Anitta surpreendeu recentemente os fãs ao informar que foi diagnosticada com hérnia de disco. No último dia 20, a cantora foi proibida de dançar e obrigada a cumprir repouso e fisioterapia. A artista pop brasileira usou as redes sociais para dividir com seus seguidores a notícia de que deve evitar movimentos mais bruscos no palco, dentre eles, o chamado “quadradinho”, em que o quadril desenha um quadrado. Para o movimento, ela acaba forçando a lombar, o que prejudica o tratamento.

Apesar de afetar 15% da população em todo o mundo, segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), a hérnia de disco é um problema considerado comum. De acordo com o IBGE, o problema atinge cerca de 5,4 milhões de brasileiros e é a segunda maior causa de afastamento do trabalho, ficando atrás apenas das doenças cardíacas.

Mesmo assim, muitas pessoas ainda desconhecem as causas e o tratamento da doença provocada pelo processo degenerativo normal da coluna, que só é diagnosticada por meio de ressonância magnética. Especialistas explicam que nem toda dor nas costas é sinal de hérnia de disco, porém, essa é uma das causas mais comuns de dor lombar e também de dor na perna (dor ciática ou ciatalgia) e uma das patologias mais frequentemente tratadas nos consultórios.

O QUE É

O ortopedista Fernando Arturo, do Hapvida Saúde, explica que a hérnia de disco, também chamada de hérnia discal, representa um mal gerado pelo desgaste do material contido no interior do disco intervertebral para a área externa. Esse escape provoca a compressão da medula espinhal ou da raiz nervosa e resulta em um processo inflamatório na região afetada, o que causa muita dor.

O desgaste do disco intervertebral acontece de forma natural e conforme o processo de envelhecimento do organismo avança. Mas o que tem chamado a atenção é a quantidade de jovens, ou indivíduos no auge da fase adulta, que convivem com a doença”, completa.

Causas

Que o envelhecimento do corpo leva, espontaneamente, ao desgaste do disco intervertebral a maioria já sabe. Mas existem outros fatores que podem antecipar seu surgimento, como revela o ortopedista Fernando Arturo.

Movimentação repetitiva, sedentarismo, sobrecarga por excesso de peso ou de atividade física de alto impacto são algumas das razões mais comuns dessa patologia precoce”, atesta o médico.

Essas causas fazem com que o disco desidrate, perca o material gelatinoso do interior e acaba diminuindo a sua altura. “A capa de fibra que envolve o disco fica mais rígida e menos resistente, apresentando pontos de fraqueza. Quando uma dessas regiões se torna incapaz de conter a pressão do disco, a parede se rompe e ocorre um escape do material, o que causa compressão do nervo vizinho e provoca dor, que pode refletir para as pernas ou braços, dependendo do tipo de hérnia”, ressalta o especialista.

Tratamentos

Existem vários procedimentos minimamente invasivos conhecidos como intradiscais. “Essas técnicas devem ser realizadas pelo médico especialista em coluna, que introduz uma câmera guiada por Raio-X em tempo real. A ideia é avaliar precisamente o estado em que se encontra e recomendar a maneira mais adequada para cada caso”, explica Arturo. Normalmente, para fazer a análise, o especialista leva em conta o tipo de hérnia, a localização e as condições físicas do paciente.

O exercício físico também pode ser um excelente aliado, sendo capaz de reforçar a musculatura e a estrutura óssea dos pacientes. Vale ressaltar que sua realização deve ser orientada e acompanhada por um profissional de Educação Física que apontará quais movimentos não prejudicam a saúde do paciente. O método de longo prazo deve ser incorporado ao estilo de vida, o que nem sempre se torna fácil de encaixar na rotina. Isso pode ser associado ainda ao uso de alguns medicamentos visando hidratar o disco.

“Os quadros graves que não respondem bem aos tratamentos, precisam de intervenção cirúrgica. Nessas situações, a cirurgia endoscópica pode ser uma opção não invasiva, que apresenta ótimos resultados”, enfatiza o médico. Esse cenário corresponde apenas a 5% dos casos.

Fonte: Hapvida Saúde, com Redação

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