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Mais uma novidade na luta para combater o câncer, que fez mais de meio milhão de vítimas no Brasil em 2016, sendo 295.200 em homens e 300.870 entre mulheres. A Inteligência Artificial já é usada para eliminar erros humanos e elevar velocidade e assertividade do planejamento de tratamentos contra a doença. A escolha do melhor tratamento continua nas mãos do médico, que pode conferir todas as informações, mas ele passa a contar com uma aliada importante em seu processo decisório.

Com 44 unidades em operação, incluindo  clínicas e parcerias com grandes centros hospitalares em 10 estados brasileiros, o Grupo Oncoclínicas vai passar a usar softwares de machine learning da Microsoft, capazes de aprender com base nos dados e imagens que recebem. A expectativa é que 16 mil pacientes sejam beneficiados pela parceria, que envolve ainda o Centro de Estudos Sociedade e Tecnologia (CEST) da Universidade de São Paulo (USP).

“Há um volume cada vez maior de informações disponíveis e com a Inteligência Artificial é possível utilizá-lo para empoderar médicos e instituições de saúde a avançarem nos tratamentos que oferecem a pacientes com câncer”, afirma Milton Larsen Burgese, diretor de Setor Público na Microsoft Brasil. Segundo ele, os recursos são utilizados para apoiar médicos na decisão sobre o melhor tratamento para o paciente, oferecendo mais subsídios para que ele possa tomar sua decisão.

Para Luis Natel, CEO do Grupo Oncoclínicas, o principal objetivo é trazer impactos positivos ao tratamento de pessoas com câncer, tornando os planos de combate à doença mais efetivos e trazendo mais qualidade de vida aos pacientes. “O contrato de colaboração mútua com a Microsoft é mais um exemplo dos esforços que temos empreendido para trazer ao Brasil as mais avançadas tecnologias e as melhores práticas assistenciais do mundo no combate à doença”, explica.

Uso na radioterapia e na quimioterapia

Os  recursos de aprendizado de máquina (machine learning) podem trazer benefícios tanto na radioterapia quanto na quimioterapia. Na frente de radioterapia, a utilização da nova tecnologia possibilitará  delinear estruturas de órgãos adjacentes ao tumor ou consideradas de risco de maneira muito mais rápida. Desta forma, o programa passa a oferecer uma série de informações para que o especialista possa estabelecer um planejamento do tratamento que contemple o desenho da área a ser irradiada com uma redução de horas de avaliação para alguns minutos e em poucos cliques. A tecnologia também trará maior eficiência já que aprende à medida que analisa um volume maior de imagens.

Já no campo da quimioterapia, a parceria conta ainda com reforço acadêmico do CEST. A entidade, que recebe apoio financeiro da Microsoft, terá o papel de agregar pesquisadores que trabalharão no desenvolvimento de um algoritmo capaz analisar e estabelecer correlações entre diagnósticos de diferentes pacientes. O objetivo é que a partir delas seja possível indicar o tratamento mais adequado com base na verificação de uma série de variáveis que podem ter influência direta no tipo de droga receitada para o paciente e também na quantidade de sessões que ele terá de fazer.

“Atuaremos lado a lado na geração de conhecimento e alimentação da base de informações do sistema, compondo assim um banco de dados apurado e preciso em Radioterapia. no tocante à quimioterapia, a parceria busca a geração de avanços para o segmento por meio de mineração de dados e inteligência de máquina. Isso significará a definição de padrões e melhores práticas de tratamento. Nos dois casos, essa união de forças trará benefícios diretos aos pacientes oncológicos de todo o país”, frisa Natel.

Como vai funcionar

Na etapa inicial do projeto, os pesquisadores do CEST analisarão parte do banco de dados do Grupo Oncoclínicas para começar a desenhar o algoritmo de Inteligência Artificial com objetivo de “ensiná-la” a estabelecer determinadas correlações com base em variáveis previamente indicadas pelo corpo médico em parceria com a Microsoft. O processamento desse grande volume de informações será feito na plataforma de nuvem da Microsoft, o Azure. No futuro, outras bases de dados públicas poderão ser integradas ao projeto, ampliando ainda mais sua capacidade.

“Estamos criando uma plataforma com dados dos nossos pacientes e da rede pública de saúde. Vamos cruzar informações sobre os novos tratamentos e medicamentos para que sejam adotados os protocolos médicos mais adequados para cada tipo de paciente”, afirmou João Alvarenga, diretor de tecnologia e inovação da Oncoclínicas.

Fonte: www.oncoclinica.com.br e www.centroexcelenciaoncologica.com.br  e www.grupooncoclinicas.com.

 

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