De acordo com o Censo do IBGE de 2010, 6,5 milhões de pessoas são afetadas pela deficiência visual no Brasil, ou seja, cerca de 3,5% da população brasileira. Dentre elas, 528.624 são incapazes de ver (cegas) e 6.056.654 têm grande e permanente dificuldade de enxergar (baixa visão). Os cegos usam bengalas brancas e as pessoas com baixa visão usam bengalas verdes. Pessoas podem perder a visão de maneira irreversível a partir de várias patologias: glaucoma, retinose pigmentar, degeneração da mácula, retinopatia diabética, retinopatia da prematuridade (em pessoas que nascem prematuras), dentre outras.

Muito mais do que estatísticas, pessoas cegas ou com baixa visão são pessoas. E precisam ser olhadas com atenção pela sociedade. Por isso, mais do que uma simples obra literária, ‘Muito Além da Visão’ é uma causa. A causa das pessoas com deficiência visual, que nunca se restringe a elas apenas, mas ao desejo de conquistar um mundo que seja para todos. Não são deficientes visuais, mas PESSOAS com deficiência visual, pois é assim: o ser humano se apresenta antes de qualquer característica.

Filha do escritor e educador Rubem Alves, falecido em julho de 2014, Raquel Alves,  que tem a literatura na alma e na vida, organizou e redigiu 27 histórias de cegos e pessoas com baixa visão. Raquel foi diagnosticada com glaucoma aos 13 anos de idade, porém, apenas a partir de 2016 começou a se entender como pessoa com deficiência visual. Hoje tem baixa visão e utiliza recursos de acessibilidade.

 No livro, Raquel traz narrativas surpreendentes daqueles que aprenderam a se relacionar com o mundo sem poder contar com a visão. Uns desde o nascimento, outros que a perderam ao longo da vida. Uma das principais mensagens que se descortinam diante de histórias tão humanas e surpreendentes é: pessoas com deficiência visual têm limitações sim, mas não são pessoas limitadas. A obra inclui o depoimento de Vanessa Vidotti Pimenta, médica oftalmologista, que traz um olhar sensível em relação à perda visual.

A proposta de reunir representantes de todo o Brasil trouxe um autor de cada estado brasileiro para compor esta obra sensível e inusitada. O Rio de Janeiro é representado por Cinthya Freitas, presidente da Associação dos Deficientes Visuais do Estado do Rio de Janeiro (ADVERJ). A Editora Siano também fez questão de doar uma porcentagem dessa obra para associações e Instituições dedicadas às pessoas com deficiências, sejam elas visuais ou não, espalhando, assim, um pouco mais de esperança para todos aqueles que se encontram diante de desafios que a vida apresenta.

SOBRE A ORGANIZADORA

Raquel Alves é graduada e pós-graduada em Arquitetura e Urbanismo. Filha do escritor e educador Rubem Alves, assumiu a presidência do Instituto Rubem Alves em 2014 (a partir do falecimento de seu pai), deixando sua carreira de arquiteta e paisagista de lado. Ministra palestras em todo Brasil, falando sobre educação e também temas motivacionais ligados à qualidade de vida. Iniciou em 2017 sua carreira de escritora infantil com o livro “Crisálida – a cigarra que gostava de primavera“, que acaba de ser selecionado pela Prefeitura de São Paulo para ser distribuído nas bibliotecas públicas do município.

Como acessar o livro

Além do livro impresso, a obra terá formatos digitais: ebook e audiolivro, que poderão ser adquiridos pelo site www.editorasiano.com.br, pelos valores de R$ 35,00 – preço de lançamento – (versão impressa) e R$ 24,50 paras as versões ebook e em áudio.

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