A cada ano, o Carnaval gera uma montanha de lixo que, sem o devido recolhimento, seleção e tratamento, pode acabar gerando graves danos ambientais. No Rio de Janeiro, algumas experiências positivas vêm mudando essa realidade, mostrando que além de alegria, folião consciente também pode e deve ter uma atitude sustentável.
No último domingo, 12 de fevereiro, o Clareou apresentou o bloco “Primeiro Amor, Do Nada Clareou” na Praia de São Conrado. Após a apresentação, o grupo contratou uma equipe especializada para ajudar na coleta do lixo acumulado no local.
“Queremos de alguma forma ajudar na conscientização das pessoas quanto ao meio ambiente, principalmente neste período de carnaval onde se acumula muito lixo na rua”, afirma Fernando Mellete, integrante do Clareou.
Cerca de 30 mil pessoas aproveitaram o bloco ao som do grupo, que recolheu durante a ação aproximadamente 5 toneladas de lixo, junto com a Comlurb. “Ficamos felizes em poder contribuir para uma cidade mais limpa”, complementa Branco, um dos vocalistas do grupo.
Outro grande destaque da tarde foi a presença de Magal, um dos vocalistas do grupo afastado por tratamento médico, fez uma participação surpresa, levando o público ao delírio.
Bloco Limpeza Na Praia sai há 20 carnavais
No último sábado (11), aconteceu, pela vigésima vez consecutiva, o Bloco Limpeza Na Praia, que vem inovando no carnaval carioca ao mostrar a preocupação com o descarte incorreto dos resíduos gerados por blocos, bandas, trio elétricos, foliões, dentre outros, nas praias do Rio de Janeiro. Durante o evento, cada voluntário recebe sacolas recicladas e luvas. Os resíduos coletados são entregues para instituições de reciclagem.
O evento – realizado pela Amigança Produções e o Instituto Clima de Desenvolvimento Sustentável – tem apoio do Grupo Urbam, especializado no setor de coleta e transporte de resíduos no Rio e no Grande Rio, e promoveu mais um mutirão de limpeza nas praias de Ipanema, Reserva e Prainha. Nos dois últimos locais, a missão foi resgatar a Bandeira Azul Internacional, selo de qualidade ambiental destas praias cariocas, junto ao projeto ‘Sua Praia, Seu Ambiente’.
A campanha “Carnaval Sem Sujeira” é essencial junto aos poderes público e privado, além de unir todo o voluntariado. “O Rio de Janeiro sedia a maior festa do mundo e os nossos cartões postais estarão repletos de visitantes de todas as partes do mundo. Portanto, temos que manter estes locais sempre limpos, sustentáveis e agradáveis para todos. Todos são muito bem-vindos a participar deste grande mutirão, em prol da conscientização socioambiental no litoral e orla carioca”, explicam os organizadores.
“Em mais uma ação de respeito à cidade e ao meio ambiente, apoiamos o Bloco Limpeza e convidamos nossos colaboradores, clientes, parceiros e familiares nesta luta incansável de recolher o lixo dos espaços urbanos e diminuir seu impacto no meio ambiente, proporcionando o destino correto dos resíduos nesta especial campanha socioambiental”, disse Guilherme Almeida, CEO do Grupo Urbam.
Blitzen do Lixo Zero e vai multar quem fizer xixi no lugar errado
A Comlurb – empresa responsável pela coleta de lixo no Rio de Janeiro – lançou na última terça-feira (7/2) no Largo da Carioca, no Centro da cidade, as blitzes do Programa Lixo Zero. A ação aconteceu simultaneamente em outros dois outros pontos: Copacabana e Méier. Quem for pego em flagrante urinando nos logradouros a multa chega a R$ 748,21. “Aos foliões neste Carnaval, fiquem atentos porque a multa por fazer xixi no lugar errado é alta e a gente vai estar presente nos blocos com a nossa blitz”, explica o presidente da Comlurb, Flávio Lopes.
As blitzen têm o objetivo de orientar, notificar, fiscalizar e multar qualquer infração à Lei de Limpeza Urbana, desde o descarte de pequenos resíduos, como guimba de cigarro, copos, garrafas descartáveis etc., até urinar em logradouros. Só na manhã do lançamento no Centro, os fiscais aplicaram 49 multas, quase todas em pessoas flagradas jogando lixo nas ruas.
“Em vez de termos nossos 137 agentes do Lixo Zero espalhados pela cidade, eles vão trabalhar em grupos de 30 em formato de blitzes nos mesmos moldes da Lei Seca. Vamos fazer blitzes em diferentes pontos da cidade todos os dias. A gente não quer punir ninguém, o nosso trabalho é de conscientizar, mas se tivermos que multar, faremos isso. Precisamos manter a cidade limpa”, ressalta.
A ideia é também tornar conhecida a figura do fiscal, fazendo com que a simples presença iniba o descarte irregular de resíduos. Os locais escolhidos serão sempre aqueles de maior movimentação e onde se nota o maior acúmulo de descarte irregular de lixo. O valor da multa mais comum, que é o descarte de pequenos resíduos pelas ruas, é de R$ 273,09.
Com Assessorias