Carnaval saudável: o perigo pode estar em um simples beijo

Sintomas da mononucleose podem ser confundidos com uma gripe ou resfriado, mas podem causar sérias complicações

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Bloco de rua, salão ou avenida, todos os locais são cenário para muita alegria e curtição na festa mais tradicional brasileira. Para os solteiros de plantão a época é perfeita para a paquera, e a troca de beijos entre os foliões é a uma das cenas mais vistas neste período. Mas é bom ter cuidado com a propagada liberdade do Carnaval.

Nem só de ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) vivem os riscos iminentes à saúde nesta época do ano. O perigo também pode estar num simples beijo. O contato direto com a saliva contaminada pode transmitir o vírus Epstein-Barr (EBV) e causar a mononucleose, também conhecida como a doença do beijo. Ela causa mal-estar, febre, dores de cabeça e garganta, ínguas e hepatite leve. Em pacientes imunossuprimidos ou transplantados, pode gerar graves complicações.

  1. “O beijo é um canal direto de contaminação. Herpes e a mononucleose estão entre as ocorrências típicas do Carnaval. Mas como se tratam de doenças virais, elas podem ficar incubada por um determinado tempo e não se manifestar. A busca por um tratamento odontológico ou médico nesses casos é fundamental”, afirma o cirurgião dentista Rogério Pavan, especialista em Biorreprogramação Bucal.
  2. Como o beijo é marca registrada das folias, é comum que haja proliferação de doenças transmitidas pela saliva, como a mononucleose e a herpes. Estes tipos de vírus causam lesões na boca, desidratação, indisposições, febres e são mais “agressivos” para quem está com a imunidade baixa. Portanto, vale o cuidado com a saúde de forma geral durante as festas, além de muita hidratação e alimentação balanceada.
  3. A folia é garantida, mas, mesmo que ela tenha dia para terminar, é preciso continuar preocupado durante este período com outros aspectos da nossa vida, como a saúde bucal. “No Carnaval, se não tomarmos cuidado, as mesmas coisas que garantem a diversão daqueles que esperam ansiosamente por esse feriado podem se tornar grandes vilões de um sorriso saudável, acarretando em consequências muito mais duradouras do que as festas do mês”, afirma Edmilson Pelarigo, diretor clínico da OrthoDontic.

    Risco em copos e garrafas compartilhadas

    O médico infectologista Alberto Chebabo, do Sérgio Franco Medicina Diagnóstica – laboratório da Dasa, explica que a patologia é transmitida pela saliva contaminada, de forma respiratória ou ainda pelo compartilhamento de copos e garrafas. “O vírus, que é da mesma família do herpes, apresenta sintomas que podem ser confundidos com uma gripe ou resfriado”, explica Dr. Chebabo.

  4. Sintomas
  5. A pessoa pode ter a doença de forma assintomática ou apresentar sintomas como febre alta persistente, presença de nódulos (gânglios) pelo corpo e muito cansaço.
  6. Diagnóstico
  7. A partir do momento em que notar os sintomas, o ideal é procurar um médico. O diagnóstico é clínico, associado a exames de sangue. “É coletada uma sorologia especifica para o vírus Epstein-Baar para identificar a presença de anticorpos”, ressalta o especialista.
  8. Tratamento
  9. Por ser uma doença viral, não existe nenhum tratamento específico contra o vírus Epstein-Baar. “O tratamento é basicamente repouso e o uso de remédios para dor e febre. É fundamental aguardar a resposta do organismo que irá fazer com que a doença desapareça, sendo que isso pode durar dias ou até semanas”, explica Dr. Chebabo.
  10. Como evitar
  11. Como a doença é transmitida pelo beijo, a principal dica para prevenção é reduzir o número de contatos através do beijo, mas sabemos que isso é muito difícil no Carnaval. Mesmo pessoas assintomáticas podem transmitir o vírus. “Importante ressaltar também que copos e garrafas não devem ser compartilhados”, conclui Dr. Chebabo.
  12. 5 dicas para não se descuidar da saúde bucal
  13. O fio dental e a escovação são os melhores amigos da saúde bucal. Os cuidados com a gengiva são fundamentais o tempo todo, já que a região é propicia para a formação de placas bacterianas. “Mas o carnaval, assim como qualquer outro período festivo, altera a rotina e faz com que negligenciemos hábitos básicos, como os relacionados à saúde bucal”, afirma Edmilson Pelarigo, diretor clínico da OrthoDontic, 
  14. Rogério Pavan lembra que a saúde da boca está diretamente ligada com o equilíbrio do nosso corpo. “Problemas bucais podem interferir nos sistemas respiratório, bioquímico digestivo, esquelético, além de causar danos diretos na mastigação, fala e estética. Se existe uma disfunção da arcada dentária, todo o sistema é afetado e consequentemente doenças surgirão”, diz ele.
  15. Vejam cinco dicas que os especialistas prepararam para aqueles que não veem a hora de aproveitar a folia, mas sem deixar de lado os cuidados com a saúde bucal:
  16. Higiene
  17. “Durante os dias de festa, tente não se esquecer de fazer a escovação após as principais refeições, principalmente se houver ingestão de açúcares – que também estão presentes nas bebidas alcoólicas”, recomenda Edmilson.
  18. No caso da placa mais forte, aderida ao dente, somente um especialista conseguirá removê-las. “A gengiva também pode ser uma das portas de entrada de infecções ocasionando, em casos graves, até danos na coluna e em outras partes do corpo”, alerta Pavan.
  19. Alimentação
  20. Durante a folia, além da saúde bucal, a alimentação também pode ficar em segundo plano. Ficar longos períodos sem comer está entre os principais hábitos que desencadeiam o mau hálito e, além disso, ingerir somente alimentos ricos em açúcares e carboidratos favorece a proliferação de cáries.
  21. Frutas como maçã e morango são fáceis de carregar, funcionam como adstringentes naturais e são uma boa pedida para um “lanche” em meio às festas”, ensina Edmilson.

  22. Álcool e fumo
  23. As bebidas alcoólicas costumam ser ácidas e, em alguns casos, contém muito açúcar. Esta é uma das combinações mais perigosas para os dentes, uma vez que o ácido pode causar desgastes no esmalte e os açúcares em excesso resultam em cáries.
  24. “O consumo de bebidas alcoólicas e o cigarro, aliado à não correta higienização dos dentes aumentam os índices de mau hálito e deixam a boca mais suscetível a desenvolver cáries. Gomas de mascar sem açúcar acabam sendo uma opção para neutralizar o ph da boca”, destaca Rogério Pavan.
  25. HIDRATAÇÃO
  26. A ingestão excessiva de álcool também pode ocasionar vômitos, outra ameaça para as camadas superficiais do dente por conta da acidez do estômago. “Uma boa dica é intercalar os drinques com água, que evita a desidratação e o acúmulo destas substâncias nos dentes”, recomenda Edmilson.
  27. “A água se torna ainda mais importante durante os dias de folia. Além de hidratar o corpo, auxiliam na produção de saliva, protegendo os dentes da ação das bactérias cariogênicas, além de eliminar a sensação de boca seca”, completa Pavan.
  28. Sol
  29. Algumas das maiores festas no País acontecem à céu aberto e duram quase uma semana. Proteger a pele do excesso de sol já faz parte da rotina dos foliões, mas muita gente esquece que os lábios também precisam de proteção. A incidência solar prolongada sobre os lábios é um dos fatores de risco do câncer de boca.
  30. Da Redação, com Assessorias
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