Luciana Gimenez se descobre demissexual: você sabe o que é isso?

Demissexualidade é uma orientação sexual como outra qualquer: a pessoa não adere ao sexo casual e atração só acontece quando há sentimento real

Demissexual: Luciana Gimenez revelou recentemente que não gosta de sexo casual (Fotos: Reprodução da internet_
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A modelo e apresentadora Luciana Gimenez, de 54 anos, afirmou recentemente que sua relação amor e sexo, ao longo dos anos, tornou-se muito peculiar à medida que ela percebeu que nem tudo fazia muito sentido dentro de uma relação. Ou seja, para ela, o relacionamento sexual só é prazeroso se estiver de mãos dados com o amor, com afeto e com carinho.  Sexo casual ou sexo por sexo sem sentimentos não agrada mais a apresentadora.

O que ela não sabia – e só descobriu após uma entrevista com uma convidada – é que esse tipo de preferência tem nome e é mais comum do que podemos imaginar: é a demissexualidade. Para o demissexual, a atração sexual só acontece quando existe o sentimento real, quando o emocional é conectado e o envolvimento afetivo transborda.

Neste caso, existe a verdadeira entrega dos parceiros que deixa de ser apenas uma entrega relacionada ao instinto carnal e entram em cena os sentimentos, a emoção e todos os aspectos afetivos desta relação. Ou seja, a maior dificuldade do demissexual é exatamente o sexo casual, o “fazer por fazer”. Precisa ter sentimento.

Gimenez, assim como tantas outras pessoas, revela que já há algum tempo percebeu que não faz mais sentido se entregar a uma relação onde o amor não está sendo servido. A demissexualidade é, portanto, classificada como uma orientação sexual como outra qualquer. E deve ser encarada como tal.

E como a Psicologia ou a saúde mental entende essa orientação sexual?

Na verdade, não há nenhum mistério. É apenas uma questão de aceitação e entendimento. No entanto, o principal é se autoconhecer e entender seus desejos e sua orientação o quanto antes para evitar frustrações e confusão emocional a fim de não se perder dentro de suas próprias relações pessoais.

A grande confusão é que quando não se sabe o que está sentindo ou qual a sua opção, a tendência é misturar os sentimentos e enquanto não se encontra o (a) parceiro (a) ideal, se deixar levar por julgamentos e cobranças da sociedade por um posicionamento frente ao comportamento e investimento sexual.

Demissexual: Luciana Gimenez revelou recentemente que não gosta de sexo casual (Fotos: Reprodução da internet)

Geralmente o demissexual, durante a adolescência ou vida adulta, pode ter passado por questionamentos de amigos ou familiares por não ter tido iniciativa própria. E isso pode acarretar complicadores emocionais como isolamentos, pânico, transtornos, neuroses, depressão, ansiedade, TOC, tristeza, insegurança, timidez, entre outras questões psicológicas que poderiam ter sido evitadas. 

O preconceito, o tabu e, principalmente, a falta de informação e conhecimento sobre a temática da sexualidade geram esses rótulos que se emprenham no indivíduo e acabam sendo arrastados como correntes por longos anos, manifestando dor e confusões emocionais desnecessárias que impedem a liberdade de viver um amor puro e até mesmo um sexo liberto e livre.

Portanto, podemos sem medo de errar, afirmar que, pelo olhar da saúde mental, a Demissexualidade, enquanto orientação sexual é manifestada por nosso instinto, ou seja, está muito mais relacionada com nossa essência, nossa personalidade, nossos valores e nossas crenças, do que qualquer outra coisa.

Assim, somos guiados ao sexo através do nosso afeto, nosso carisma e da necessidade de vínculos pré-estabelecidos, os quais fazemos conscientes ou inconscientes. Inclusive, o fator mais relevante em uma relação demissexual não é o sexo, e sim o vínculo afetivo. 

Leia nossos artigos aqui no ‘Palavra de Especialista’

 

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