Preços dos remédios subirão até 4,5%: o que fazer para economizar?

Farmácia Popular, opção por genéricos e pesquisa online de preços. Aumento de remédios não poderá passar de 4,5% em 2020.É o menor reajuste desde 2020

A pesquisa online de preços de medicamentos pode representar economia de até 80% na hora da compra (Foto: Divulgação)
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O ano mal começou e já vem reajuste por aí. A alta no preço dos medicamentos, que acontece todos os anos com autorização do governo federal, chega a partir de 1° de abril. A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) fixou o teto de reajuste em 4,5% neste ano, o menor percentual desde 2020, informou nesta sexta-feira (29) o Ministério da Saúde (MS).

A pasta esclareceu que esse índice não representa um aumento automático nos preços, mas uma definição de teto permitido de reajuste anual. O limite para o aumento dos preços dos remédios em 2024 coincide com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos últimos 12 meses, que registrou alta de 4,5%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse reajuste, no entanto, soma-se à correção do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o ICMS, que é regulado por cada estado. E no meio de tanta sigla, está o consumidor, que desta forma, será afetado duas vezes. E quem mais sofre são as pessoas que dependem de medicamentos de uso contínuo.

“Apesar de ser um reajuste que acontece anualmente, ninguém está preparado para gastar mais. E quem mais sofre sempre são aquelas pessoas que precisam de medicamentos de uso contínuo, como remédios para pressão arterial, diabetes, doenças cardíacas e tantas outras”, diz o CEO da plataforma Consulta Remédios (CR), Paulo Vion.

Pesquisa online de preços: economia de até 80%

Para aqueles que usam medicamentos para pressão alta, diabetes, asma, o programa Farmácia Popular é uma alternativa. Outra opção é a busca por medicamentos genéricos. No entanto, a alta dos preços não está restrita a esses casos, muitos medicamentos que ainda possuem patentes ativas têm exclusividade de farmacêuticas. Neste caso, a pesquisa de preços é a melhor opção para gastar menos.

“Hoje o consumidor tem uma gama de possibilidades, que vão desde uma simples pesquisa de preços à adesão de programas sociais (como o Farmácia Popular). A busca por medicamentos genéricos é uma dica importante, uma vez que esses medicamentos costumam ser sempre mais baratos e são igualmente eficazes, por exemplo”, afirma o especialista.

Ainda de acordo com Vion, a melhor solução é sempre a pesquisa de preços, que pode levar a uma economia de mais de 80%. Uma simples busca no comparador de preços da plataforma Consulta Remédios, por exemplo, mostra que a Losartana, por exemplo, um dos medicamentos mais populares no tratamento de pressão alta, tem uma variação de preços que chega de R$ 19 a R$ 91.

“Hoje existe um facilitador muito grande que é a compra digital. Precisamos aprender a usar essa ferramenta a nosso favor. E é claro que fazer uma pesquisa na internet é muito mais fácil que ficar pulando de farmácia em farmácia”, explica ele. E é justamente por isso que cada vez mais, plataformas e healthtechs vêm apostando nesse diferencial, como a Consulta Remédios.

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Alerta para aumento abusivo de preços

Ainda, é importante que os consumidores estejam atentos a possíveis abusos no preço dos medicamentos. “Esse reajuste anual, que é autorizado pelo Governo e regulamentado pela CMED, é uma sugestão de valor máximo de aumento. Ou seja, as farmácias podem subir em até este valor. Mas algumas redes acabam abusando desse aumento, e é importante que os consumidores fiquem atentos”, diz Vion.

“O Brasil hoje adota uma política de regulação de preços focada na proteção ao cidadão, estabelecendo sempre um teto para o percentual do aumento para proteger as pessoas e evitar aumentos abusivos de preço”, comentou Carlos Gadelha, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde do MS.

Como é feito o cálculo do reajuste dos medicamentos

A Câmara que regula o preço dos remédios no Brasil é um órgão interministerial responsável pela regulação do mercado de medicamentos no país. O colegiado é formado por representantes dos ministérios da Saúde, Casa Civil, Justiça e Segurança Pública, Fazenda e do Desenvolvimento. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também participa do órgão, fornecendo suporte técnico às decisões.

“A CMED estabelece limites para preços de medicamentos, adota regras que estimulam a concorrência no setor, monitora a comercialização e aplica penalidades quando suas regras são descumpridas. É responsável também pela fixação e monitoramento da aplicação do desconto mínimo obrigatório para compras públicas”, informa a Câmara.

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Com informações da Consulta Remédios e Agência Brasil

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