O mais recente boletim InfoGripe, divulgado nesta quinta-feira (23) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), confirma um sinal de queda nas tendências de longo prazo (últimas seis semanas) e de curto prazo (últimas três semanas) nos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no país.  No entanto, dados da semana epidemiológica de 12 a 18 de janeiro indicam crescimento em 9 estados: Alagoas, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Maranhão, Amazonas, Pará, Rondônia e Tocantins.

De acordo com pesquisadores do Programa de Computação Cientifica da Fiocruz, a incidência semanal média de SRAG por covid-19 tem apresentado mais impacto entre crianças pequenas e idosos, com maiores índices de mortalidade na população acima de 65 anos. A Covid-19 representou 79% das mortes em quatro semanas. A doença também está atingindo jovens e adultos em estados do Norte e Nordeste, como Amazonas, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe.

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O boletim InfoGripe registra aumento de casos de SRAG compatíveis com covid-19 no Maranhão, em Rondônia e no Tocantins, embora ainda não haja dados laboratoriais suficientes nesses estados para confirmar tal associação. No Ceará, os casos de SRAG associados à covid-19 estão em queda.

No Acre, em Alagoas, Pernambuco, no Piauí e em Roraima, o cenário é oscilante, mas recomenda-se atenção por causa do aumento de casos nas regiões Norte e Nordeste. Quatro capitais têm indicadores de crescimento: João Pessoa, Teresina, Manaus e Porto Velho.

A pesquisadora do InfoGripe Tatiana Portella reforçou a recomendação do uso de máscaras faciais em localidades que registram aumento de casos, sobretudo em ambientes fechados, com maior aglomeração de pessoas e nos postos de saúde. Ela lembrou ainda a necessidade de manter a vacinação em dia e recomendou que, diante do aparecimento de sintomas de síndrome gripal, as pessoas fiquem em casa, em isolamento.

 

Infográfico do InfoGripe.

Casos nas últimas quatro semanas

Nas últimas quatro semanas, a prevalência de casos positivos, foi assim distribuída: Covid-19 (51,1%), rinovírus (21,4%), vírus sincicial respiratório (10,9%), influenza A (7,5%) e influenza B (3,6%).

A prevalência de óbitos entre os casos positivos foi a seguinte: Covid-19 (79,1%), rinovírus (7,9%), influenza A (4,3%), influenza B (2,8%) e vírus sincicial respiratório (1,2%).

Em 2025, já foram notificados 3.593 casos de SRAG, sendo 1.078 (30%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 1.418 (39,5%) negativos, e ao menos 827 (23%) ainda aguardam resultado laboratorial.

Da Agência Brasil e Fiocruz

 

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