Duas mortes por febre amarela neste ano foram confirmadas pelo governo de São Paulo. No total, quatro pessoas foram infectadas. Uma das mortes ocorreu no estado, mas a vítima era residente de Minas Gerais. São Paulo não tinha casos da doença desde 2020, quando um registro foi confirmado.
De janeiro a março de 2023, a cobertura vacinal para febre amarela ficou em 82%. Em 2022, esse percentual era de 64,4%. A Secretaria Estadual de Saúde lembra que a vacinação contra a doença faz parte do calendário de imunização e está disponível em todos os postos de saúde.
A primeira dose deve ser aplicada aos 9 meses de idade e a segunda aos 4 anos. A partir dos 5 anos, para aqueles que não estão com a vacina em dia, é recomendada apenas uma dose única.
A secretaria aponta que, desde o primeiro caso, tem reforçado a vacinação, além de fazer a investigação epidemiológica e a sensibilização da rede de saúde para detectar precocemente situações suspeitas.
Vacina contra a febre amarela está disponível nos postos
Nesta segunda-feira (29), o SoU_Ciência reforçando que a vacinação contra a doença faz parte do calendário de imunização e está disponível em todos os postos de saúde. A primeira dose deve ser aplicada aos 9 meses de idade e a segunda aos 4 anos. A partir dos 5 anos, para aqueles que não estão com a vacina em dia, é recomendada apenas uma dose única.
“A febre amarela é uma das doenças para as quais nós temos uma vacina eficaz. A vacina há tempos, porém, a cobertura vacinal sofre anualmente uma diminuição devido à hesitação por parte da população”, explica Soraya Smaili, coordenadora do SoU_Ciência.
Segundo ela, as mudanças climáticas, invernos com temperaturas mais altas, além da facilidade de deslocamentos e da presença humana em áreas selvagens podem trazer antigas e novas doenças. “É preciso fazer mais campanhas e promover mais atividades educacionais, pois essa hesitação vacinal também contribui para a volta de velhas doenças e pode trazer mortes. Não podemos cair nessa armadilha”, alerta.
De janeiro a março de 2023, a cobertura vacinal para febre amarela em São Paulo ficou em 82%. Em 2022, esse percentual era de 64,4%.
Sintomas
A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, de rápida evolução e elevada letalidade nas suas formas mais graves. Apresenta sintomas como febre súbita, calafrios, dor de cabeça, dor no corpo, náuseas, vômitos e fraqueza.
Tem padrão sazonal, com a maior parte dos casos entre os meses de dezembro e maio. A infecção se dá por meio de mosquitos silvestres, que vivem em zona de mata e não habitam o ambiente urbano das cidades. A prevenção é a vacina.
Histórico
Após aproximadamente meio século de silêncio epidemiológico, o vírus da febre amarela voltou a ser detectado no ano 2000, no estado de São Paulo. Desde a sua reintrodução, foram reportados quatro surtos, com mais de 600 casos confirmados. Eventos epidêmicos da doença também foram registrados, a partir de 2014, em Goiás e Tocantins, e seguiram no sentido dos estados do Sudeste e Sul.
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