janeiro. No Rio, inclusive, foi criada, em 7 de janeiro de 2010, a lei nº 5.146 que institui o Dia do Amigo no Rio.

Apesar de o dia 20 de julho ser o mais popular nos países da América, outras três datas celebram a amizade no Brasil. Algumas pessoas comemoram em 18 de abril. Outra data também dedicada à amizade é 30 de julho.
Isso porque, em 2011, a Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou durante a assembleia geral da organização o Dia Internacional da Amizade. O intuito da ONU é que a amizade entre povos, países, culturas e indivíduos possa inspirar esforços pela paz e construir ligações mais fortes entre comunidades.
Mais recentemente, em 2016, o Facebook definiu o 4 de fevereiro como o Dia do Amigo. A data foi escolhida por Mark Zuckerberg por marcar a criação da rede social.
Com Assessorias

 

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