Um estudo recém-divulgado pela Kaspersky revela que 55% dos pais brasileiros estão muito preocupados que seus filhos possam passar por alguma situação de cyberbullying. O dado é preocupante pela crescente presença de jovens na internet: no país, nove em cada dez crianças e adolescentes já acessam a internet.

Com o alerta de especialistas sobre como o bullying online pode gerar estresse, ansiedade, depressão e outras consequências negativas, a Kaspersky listou formas pelas quais essa violência digital pode ocorrer e como os pais podem auxiliar nesse problema.

O estudo ‘Crianças Digitais’ aponta que duas em cada 10 crianças brasileiras (18%) passam mais de quatro horas online, expondo-se a essa e outras situações de risco. O cyberbullying representa um sinal de alerta, pois é uma forma de violência digital produzida por meio de redes sociais, mensagens de texto ou outros meios online.

Embora possa afetar pessoas de todas as idades, as crianças são mais vulneráveis a serem vitimizadas porque passam grande parte do tempo conectadas à internet e não possuem total entendimento do que é o cyberbullying.

Surpreendentemente, os pais brasileiros são os menos preocupados com o tema na América Latina. Os resultados da pesquisa Crianças Digitais mostram que a média latino é de 60,5% – com Chile na liderança (68%), seguido por México (62%), Colômbia (61%), Argentina (59%), Peru (58%) e Brasil.

É importante que os pais conheçam os interesses digitais de seus filhos, quais informações eles têm acesso e com quem interagem, já que pelo menos 12% deles no Brasil não sabem se um estranho tentou ganhar a confiança de seus filhos no mundo digital, e menos de um terço (27%) usa uma solução de segurança com controle parental que os ajuda a monitorar e proteger as atividades online dos pequenos.

É essencial que os pais aprendam a reconhecer alguns dos sinais que indicam que seus filhos estão sofrendo de cyberbullying (mudanças de comportamento, baixo rendimento escolar ou isolamento social), bem como as cinco principais formas pelas quais essa violência digital pode ocorrer:

  • Exclusão: deixar a criança fora de conversas em plataformas de mensagem, como grupos de WhatsApp.
  • Perfis falsos: criados para esconder a identidade do agressor e, assim, assediar sem que ninguém consiga descobrir.
  • “Trollagem”: intimidar, envergonhar e/ou provocar uma resposta por meio de insultos ou palavrões em redes sociais ou aplicativos de mensagens.
  • Catfish: criação de perfis falsos nas redes sociais para fins de engano ou extorsão.
  • Aliciamento: engano de menores por pedófilos para conquistar sua amizade simulando empatia.

“As empresas de tecnologia, as autoridades locais e a sociedade em geral devem unir esforços para prevenir o cyberbullying; proteger as crianças na era digital e em um momento onde elas estão em constante acesso à internet é uma tarefa compartilhada”, afirma Fabiano Tricarico, diretor de consumo da Kaspersky para Américas. “O uso responsável da tecnologia, a implementação de ferramentas de segurança on-line e a colaboração para denunciar e processar assediadores é um trabalho de todos.”

Dicas para evitar ataques de cyberbullying

Para evitar qualquer tipo de ataque com cyberbullying, a Kaspersky recomenda aos pais:

Se você identificar que seu filho está sofrendo cyberbullying, informe-o de que a culpa não é dele e que não é bom responder a insultos. Converse com os pais do agressor (se for outra criança), com a escola ou com as autoridades competentes.

Estabeleça regras sobre o uso da internet e das redes sociais, explicando o motivo de cada uma. Além disso, estes devem ser adaptados e ajustados à medida que as crianças crescem, já que em cada fase do seu desenvolvimento terão necessidades e interesses diferentes.

Converse com seus filhos sobre possíveis perigos on-line. Assim como em algum momento você explica a eles sobre os perigos no mundo físico, compartilhe com eles os riscos que existem no ciberespaço.

Participe das atividades online de seus filhos desde cedo como um “mentor”. Conheça seus gostos e interesses na rede para construir laços de confiança caso a qualquer momento esteja desconfortável, ameaçado ou vivencie uma situação problemática na web.

Use ferramentas de controle parental, como o Kaspersky Safe Kids, que permitirá que você tenha maior visibilidade das atividades de seus filhos. Converse sobre isso com eles para que eles saibam como esses aplicativos funcionam e entendam a importância de tê-los para fomentar bons hábitos digitais e se manter seguros online.

Para saber mais sobre os perigos na rede, visite o blog sobre o estudo.

Leia mais

Educação socioemocional em escolas ajuda no combate ao bullying
Cyberbullying: como combater o terror psicológico na internet
Passo a passo para se proteger do cyberbullying

 

 

 

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