A alergia é uma resposta imunológica de hipersensibilidade a substâncias normalmente inofensivas, como pólen ou alimentos. Para a maioria das pessoas, essas substâncias, também chamadas de alérgenos, não constituem um problema. No entanto, em indivíduos alérgicos, o sistema imunológico as identifica como uma ameaça e produz uma resposta exacerbada.

De acordo com o Ministério da Saúde (MS), as alergias mais comuns são a rinite alérgica e a asma, seguidas de alergias alimentares. Os sintomas das doenças alérgicas são muitos e também podem ser atribuíveis a mais de uma alergia, pois 8 em cada 10 pessoas com alergias são sensíveis a múltiplas substâncias. Por isso, é importante saber reconhecer alguns sintomas e procurar um médico para detectar alergias e ajudar a reduzir seus efeitos.

Em qualquer caso, a história clínica do paciente é essencial para identificar se há a presença de alergias. Observa-se, por exemplo, as condições ambientais: residência, trabalho, contato com animais etc., e antecedentes familiares, já que há predisposição genética para filhos de alérgicos.

“Cada pessoa tem sua própria combinação exclusiva de gatilhos alérgicos e nem todos eles são óbvios. Você pode ser sensível a várias fontes de alérgenos, mas não o suficiente para desencadear os sintomas quando você é exposto a apenas um deles. Mas quando você encontrar várias substâncias às quais é alérgico ao mesmo tempo, ou ainda fatores de estresse, elas poderão ultrapassar o chamado limiar de sintomas, e você poderá começar a apresentar manifestações diversas”, explica Fábio Arcuri, diretor de Imunodiagnósticos da Thermo Fisher na América Latina.

E, para que você possa estar preparado para sua consulta médica, a Thermo Fisher oferece um rastreador que mapeia os sintomas, horário do dia em que eles aparecem, estações do ano em que são mais comuns, o ambiente onde eles costumam ocorrer. Basta acessar o site e, com o resultado em mãos, levar a um médico especialista: Get Tested | Allergy Insider

Prevenção e situações extremas que podem levar à morte

Com a chegada do Inverno é a hora de ter cuidados extras com a saúde, pois os registros de doenças respiratórias costumam aumentar neste período. O ar frio também atua como irritante das vias aéreas, o que acarreta mais sintomas alérgicos, como a falta de ar e coriza. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), até o fim do século metade da população sofrerá algum tipo de alergia.

Cerca de 30% a 35% da população mundial possuem, por exemplo, algum tipo de alergia a poeira, mofo, pólen de plantas, entre outros. As alergias, além de afetarem a qualidade de vida da população, trazem números bastante expressivos: a OMS constatou, em 2022, que cerca de 300 milhões de pessoas sofrem com asma, 250 milhões apresentam alergia alimentar, 400 milhões sofrem com rinite e 25% da população já desenvolveu alergia a algum fármaco.

Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), 30% da população brasileira, sendo 20% crianças, são afetados por alergias. Entre as comuns estão a asma, rinite alérgica, dermatite atópica, alergia alimentar e a medicamentos.

No caso da asma, que pode ser intensificada no período de inverno, três pessoas morrem por dia no país, segundo a ASBAI. A doença acomete entre 10% e 25% da população e 80% dos asmáticos têm rinite. Dados do ISSAAC (International Study of Asthma and Allergies) apontam que 26% das crianças e 30% dos adolescentes sofrem com este tipo de alergia.

Alergias mais comuns e como diagnosticá-las

Para divulgar informações sobre prevenção, diagnóstico e tratamento, em 8 de julho celebra-se o Dia Mundial da Alergia, como forma de se evitar que simples sintomas, como uma coceira, levem a situações extremas de saúde e até à morte. Criado pela Organização Mundial da Alergia (World Allergy Organization – WAO), a data tem como objetivo fornecer informações precisas e úteis sobre a condição, além de incentivar o desenvolvimento de pesquisas e avanços na área.

O intuito da celebração é aumentar a conscientização e promover ações para melhorar a qualidade de vida das pessoas que sofrem com algum dos mais variados tipos de alergias. De acordo com o Ministério da Saúde, a alergia é “uma resposta imunológica exagerada, que se desenvolve após a exposição a um determinado antígeno (substância estranha ao nosso organismo) e que ocorre em indivíduos suscetíveis geneticamente e previamente sensibilizados”.

