O Brasil possui, aproximadamente, 20 milhões de diabéticos, de acordo com o Censo 2022 do IBGE. Estima-se que, em 2030, cerca de 21,5 milhões de brasileiros terão diabetes, de acordo com o Ministério da Saúde. Já a IDF (Federação internacional de Diabetes), entidade que reúne mais de 240 associações de diabetes em mais de 161 países e territórios. O Brasil está em quinto lugar no ranking mundial de países com mais pessoas com diabetes no geral e o terceiro lugar quando se fala em diabetes Tipo 1.
Apesar de a patologia ser comum entre os brasileiros, a falta de acesso a tratamentos inovadores e até os mais básicos é uma realidade. Volta e meia, associações de pacientes denunciam a falta de medicamentos no Sistema Único de Saúde. Ou entram na Justiça para conseguir medicamentos mais avançados, ainda não disponíveis pelo SUS.
Nesta terça-feira (26), o Ministério da Saúde anunciou um acordo para antecipar a entrega de uma remessa de 1,8 milhão de unidades de insulina até o fim dezembro. Em nota, a pasta informou que a estratégia garante o abastecimento no SUS. “O reforço dos estoques permite a continuidade do tratamento de todos os pacientes atendidos pela rede pública de saúde”, diz o texto.
O acordo foi fechado durante reunião da ministra da Saúde, Nísia Trindade, com a gerente geral da Novo Nordisk no Brasil, Isabella Wanderley. Com isso, 93% do volume contratado de canetas de insulina serão entregues até dezembro enquanto a previsão inicial era de apenas 50% este ano. Segundo o ministério, a produção da empresa no Brasil é responsável por 15% de todo o fornecimento mundial do insumo.
Essa antecipação é importante para atender a todas as pessoas que precisam de insulinas para o tratamento de diabetes”, destacou a ministra. “É motivo de orgulho sabermos que a produção da empresa no Brasil é responsável por 15% do fornecimento mundial”, complementou.
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Produção nacional de insulina vai para outros países
A insulina a ser entregue pela Novo Nordisk é produzida em planta localizada em Montes Claros (MG), reconhecida como a maior fábrica de insulinas do Brasil e da América Latina, com cerca de dois mil funcionários”, destacou a pasta.
Temos um imenso orgulho de sermos, há mais de cinco anos, fornecedores e parceiros do Sistema Único de Saúde, um dos maiores e mais bem reconhecidos do mundo ao garantir acesso a um medicamento tão importante como a insulina”, afirma Isabella. “Nosso esforço em conseguirmos atender esta antecipação é sinal de nosso compromisso com o País”, completa.
‘Situação mundial de restrição na oferta de insulina’
No comunicado, o Ministério da Saúde informa manter aquisições regulares para oferta de insulina no SUS, “garantindo o abastecimento ininterrupto do medicamento”. Até outubro deste ano, foram distribuídas 49,9 milhões de unidades de insulinas NPH e 10,7 milhões de insulina regular (frascos e canetas) para todo o país, atendendo à demanda de estados e municípios.
Atualmente, há uma situação mundial de restrição da oferta de insulina. O Ministério da Saúde atuou para que essa situação fosse superada”, concluiu.
A orientação é que qualquer pessoa com indicação de uso de insulina e dificuldade para acessar o medicamento em farmácias privadas, inclusive por meio do programa Farmácia Popular, procure uma unidade básica de saúde (UBS) para solicitar a medicação.
Da Agência Brasil e Ministério da Saúde