A geriatra Maisa Kairalla, presidente da Comissão de Imunização da Sociedade Brasileira de Geriatra e Gerontologia (SBGG), reforça a importância da vacinação não apenas da população 60+, assim como de todas as pessoas que fazem parte do dia a dia da pessoa idosa, como filhos, netos e cuidadores.
Em 2024, houve uma queda da taxa vacinal, o que provocou o aumento de mais de 150% dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), o que é algo bastante preocupante. E essa queda da vacinação ocorreu em um momento em que as pessoas voltaram a se aglomerar, o que agrava ainda mais a situação.”
De acordo com a presidente, é preciso haver um trabalho coletivo, envolvendo diferentes frentes. A comunicação está entre as principais. Ela explica que além das campanhas já existentes. Segundo a geriatra, além de ampliar a vacinação, é preciso fazer uma campanha antes do outono. Ela explica que o ideal é as pessoas se vacinarem em abril, meses antes do início do inverno, para que na estação mais fria do ano tenha-se menos vírus circulando.
Vacina boa é aquela que está no braço. Então, qualquer uma que combata a gripe vale a pena e pode ser encontrada nas unidades básicas de saúde”, atesta, ao comentar que o mesmo cuidado vale para idosos com doenças como HIV, diabetes e câncer.
Outra medida necessária é as pessoas se tornarem mais saudáveis, controlando os fatores de risco, como a glicose e as doenças cardíacas por meio de atividades físicas. “Isso aumenta a imunidade das pessoas, assim como a higiene pessoal.”
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Conhecida por ser uma estação do ano com significativas mudanças climáticas, é durante o outono que acontece uma transição de temperatura e aumento da umidade. Essas mudanças podem alterar e influenciar diretamente na saúde dos brasileiros, especialmente os idosos. Pessoas nessa faixa etária são mais suscetíveis à doenças respiratórias, alergias e resfriados, por isso, a adoção de práticas de prevenção é uma saída para evitar tais enfermidades. Silvia Camila Marchiore, gerente técnica da Home Angels, rede de cuidadores de idosos supervisionados, listou algumas dicas.
Hidratação: Um erro comum é associar hidratação somente no verão. A água é fundamental para o bom funcionamento dos órgãos e para a regulação da temperatura corporal. “Criar o hábito de ingerir líquidos antes mesmo de esperar ter sede é importante para que o idoso não corra riscos de desidratação. Por isso, o estímulo de ingestão de hora em hora, em pequenas quantidades, é um forte aliado para a hidratação correta”, afirma.
Alimentação balanceada: Essencial em qualquer estação do ano, o cuidado com a alimentação nesse período é crucial para o fortalecimento do sistema imunológico. Por isso, refeições com fartura em legumes, verduras e frutas são essenciais.
Roupas adequadas: A oscilação de temperaturas é comum, por isso atenção redobrada com as peças de roupas. “Principalmente pela manhã e à noite, é importante que idosos se mantenham aquecidos com peças confortáveis e de acordo com suas necessidades. Vale lembrar também do uso de meias com antiderrapantes e sapatos confortáveis”, destaca.
Monitorar a saúde: Exames regulares e visitas a especialistas são recomendados. Além disso, monitorar as condições crônicas, como pressão arterial e diabetes, também é importante. “A companhia de um cuidador de idosos para a administração correta de medicamentos e essas checagens de pressão e diabetes faz total diferença. Além de garantir a efetividade na prevenção e nos tratamentos de cada assistido, eles são ótimos acompanhantes nessa fase e que a maioria das pessoas sente grande solidão”, reforça Silvia.
Com Assessorias