Quem sofre de asma sabe o drama que é. Apesar do uso de medicamentos, controle ambiental e prática de exercícios físicos, a asma mata a cada dia três pessoas entre 5 e 64 anos, segundo dados recentes do DataSUS. Entre 2009 e 2013, foram registrados mais de 2 mil óbitos no país. De acordo com dados do Ministério da Saúde, entre 2011 e 2015, mais de 320 mil internações aconteceram por causa da doença, que afeta cerca de 20 milhões de brasileiros.
A asma é uma doença crônica e sem cura e, para garantir que não tenha impactos no dia a dia, é necessário realizar acompanhamento médico e fazer uso regular de medicamentos para controle, não apenas em momentos de crise. Segundo especialistas, o tratamento incorreto da asma prejudica a qualidade de vida e aumenta as possibilidades de crises graves e riscos futuros da doença, como perda definitiva de capacidade pulmonar, instabilidade e até mesmo o óbito.
A boa notícia é que o Ministério da Saúde pretende agora ampliar o acesso a medicamentos na rede pública para garantir mais qualidade de vida a quem sofre de asma. Um novo protocolo para o tratamento da doença está previsto na atualização dos Protocolos Clínicos e Diretrizes Terapêuticas (PCDT), realizado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). Uma enquete recebe contribuições até esta quarta-feira (26 de outubro), por meio do site da Conitec.
A atualização pode incluir, por exemplo, a padronização de tiotrópio, um medicamento inalatório importante para o controle da asma. De acordo com o fabricante Boehringer Ingelheim, este medicamento é responsável pela diminuição das crises e exacerbações em pacientes adultos com asma grave que continuam com sintomas mesmo em uso de medicamentos inalatórios a base de corticoide e broncodilatadores de outra classe.
Como saber se a asma não está controlada?
De acordo com a Global Initiative for Asthma (GINA), principal iniciativa internacional que reúne os estudos sobre a doença e elabora diretrizes de tratamento, existem alguns sintomas que podem identificar se a doença está sob controle. Se você tem asma e apresentar um dos itens listados abaixo pelo menos uma vez nas últimas quatro semanas, a sua asma não está controlada:
– Sintomas diurnos mais de duas vezes por semana;
– Qualquer despertar noturno causado pela doença;
– Uso de medicamentos para alívio da falta de ar mais de duas vezes por semana;
– Se a asma estiver limitando as suas atividades cotidianas.
Fonte: Boehringer Ingelheim