Muitos fumantes costumam recorrer ao cigarro por motivos de estresse, tristeza, ansiedade e solidão. Em contrapartida, também é utilizado em momentos positivos, ao comemorar ou vivenciar uma situação que resulta em felicidade. Diversos aspectos psicológicos e comportamentais estão associados ao hábito de fumar, como fumar depois das refeições, ao consumir bebidas alcoólicas, antes e ao término de atividades, entre outras situações.

“O fumo também é frequentemente associado como facilitador de interações sociais, para preencher algum vazio, relaxar e apaziguar a ansiedade. Porém, relacionar hábitos e pensamentos ao comportamento de fumar torna-se um ciclo vicioso”, comenta a psicóloga Bruna Hertzog Bridi, que atuou coordenando dois grupos de apoio na dependência química no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III Novo Amanhã (CAPS AD III) de Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul.

Em relação aos adolescentes, muitos entram no vício para se sentirem inseridos a um determinado grupo, em busca de sua identidade social. Bruna enfatiza que o apoio da família e de amigos é essencial para tratamento deste vício. “Nos grupos, víamos familiares que não se importavam com o tratamento e não compareciam às reuniões. Problemas familiares também eram um fator para o agravo do vício”.

A psicóloga ressalta que quando a pessoa possui foco no tratamento, apoio da família e de amigos, os resultados são melhores. Além dos tratamentos farmacológicos, Bruna cita o tratamento psicológico com um enfoque cognitivo-comportamental, identificando crenças, emoções e reações relacionados ao hábito de fumar. “Há, por exemplo, a crença de que para conseguir lidar com situações sociais de maneira tranquila é preciso acender um cigarro”.

Nesses casos, explica, será preciso avaliar as crenças – relacionadas a atitudes, regras e pressupostos; os pensamentos automáticos: “Se eu não fumar, vou acabar ficando ansioso (a) durante algum evento social”; e os comportamentos que o indivíduo possui, decorrentes destas crenças e de seus pensamentos. “Com técnicas específicas, é possível identificar o que leva a pessoa a alimentar o seu vício”.

7 dicas da Pró-Saúde para diminuir o consumo de cigarro

  1. Evite o consumo exagerado de bebidas alcoólicas quede acordo com estudos científicos, também está associado ao consumo excessivo de cigarro;
  2. Marque uma data para alcançar a meta de diminuir o consumo ou até de largar o vício;
  3. Escolha um método, que pode ser abrupto ou gradual, de restringir o hábito de fumar. Lembrando que o tratamento do tabagismo é individualizado e varia de pessoa para pessoa;
  4. Esteja ciente de que haverá recaídas, porém, o mais importante é persistir em seu objetivo;
  5. Encontre substitutos saudáveis quando sentir vontade de fumar, ingerindo frutas geladas picadas, bebendo água gelada ou consumindo água de coco, por exemplo;
  6. Pratique técnicas de respiração e atividades físicas em casa para controlar a ansiedade;
  7. Procure apoio médico, fundamental para vencer essa batalha contra este vício nocivo.
Com Assessorias

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