De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a hipertensão arterial afeta aproximadamente 28% da população adulta no Brasil, mas apenas 30% desses pacientes seguem os cuidados adequados.
Por ser uma doença sem cura, a hipertensão requer um tratamento contínuo e adequado ao longo da vida, melhorando a qualidade de vida do paciente. Devido ao fato de ser uma doença silenciosa e, na grande maioria dos casos, assintomática, ela precisa ser tratada com o objetivo de prevenir danos futuros.
O tratamento adequado não apenas reduz os gastos com complicações futuras, mas também melhora significativamente a qualidade de vida dos pacientes, especialmente quando aliado a hábitos saudáveis e acompanhamento médico regular.
O tratamento da hipertensão pode ser sem ou não medicamentoso. O controle não medicamentoso inclui a manutenção do peso saudável, adoção de uma alimentação balanceada, redução da ingestão de sal, moderação no consumo de bebidas alcoólicas, a prática regular de exercícios físicos, a cessação do tabagismo e o manejo do estresse psicoemocional.
Por outro lado, o tratamento medicamentoso envolve o uso de remédios prescritos pelo médico, de acordo com a gravidade do quadro. No manejo do paciente com hipertensão, um dos grandes desafios da prática clínica é a aderência ao tratamento.
Isso se torna ainda mais desafiador por se tratar de uma doença crônica e, na maioria das vezes, assintomática. Embora o médico entenda bem este contexto, muitas vezes o paciente não percebe tal risco, levando-o, em alguns casos, a uma maior dificuldade de adesão e abandono do tratamento
Diversos fatores são associados negativamente à adesão ao tratamento, entre eles:
- Renda familiar e condições socioeconômicas: pacientes de baixa renda enfrentam dificuldade de acesso a consultas e medicamentos, impactando diretamente a adesão ao tratamento.
- Efeitos colaterais: alguns medicamentos podem causar efeitos indesejáveis, como fraqueza, tontura ou dores no peito, levando o paciente a interromper o uso da medicação.
- Falta de orientação adequada: a desinformação sobre a doença e a importância do tratamento contínuo também contribui para a baixa adesão
- Dificuldade em seguir dietas personalizadas: dieta hipossódica (que restringe a ingestão de sódio) pode ser desafiadora e isso pode piorar quando os familiares também precisam se habituar a essa nova rotina alimentar.
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Adesão é maior com programas de benefícios em farmácias
Um levantamento realizado pela Funcional Health Tech revelou que a adesão ao tratamento da hipertensão é 73% maior entre aqueles que contam com apoio de soluções como Benefício Farmácia (BF), Programas de Benefício em Medicamentos (PBM) e Programas de Suporte ao Paciente (PSP).
Entre os beneficiários do Benefício Farmácia, por exemplo, a taxa de pessoas diagnosticadas com a doença e que fizeram uso de medicamentos em 2024 foi de 52%, enquanto a média nacional é de apenas 30%. Essas iniciativas não apenas reduzem barreiras financeiras, tornando os remédios mais acessíveis, mas também incentivam o acompanhamento contínuo e a adesão à assistência correta.
Em 2024, o valor médio dos medicamentos contínuos para controle da pressão arterial foi de R$ 72,24 nas farmácias, segundo levantamento da Funcional, enquanto usuários do Benefício Farmácia pagaram cerca de R$ 29,76 — um desconto de 58,8%, evidenciando a importância desse benefício como ferramenta de acesso à saúde.
Por meio da inteligência de dados e parcerias com a indústria farmacêutica, a Funcional otimiza a jornada do paciente, garantindo que mais pessoas iniciem e mantenham tratamentos corretamente, reduzindo complicações e melhorando a qualidade de vida”, comenta Marcelo Miranda, diretor de Varejo e Distribuição da Funcional Health Tech.
Complicações causadas pela pressão alta
A hipertensão é comum e também perigosa, e uma das principais causas de doenças cardiovasculares, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC). A detecção precoce e o tratamento adequado são fundamentais para reduzir complicações, sequelas e mortes, já que segundo dados do Ministério da Saúde, 388 pessoas morrem por dia no Brasil devido a ela.
Além disso, dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2023 apontam que a prevalência da hipertensão é ligeiramente maior entre as mulheres, o que pode estar relacionado a fatores hormonais, envelhecimento populacional e maior frequência de consultas médicas, o que favorece o diagnóstico.
Além disso, variações regionais podem ser influenciadas por fatores demográficos e socioeconômicos, como maior expectativa de vida nas regiões Sul e Sudeste, hábitos alimentares e acesso aos serviços de saúde.
Com Assessorias