Os principais fatores desencadeantes das alergias respiratórias e das dermatites atópicas são os ácaros, fungos, epitélios de animais (cães e gatos) e barata. Já entre as alergias alimentares estão o leite de vaca, ovo, amendoim, frutos do mar, soja e nozes.

alergia ocorre quando o organismo responde de uma maneira exagerada aos estímulos comuns do ambiente – elementos do ar, alimentos e medicamentos. Os principais tipos de alergia são as respiratórias – que costumam aumentar no inverno, como rinite e asma, que causam espirros, coriza, coceira nos olhos, no nariz e garganta, falta de ar, chiado no peito, tosse e dores de cabeça; dermatites atópicas, com vermelhidão, coceira e descamações na pele; e alergias alimentares, que geralmente se manifestam com inchaço ou coceira nos lábios, cólicas, diarreia, vômitos e rouquidão.

“A reação alérgica ocorre quando os anticorpos reagem de maneira acima do normal ao contato com alguma substância, o que provoca sintomas como coceira, olhos vermelhos, erupções cutâneas, espirros, olhos lacrimejantes, coriza e tosse”, explica a médica alergologista Cristina Abud de Almeida, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

A reação alérgica acontece quando os anticorpos se comportam de maneira desproporcional ao contato com alguma substância, gerando sintomas no corpo humano. Dentre os mais comuns, estão: espirros, olhos lacrimejantes, coriza, tosse e coceira.

Porém, alguns níveis de alergia – a depender da substância e do grau de exposição – podem causar problemas mais sérios, como erupções cutâneas, vômitos, taquicardia e dificuldade para respirar. Por isso, é importante falar sobre prevenção, diagnóstico e tratamento.

“Existem vários fatores que podem desencadear uma alergia. Podemos dividir em alergias alimentares, incluindo lactose, frutos do mar e corantes, mas também outros alérgenos, como ácaros da poeira doméstica, pólens, proteínas de alimentos e princípios ativos em medicamentos, por exemplo. Todos esses casos, diagnosticáveis por exames laboratoriais”, explica a biomédica e assessora científica do Sabin Diagnóstico e Saúde, Gabriele Mesquita.

Exames que podem auxiliar no diagnóstico das alergias

Quando alguém é exposto a um alérgeno e se torna sensibilizado, o corpo produz os anticorpos chamados de imunoglobulina E (IgE). Na próxima vez que a pessoa entrar em contato com o mesmo alérgeno, isso gera uma inflamação e desencadeia sintomas que podem variar de leve a grave, afetando a pele, o trato gastrointestinal, o sistema cardiovascular e/ou o trato respiratório.

Para identificar e tratar alergias, é importante monitorar seus sintomas, procurar um médico especialista e, conforme indicação dele, realizar um teste de IgE Específica, o ImmunoCAP é um exame de sangue que mede a quantidade de anticorpos específicos a alérgenos no sangue. Com ele, é possível testar centenas de desencadeantes alérgicos

“Para auxiliar o médico no diagnóstico de alergias, podem ser realizados dois exames: o IGE Total, que identifica se há altas taxas de antígeno no sangue, um indicativo de que há um processo alérgico a algum elemento (sem defini-lo), e o IGE Específico, que testa a presença de antígenos específicos, buscando analisar qual substância está gerando a alergia. O resultado sai em cerca de quatro dias úteis”, afirma a especialista.

Existem ainda testes que observam a reação de pacientes ao serem expostos a substâncias. Um é o de contato de pele e o outro é o de provocação, normalmente mais utilizado para alergias alimentares. Devendo ambos os testes serem feitos por profissionais e em ambientes controlados, como hospitais.

Com o resultado dos exames em mãos, é possível saber exatamente qual o alérgeno causador de reações. Desta forma, o principal aspecto da prevenção passa a ser o de evitar o contato com o elemento. Já o tratamento é voltado para medidas que podem amenizar os sintomas, o que pode incluir uso de medicação, a depender de indicação médica.

“É fundamental que o paciente tenha acompanhamento médico desde o início, até mesmo para que haja a orientação correta para o diagnóstico e tratamento. É comum que um médico alergista faça esse atendimento, mas posteriormente, com o alérgeno identificado, pode incluir também pneumologistas e dermatologistas”, explica a biomédica.

Com  Assessorias

 

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