Com a vacinação em ritmo lento e o baixo isolamento social, o Brasil corre o risco de enfrentar uma terceira onda ainda mais grave de Covid-19 no inverno, com possibilidade de chegar à marca de 750 mil mortos até agosto, segundo estudo da Universidade de Washington. A média móvel de mortes por coronavírus no Brasil subiu pelo segundo dia. Nesta segunda (17) foram registrados 1.039 óbitos, com média de 1.918, 19% menor que há duas semanas. No total, já somamos 436.862 vidas perdidas.
O Brasil registra queda na média morte de mortes nas duas últimas semanas, mas projeções de cientistas preveem uma terceira onda de Covid-19 no inverno. Segundo estudo Instituto de Métricas de Saúde e Avaliação da Universidade de Washington, nos EUA, país pode chegar a 751 mil mortes pela doença até 27 de agosto. As informações são do O Globo.
Devido ao ritmo lento da vacinação e baixo isolamento social, as previsões para o Brasil não são boas. O estudo da Universidade de Washington, destaque mundial pelas projeções certeiras, indica, no pior cenário, o patamar de 3.300 mortes diárias em 21 de julho – em 21 de setembro, o país alcançaria 941 mil óbitos pela doença,
Conforme noticiado pelo O Globo, os especialistas do Instituto de Métrica alertam para o aumento de mortes mesmo com redução nas internações em UTIs e na média diária de óbitos. O motivo dessa piora na situação da pandemia no Brasil é a previsão de aumento das infecções, assim como a redução no uso de máscaras e distanciamento social.
Portanto, para evitar uma trágica terceira onda, especialistas avaliam a aceleração da vacinação como uma das principais medidas. Apesar da imunização chegar a 1,1 milhão de doses diárias em 13 de abril, a quantidade caiu ao longo do mês – em 12 de maio, foram apenas 429 mil vacinas, de acordo com painel da Universidade de Oxford. Além disso, o número de brasileiros imunizados com a segunda dose ainda não chega a 10% da população do país.
De acordo com projeção da Rede Análise Covid-19, o Brasil apresenta tendência para picos da doença – exemplo de julho de 2020 e começo de 2021. Após o pico, a propensão é para queda, estabilização e, depois, um novo aumento. Atualmente, segundo os pesquisadores, o país está às vésperas de um novo aumento de infectados e mortos.
O Instituto Butantan, que interrompeu a produção da CoronaVac na sexta-feira (14), deve receber no próximo dia 26 insumos para retomar o envase da vacina, segundo o governador de São Paulo, João Doria. Segundo ele, serão 4 mil litros de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), suficientes para 7 milhões de doses. Já a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) recebe da China neste sábado (22) IFA suficiente para produzir mais 12 milhões de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca.
Enquanto isso, os Estados Unidos anunciaram que vão doar mais 20 milhões de doses de diferentes imunizantes a outros países até julho, em parceria com a Covax Facility, consórcio organizado pela Organização Mundial da Saúde. Como a vacinação está adiantada no país, o governo Joe Biden já havia anunciado a doação de 60 milhões de doses. A decisão vem em boa hora, já que a crise da Covid-19 na Índia ameaça o fornecimento de vacinas para os países mais pobres.
Fonte: Canal Meio, com Redação