As doenças renais estão entre os problemas crônicos que mais crescem entre a população.  Os casos mais comuns incluem os cálculos renais (pedras nos rins) e a insuficiência renal crônica, um quadro em que os rins perdem a capacidade de filtrar o sangue e equilibrar os níveis de água, sais e minerais do organismo.

De acordo com dados do Ministério da Saúde, em 2023 foram registrados mais de 91 milhões de atendimentos relacionados a cálculos renais e insuficiência renal crônica no país, sendo cerca de 200 mil internações. Em 2024, o número de internações ultrapassou os 221 mil, com mais de 52 mil apenas no estado de São Paulo.

No Dia Mundial do Rim (13 de março), profissionais de saúde e instituições em todo o mundo reforçam a importância da saúde renal.  Os rins são responsáveis por funções vitais, como filtrar as toxinas do sangue e controlar a pressão arterial. Quando não funcionam corretamente, podem levar a doença renal crônica, que se não for diagnosticada e tratada, pode levar à perda de até 90% da função renal, mesmo sem sintomas.

A boa notícia é que a maioria das doenças renais pode ser prevenida com atitudes simples. Manter-se hidratado, controlar a pressão arterial, evitar o consumo excessivo de sal, realizar exames regulares e adotar uma alimentação equilibrada são cuidados essenciais para proteger os rins ao longo da vida.

Além disso, é fundamental estar atento a sinais como inchaços, alterações na urina, cansaço excessivo e dores na região lombar. Ao identificar qualquer um desses sintomas, é recomendável buscar orientação médica e realizar exames laboratoriais que avaliem a função renal.

É essencial que a população compreenda que as doenças renais muitas vezes se desenvolvem de forma silenciosa. A prevenção e o diagnóstico precoce fazem toda a diferença na qualidade de vida do paciente e na redução de complicações graves”, explica o nefrologista João Chang.

Entenda os riscos da Doença Renal Crônica

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Doença Renal Crônica atinge cerca de 10% da população mundial, podendo chegar a 36% em grupos de risco. Já no Brasil, estima-se que 6,7% dos adultos tenham a doença, número que triplica entre os idosos.

A DRC é caracterizada por uma lesão que ocorre nos rins, de forma progressiva, irreversível, definida por anormalidades estruturais ou funcionais persistentes (por mais de três meses). É a alteração da capacidade dos rins de filtrar o sangue e eliminar as impurezas na urina.

A doença afeta principalmente os rins, mas pode prejudicar outros órgãos do corpo, como coração, além de poder ser tanto a causa quanto a consequência de outras doenças cardiovasculares, como a insuficiência cardíaca. Além disso, a perda da função renal pode desencadear diversas complicações, entre elas a hiperpotassemia, o aumento dos níveis de potássio no sangue.

Principais causas

Em muitos casos, esses problemas evoluem de forma silenciosa, sem sintomas perceptíveis nos estágios iniciais. No Brasil, os números chamam a atenção não só pela alta demanda de atendimentos, mas também pela relação direta com hábitos que podem ser prevenidos.

As principais causas da DRC são a hipertensão arterial, o diabetes e a obesidade. Pessoas idosas também estão mais propensas a desenvolverem a doença renal crônica. Por isso é sempre importante acompanhar como está a pressão, o níveis de açúcar no sangue e principalmente, se já tem alguma doença alusiva e esses fatores, seguir corretamente as orientações do médico.

Como os sintomas geralmente aparecem apenas em estágios mais avançados, exames preventivos são essenciais para um diagnóstico precoce e a adoção de medidas que evitem complicações mais graves. O exame mais característico para identificar a DRC é o que mede o aumento dos níveis de creatinina e a presença de proteínas na urina, que se chama proteinúria. Além disso, também a presença de sangue na urina ou outras alterações, que podem aparecer no ultrassom de rim.

A conscientização é o primeiro passo para reduzir os impactos das doenças renais na saúde pública. Neste Dia Mundial do Rim, o apelo é claro: cuidar dos rins é cuidar da vida.

Com Assessorias

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