Por falta de doses, o município do Rio de Janeiro teve que paralisar a aplicação da segunda dose (D2) da CoronaVac em crianças de 3 e 4 anos. A interrupção acontece pela falta de novas remessas da vacina entregues pelo Ministério da Saúde. Apesar das solicitações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), neste momento não há previsão de quando novos aportes serão enviados pelo Governo Federal.
A aplicação da primeira dose (D1) nesse grupo está suspensa desde 26 de outubro, mas a D2 continuava disponível por conta da reserva técnica garantida pela SMS. Porém, esse estoque também se esgotou diante falta de novos repasses de vacinas. A cobertura vacinal desse grupo está em 29% para a D1 e apenas 13% para D2.
Desde julho, as unidades da SMS-Rio imunizaram cerca de 46 mil meninas e meninos de 3 e 4 anos com a D1 da CoronaVac, única autorizada pela Anvisa para uso nesse público. Para avançar na cobertura vacinal,,restam cerca de 115 mil crianças dessa faixa etária a serem protegidas no Rio. A aplicação da segunda dose para esse grupo está garantida com a vacina reservada especificamente para esse fim.
A SMS reforça a importância da vacinação para prevenir quadros graves de covid-19, e o uso de máscaras caso as pessoas apresentem sintomas gripais.
Estado recebe 76 mil doses da vacina da Pfizer para crianças
.Na tarde desta sexta-feira (11), a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) informou que recebeu 76 mil doses da vacina Pfizer disponibilizadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde para imunização de crianças de 6 meses a 2 anos, 11 meses e 29 dias de idade que tenham comorbidades.
O lote foi encaminhado para a Coordenação Geral de Armazenagem da SES (CGA), em Niterói, onde estará disponível para os municípios retirarem a partir das 19h desta sexta[, mediante agendamento.
Em 27 de outubro, o Ministério da Saúde recebeu o primeiro lote de vacinas Covid-19 para crianças de seis meses a menores de três anos. Os imunizantes são produzidos pela Pfizer e autorizados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação em crianças de 6 meses a 3 anos.
As orientações para aplicação, público-alvo e distribuição das vacinas proporcionalmente por estado e Distrito Federal foram publicadas pelo Ministério da Saúde na Nota Técnica 114/2022-DEIDT/SVS/MS.
O esquema de vacinação proposto pelo fabricante é uma série primária de três doses, em que as duas doses iniciais devem ser administradas com quatro semanas de intervalo, seguidas por uma terceira dose administrada pelo menos oito semanas após a segunda dose para esta faixa etária.
Em 9 de novembro, a Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério divulgou o Ofício 242/2022, no qual lista as comorbidades:
– Diabetes;
– Pneumopatias crônicas graves;
– Hipertensão arterial resistente;
– Hipertensão arterial estágio 3;
– Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo;
– Imunocomprometidos;
– Doença renal crônica;
– Doenças neurológicas crônicas;
– Hemoglobinopatias graves;
– Obesidade mórbida;
– Síndrome de Down;
– Cirrose hepática; e
– Doenças cardiovasculares, como insuficiência cardíaca (IC) e cardiopatias congênitas.