A bebida que esquenta, estimula e desperta faz bem para o corpo e para a economia. O Nacional do Café (24 de maio) foi oficializado pela Associação Brasileira da Indústria do Café (Abic), em 2005, e sua escolha coincide com o período de início da colheita na maior parte das regiões cafeeiras do Brasil, que é o maior produtor e o maior exportador de café verde no mundo e também o segundo maior consumidor de café do planeta.

Em comemoração à data, separamos cinco curiosidades preparadas pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA) do Estado de São Paulo sobre a bebida que é preferência nacional e a segunda mais consumida no mundo – só perde para a água.

1 – Café ajuda a prevenir doenças

Pesquisas realizadas em países como o Brasil, os Estados Unidos e o Japão, bem como em continentes como o europeu, revelam que o consumo moderado de café de boa qualidade pode fazer muito bem à saúde, prevenindo algumas doenças como o mal de Parkinson, o câncer de cólon, o diabetes e a cefaleia. Os benefícios se devem às propriedades antioxidantes e à proteção dos neurônios. Segundo nutricionistas da SAA, quando o café é processado, os ácidos clorogênicos tornam-se quinídeos, atuantes no sistema nervoso central, melhorando o estado de humor e o mecanismo de gratificação, prevenindo o aparecimento de depressão.

2 – Consumo de três a cinco xícaras de café por dia

Nutricionistas recomendam aingestão diáriade três a cinco xícaras pequenas, por dia, o que corresponde a 150 a 300mg de cafeína/dia, aproximadamente. Não há nenhuma evidência de que o consumo moderado de café, por indivíduos saudáveis, seja prejudicial. Porém algumas pessoas são mais sensíveis aos efeitos da cafeína e, nesses casos, o consumo deve ser evitado.

3 – Consumo por estudantes de todas as idades

A cafeína presente no café estimula a vigília, a concentração, o aprendizado e a memória. A bebida pode ser consumida por crianças e, principalmente, por estudantes de todas as idades, de acordo com nutricionistas da SAA, que lembram ser preciso consumir de forma moderada, pois, em excesso, pode causar insônia, dor de cabeça e diarreia.

4 – Uso na indústria de alimentos e de cosméticos

Dentre as pesquisas do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL-APTA) destacam-se, junto ao IAC, o desenvolvimento de processo inédito para obtenção de ingrediente fonte de cafeína a partir da casca do café robusta sem o uso de solvente, com pedido de patente depositado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O ingrediente natural pode ser usado como fonte de cafeína na indústria de alimentos e bebidas não alcoólicas de baixo valor calórico e energético natural, além de ter aplicação na formulação de cosméticos e fármacos naturais.

5 – Pesquisa científica com café se iniciou nos tempos do Império

Referência em estudos com cafeeiros, o Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, foi fundado por D. Pedro II, em 1887, justamente para estudar os problemas que atingiam o café naquela época. De lá para cá, o IAC nunca mais interrompeu seus estudos e desenvolveu 67 cultivares. O Instituto é responsável também por estudos com café naturalmente sem cafeína, colheita, produtividade e resistência a pragas e doenças, além de qualidade da bebida, característica que conquista fãs mundo afora.

São do IAC as cultivares mais plantadas nos cafezais nacionais e paulistas: chamadas Mundo Novo, Catuaí Vermelho e Catuaí Amarelo; juntas, elas representam cerca de 80% do café arábica produzido no Brasil. O tipo arábica é aquele usado para produzir a bebida nas casas dos brasileiros. A produção nacional responde por 2/3 do volume mundial desse tipo de café.

Dicas para preparar um bom café

Para fazer um bom café pode-se ferver a água, sim, mas levemente

Muita gente pergunta qual a receita para se fazer um bom café. Neste quesito, o pesquisador da APTA, Daniel Gomes, dá cinco dicas certeiras. Confira:

1. utilize um bom café. Se tiver acesso a cafés do tipo especial, ótimo. Se não, escolha cafés do Programa de Qualidade do Café (PQC), da Abic, que oferece notas de Qualidade Global (QG) dos cafés vendidos no país.

2. prefira moer os grãos na hora, para obter o máximo de sabor e aroma da bebida.

3. evite usar água clorada, pois ela reage negativamente com os óleos essenciais do café. “Uma pergunta frequente é: pode-se ferver a água? A resposta é sim, desde que levemente, e sempre deixe a água parar de borbulhar antes de usá-la”, diz Gomes.

4. Existem diversos métodos de preparo do café, mas a receita padrão é: quatro a cinco colheres (sopa) de pó, para cada litro de água.

5. Bons cafés dispensam açúcar!

 

 

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