Estamos em pleno verão e a cervejinha é a grande paixão do brasileiro, que costuma consumir a bebida em diversas ocasiões, mas muitas pessoas acham que seu consumo estraga a dieta, não é mesmo? Nada disso! Abandonar 100% os hábitos pouco saudáveis para emagrecer – como, por exemplo, abrir mão daquele “choppinho” no #sextou ou em qualquer outra data, não é o caminho, já que é possível alcançar seus objetivos sem se restringir de forma radical e sem prejudicar a vida social.
De acordo com Mariana Gomes, nutricionista do aplicativo Personal Virtual, isso não é motivo para pânico e a cerveja está liberada, com cautela, é claro. A profissional comenta que não é preciso abrir mão da cervejinha ou de qualquer outro alimento para emagrecer
“Cortar por completo hábitos que nos fazem felizes – seja um alimento ou uma bebida- pode ser insustentável a longo prazo e causar frustração na pessoa que deseja ver o número na balança diminuir”, explica Mariana.
Além do efeito psicológico negativo que uma dieta restritiva pode ter, ela pode também impactar no físico, pois a restrição em excesso pode causar um “efeito rebote” – uma vontade quase que incontrolável de consumir alimentos prazerosos, podendo gerar episódios de compulsão e, em consequência, ganho de peso.
Por isso, em vez de se conter e não tomar nenhuma cerveja no happy hour, por que não comemorar a data tomando apenas uma ou duas? “É claro que não podemos exagerar, principalmente quando falamos de álcool que, além de prejudicar os resultados da balança, também fazem muito mal para a saúde, mas as pequenas exceções existem e fazem até bem”, explica a profissional de saúde.
A restrição alimentar não é maléfica apenas para o corpo – ainda que evitar certos alimentos e hábitos possa beneficiar a saúde- mas para a mente também. Sendo assim, restringir-se pode ser danoso para a saúde mental, inclusive ocasionando episódios de compulsão.
Segundo um estudo recente realizado na Universidade do Vale do Rio dos Sinos, as restrições dentro de uma dieta podem ter o que é chamado de “efeito rebote”, com possíveis consequências psicológicas, a exemplo da perda de autoestima e mudanças drásticas e repentinas de humor.
Além disso, no que diz respeito ao físico, Mariana explica que o efeito psicológico – os episódios de compulsão alimentar – impactam diretamente na aparência do corpo, podendo levar ao ganho de peso repentino.
“Dietas restritivas não são recomendáveis, pois, apesar de gerarem resultados rápidos, elas não são saudáveis e muito menos sustentáveis, ou seja, não podem ser mantidas a longo prazo e, em geral, os resultados delas desaparecem tão rápido quanto aparecem”, reitera a nutricionista.
Portanto, se sua vontade for beber um choppinho ou uma cerveja no happy hour, mate sua sede. “A dica principal é: repense as quantidades; em vez de beber 5 cervejas, opte por beber apenas uma ou duas e sem deixar de beber água junto”, completa.
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Como aliviar os efeitos do álcool sobre o corpo
O consumo de bebidas alcoólicas ainda faz com que o corpo desidrate e atrapalha também a síntese de proteína, que é essencial para o ganho de massa muscular. Sendo assim, para aliviar isso, é essencial revezar o consumo de álcool com bons goles de água. Beber água enquanto se consome bebida alcoólica pode ajudar a aliviar os efeitos do álcool no corpo.
Além de maneirar nas quantidades e intercalar as doses com água, outra dica dada pela profissional é não é aconselhável beber de estômago vazio. “Beber sem ter se alimentado, principalmente para quem treina e deseja ganhar massa muscular, é um grande erro, pois o corpo vai entrar no processo que chamamos de catabolização”, explica.
Outra dica fundamental para aproveitar os eventos sociais sem prejudicar os resultados obtidos na academia e na reeducação alimentar é voltar ao plano alimentar logo depois.
“Se você tomou uma cerveja ou comeu alguma coisa fora da dieta no sábado à tarde, por exemplo, volte para a rotina na próxima refeição, não é preciso esperar a segunda-feira chegar. É preciso manter o foco e voltar à rotina saudável, apesar das pequenas escapadas”, finaliza Mariana.