Ondas de calor, suores noturnos, secura vaginal, disfunção sexual, alterações de humor – como depressão e ansiedade, insônia, diminuição da massa óssea, ganho de peso e alterações do metabolismo e sensação de urgência miccional. Estes são “só” alguns sintomas da chegada da menopausa. Mas eles não param por aí.

Estudo indica que a menopausa precoce tem efeito prejudicial sobre o risco de doença cardiovascular, principal causa de morbimortalidade das mulheres na pós-menopausa.

“As doenças cardiovasculares têm prevalência aumentada com a idade, mas a menopausa pode aumentar esse risco em até duas vezes, principalmente nas mulheres que entram em menopausa antes dos 45 anos de idade, devido à piora do perfil metabólico com aumento da pressão arterial, piora da tolerância à glicose e perfil lipídico”, explica Larissa Garcia Gomes, diretora da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).

menopausa começa ao redor dos 50 anos em cerca de 70 a 80% das mulheres brasileiras. E o que pouca gente sabe é que ela deve ser cuidada por um endocrinologista, profissional apto a avaliar a necessidade da reposição hormonal, que, iniciada precocemente, pode prevenir doenças cardiovasculares.

Os sintomas mais frequentes da menopausa são: irregularidades menstruais, os conhecidos ‘calores’ acompanhados ou não de sudorese que se intensificam à noite, insônia, irritabilidade, oscilação no humor (da euforia à tristeza, sem causa aparente), falta de lubrificação vaginal durante o coito,.

Falta de libido é queixa entre 60% das mulheres

menopausa – começa ao redor dos 50 anos em cerca de 70% a 80% das mulheres brasileiras. Entre as queixas recorrentes de pacientes está a falta de libido, atingindo cerca de 60% das mulheres. “Estudos indicam que a queda de libido na transição para menopausa começa 20 meses antes da última menstruação e aumenta com o passar dos anos, principalmente nos primeiros cinco anos”, alerta  a médica Dolores Pardini.

A falta de libido é tratada como uma disfunção sexual, mas não pode ser considerada apenas hormonal. “Essa disfunção é multifatorial, tem a ver com a relação com parceiro, problemas sociais, físicos, econômicos, mas ainda grande parte das mulheres acredita que só hormônio resolve a disfunção. Não se pode banalizar o tratamento com testosterona”, alerta a médica.

No Ambulatório de Climatério da Unifesp, foi realizado estudo sobre disfunção sexual e chegou-se ao percentual de 74% de mulheres que sofrem desse mal namenopausa. No grupo de mulheres diabéticas isso ainda é pior, já que a doença é um agravante para a disfunção sexual.

“A reposição estrogênica já é comprovada como sendo benéfica na mulher diabética. Por outro lado, não existem dados conclusivos quanto à reposição de andrógenos nessas mulheres. Em estudo recente realizado pela Unifesp. em conjunto com a Anad Associação Nacional de Atenção ao Diabetes), verificamos que as mulheres diabéticas apresentam a queixa de disfunção sexual em maior número que as mulheres”, acrescenta Dra. Dolores.

Terapia de Reposição Hormonal

A Terapia de Reposição Hormonal (THM) já existe há seis décadas, e é indicada quando as mulheres não apresentam contraindicações tais como câncer de mama ou de endométrio, tromboembolismo e hemorragia genital de causa desconhecida. Quando a THM é realizada de forma adequada e após avaliação individualizada, os benefícios superam os riscos e o tratamento deve ser recomendado.

E para a mulher diabética que entra na menopausa, é preciso cuidado especial. “Nesse caso, prefere-se a reposição hormonal via não oral e com baixas doses de estrógeno”, explica a Dra. Dolores Pardini, médica da SBEM-SP e presidente do DEFA (Departamento de Endocrinologia Feminina e Andrologia da SBEM).

De acordo com a Dra. Dolores, a THM via oral para essa classe de pacientes pode aumentar a pressão arterial, risco de tromboembolismo e cálculo de vesícula, que são as complicações mais frequentes e de maior morbidade na mulher diabética.

“A reposição estrogênica já é comprovada como sendo benéfica na mulher diabética. Por outro lado, não existem dados conclusivos quanto à reposição de andrógenos nessas mulheres. Em estudo recente realizado no Ambulatório de Climatério da disciplina de Endocrinologia da UNIFESP, em conjunto com a ANAD (Associação Nacional de Atenção ao Diabetes), verificamos que as mulheres diabéticas apresentam a queixa de disfunção sexual em maior número que as mulheres.

Da Redação, com Assessorias

 

 

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