40% dos pets convivem com a obesidade: ômega 3 pode prevenir

Número de cães obesos ou com sobrepeso cresceu 108% e o de gatos, 114%, em menos de 10 anos. Oncologista veterinária explica poder do ômega-3

Cápsulas de ômega 3 (Foto: Free Photo)
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Levantamento recente do Banfield Pet Hospital revelou que cerca de 40% dos pets convivem com a obesidade ou estão acima do peso. Ainda de acordo com o balanço, o número de cães brasileiros obesos ou com sobrepeso cresceu 108% e o de gatos, 114%, entre 2011 e 2020. O alto índice preocupa médicos veterinários.

Juliana Cirillo, especialista em oncologia e parceira da Agener, unidade de negócios da União Química, que fabrica produtos medicamentosos e de manutenção da saúde animal, destaca que diversos fatores favorecem estes indicadores, como o sedentarismo e a falta de uma alimentação adequada, que deixam os animais suscetíveis a diversas doenças.

“Uma dieta equilibrada, em tese, não requer suplementação, mas, é preciso que os donos de pets estejam sempre atentos às necessidades desses parceiros, pois em alguns casos determinados nutracêuticos podem trazer benefícios adicionais à saúde dos pets. Hoje, com o avanço da ciência e da medicina veterinária, temos no mercado linhas de produtos que apresentam ação anti-inflamatória e contribuem para a preservação da massa magra nos pacientes, por exemplo”, observou.

O Ômega 3 e seus inúmeros benefícios na jornada de cuidados com a saúde de cães e gatos é um dos destaques na lista de itens obrigatórios para os pets, segundo a médica veterinária.

“O paciente obeso é um paciente inflamado e o consumo desta substância ajuda a reduzir consideravelmente essa inflamação. Além disso, ele pode ser indicado para pacientes com artrose, por exemplo, como tratamento adjuvante no controle da dor”.

Rico em ácidos graxos, o ômega 3 é um nutracêutico essencial não produzido pelo organismo, e por isso deve ser obtido através da dieta, segundo a médica veterinária. Outra observação importante da oncologista é que mesmo animais que adotam alimentação natural é essencial o acompanhamento de um nutricionista para uma dieta equilibrada.

“O nutricionista vai indicar as proporções ideais de consumo de proteínas, lipídios e carboidratos de forma individualizada e planejada. É muito comum vermos casos em que os animais chegam debilitados por causa de uma alimentação pobre em nutrientes. A falta de vitamina D ou a carência de cálcio e outros minerais são comuns em animais que recebem uma dieta caseira feita sem a orientação profissional de um nutricionista”, revela a veterinária.

Ainda de acordo com a especialista, algumas situações comuns observadas nos animais, como a presença de doença periodontal, ou mesmo o sobrepeso e obesidade conforme citado anteriormente, são situações que induzem a um estado de inflamação sistêmica crônica no paciente.

“Essa inflamação abre uma janela de oportunidades para o surgimento de outras doenças.Por isso destacamos a importância de uma dieta equilibrada, seja ela através do consumo de ração ou da alimentação natural. O uso de determinados nutracêuticos na dieta pode ser benéfico também para melhorar a qualidade da pelagem de cães e gatos, a função do sistema imunológico, a manutenção de uma microbiota intestinal saudável, assim como proteger o sistema cardiovascular e renal”, explica Juliana Cirillo.

A profissional ressalta que o consumo de ômega 3 pelos pets pode contribuir muito para a qualidade de vida e saudabilidade dos cães e gatos e lista alguns dos benefícios trazidos pelo nutriente. Confira abaixo:

Ômega 3 e seus benefícios para o bem-estar e qualidade de vida dos pets:

  • Auxilia na recuperação de lesões cutâneas;
  • Auxilia no controle da coceira em animais com dermatites alérgicas;
  • Potencializa a recuperação de quadros inflamatórios em geral;
  • Ajuda no controle da dor em animais com doenças osteoarticulares;
  • Contribui na proteção cardíaca e renal;
  • Auxilia na manutenção da musculatura
  • Pode ser usado na nutrição de animais diagnosticados com câncer.

Médico veterinário dá dicas para evitar a leishmaniose

A leishmaniose canina é uma infecção causada por um agente infeccioso chamado Leishmania. Este micro-organismo faz parte do grupo dos protozoários. A transmissão acontece por meio da picada do “mosquito-palha” fêmea, que suga o sangue do animal. Mesmo não sendo um mosquito, o inseto se assemelha a um. No início, a doença é bem silenciosa e, sem a avaliação de um médico veterinário, os tutores podem não reconhecer que seu animal está com este problema de saúde.

A leishmaniose afeta o organismo do animal e os protozoários se multiplicam, atacando as células que fazem parte do sistema imunológico. A evolução da leishmaniose pode acarretar quadros mais graves, atingindo fígado, baço e medula óssea, por exemplo. Além disso, favorece o aparecimento de lesões na pele e pode levar o animal à morte. Por isso, é importante que o animal seja acompanhado por um médico veterinário e realize os exames periódicos.

“A doença não acomete apenas cães. Os sinais clínicos nos cachorros, gatos, roedores, humanos e outros mamíferos podem variar dependendo da espécie de Leishmania, bem como do estado imunológico do paciente infectado. Em geral, são úlceras na pele, queda de pelo, aumento do fígado e do baço, crescimento excessivo das unhas e perda gradual de peso”, explica Wagner Araújo, médico veterinário e professor do curso de Medicina Veterinária do Uninassau — Centro Universitário Maurício de Nassau Recife, Campus Graças.

Segundo ele, são dois tipos de cura: a clínica, com a remissão dos sinais clínicos e redução da carga infecciosa, e a parasitológica, com a eliminação completa do parasita.

“Esta última é a mais difícil. O tratamento é feito à base de medicamentos imunoterápicos e antiparasitários específicos. Para tratar os cães, só existe uma droga liberada no Brasil para uso médico veterinário. Já em humanos, os cuidados podem ser realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”, explica Wagner.

Para a prevenção da doença, é importante que as pessoas mantenham os espaços livres de folhas, fezes de animais e restos de comida, pois as fêmeas do inseto-vetor colocam seus ovos no acúmulo desses elementos, gerando novos mosquitos transmissores. Além de ser imprescindível o uso de coleiras ou pipetas repelentes nos animais.

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