8 entre 10 mulheres já sofreram assédio no trabalho

É o que mostra pesquisa da Women in Growth. Já outra pesquisa da Catho revela que 38,7% das mulheres já sofreram assédio moral no trabalho

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Na tentativa de entender o quanto a figura da mulher evoluiu no mercado de trabalho, desde a criação do Dia Internacional da Mulher, em 1975, a Women in Growth, grupo que conecta mulheres e tem como objetivo fortalecer a voz feminina, criou uma pesquisa e entrevistou suas participantes para entender seu dia a dia e mostrar todas as dificuldades enfrentadas como: irregularidade de salários, preconceitos, assédios, entre outros.

A análise feita pelo grupo revelou que 82,1% das entrevistadas já sofreram algum tipo de assédio dentro do mundo corporativo; 97% destas conhecem alguma mulher que também foi assediada. A pesquisa também mostrou que 88,1% das participantes já sofreram preconceitos simplesmente por serem mulheres tendo sua capacidade de inteligência questionada.

No levantamento foi questionado se as participantes se sentiriam à vontade para denunciar um abuso ou assédio dentro de seu ambiente de trabalho, com elas ou com alguma com colegas. Somente 23,9% delas denunciariam qualquer tipo de abuso cometido por outras pessoas, as demais, 76,1% responderam que pensariam ou que não fariam nada além se calar.

Diferença salarial em relação aos homens

“Ao analisarmos a pesquisa, descobrimos que, 23,1% das mulheres que participaram da entrevista ganham menos que homens na mesma função, simplesmente por serem muheres”, desabafa Carolina Zaccaro, uma das fundadoras do Women in Growth.

Quase 50 anos depois da criação do Dia Internacional da Mulher, elas ainda seguem em busca de respeito, igualdade e equidade mesmo diante de suas multifunções.

“Nós somos mulheres, somos fortes e guerreiras, seguimos lutando diariamente para mostrar que somos capazes, que somos inteligentes, que podemos sim ocupar cargos de liderança, que podemos sim formar uma família, se esse for nosso sonho, e não deixaremos de ser uma profissional dedicada. Nós mulheres somos únicas e excepcionais”, conclui Marina Andrioli, também fundadora do grupo.

Uma das entrevistadas compartilhou sua história para que outras sintam-se à vontade para correr atrás de seus direitos.

“Assim como a maioria das mulheres, já sofri inúmeros abusos no trabalho, desde os “socialmente mais aceitos” até os menos. Um caso recorrente era ter algum um homem falando mais alto do que eu, interrompendo assim, a minha fala. Pegando minha ideia e compartilhando com os demais como se de fato fosse ideia dele. Já escutei calada diversas vezes falas altas e agressivas em reuniões, principalmente, com os diretores da empresa, dizendo o quanto eu era incompetente em frente a certas funções. Um certo dia, comecei a gravar as reuniões onde a minha competência era pauta, assim, decidi não me calar mais uma vez e processar a empresa por assédio moral. Acredito que as mulheres não precisam mais se calar”.

Catho: 38,7% das mulheres já sofreram assédio moral no trabalho

No mês dedicado a festejar o Dia Internacional da Mulher, data que promove uma reflexão sobre o papel da mulher na sociedade, uma pesquisa da Catho, marketplace de tecnologia que conecta empresas e candidatos, dá voz ao desafio enfrentado pelas mulheres no mercado de trabalho. De acordo com o levantamento, revela que 38,7% das respondentes, afirmam ter sofrido assédio moral dentro das empresas.

A pesquisa contou com a participação de 2.300 mulheres. Quando questionadas sobre qual posição o assediador ocupava, 33,2% dizem ter sofrido o ato por algum líder direto, 30,2% por gerência ou posições acima, 20,3% por colegas de trabalho e 10,2% por líder indireto/de outra equipe.

“Estes dados são preocupantes. A pesquisa mostra o quanto temos um grande desafio pela frente para reverter este quadro e oferecer, para nós mulheres, um caminho melhor e mais seguro”, comenta Patricia Suzuki, CHRO da Catho.

Em relação às iniciativas para inclusão e desenvolvimento das mulheres, 52,5% afirmam que as empresas em que atuam não têm projetos direcionados ao tema. Já 21,4% não sabem dizer.

Para rever este cenário, a Catho lançou em 2020, o movimento “Essa Cadeira É Minha”,  criado com o intuito de oferecer debates sobre a equidade de gênero e o respeito no mercado de trabalho. Além disso, a empresa apoia a inserção de mulheres em tecnologia e em posições de liderança, com a missão de impulsionar o protagonismo feminino.

Com Assessorias

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