Como a pele é o órgão mais exposto do corpo humano, qualquer doença ou mancha costuma chamar atenção e muitas vezes assustar pacientes e pessoas que convivem com ele. Infelizmente, a realidade é que o preconceito gerado pelo desconhecimento pode agravar muitas das doenças autoimunes que atingem a pele. É o caso da psoríase, que além de causas estragos na pele, pode acabar com a autoestima das pessoas.
Estudo recente coordenado pelo Hospital das Clínicas da USP de Ribeirão Preto mostra que a doença pode levar o paciente a manifestar sintomas de depressão e fobia social. Dos entrevistados, 63,7% dos disseram que tiveram a qualidade de vida impactada negativamente, sendo que 54,1% apresentaram sinais de ansiedade e depressão. A amostra, segundo a divulgação da pesquisa, foi de 300 pacientes das regiões Norte, Sudeste e Sul.
Mas existem celebridades que mostram que é possível, sim, conviver com esse problema e até achar beleza neles. Recentemente Kim Kardashian West admitiu que nem tenta mais esconder as manchas na pele causadas pela psoríase, diagnosticada em 2010, Kim não é a única do clã Kardashian-Jenner que sofre do problema. Sua mãe Cris também tem a doença dermatológica.
A genética, por sinal, é um dos fatores principais, seguida por estresse, obesidade, fumo e alguns tipos de infecções. Apesar de ser uma doença que afeta uma parcela pequena da população mundial (cerca de 1% a 3%) Kim não está sozinha no mundo dos famosos, Britney Spears, Cara Delevingne e Cameron Diaz também fazem parte do grupo.
Doença não é contagiosa e tem tratamento
Estima-se que o Brasil tenha 3 milhões de pessoas com o problema. Neste Dia Nacional e Mundial da Psoríase (29 de outubro) especialistas destacam a importância de tratar a doença e o preconceito em torno dela.
A psoríase caracteriza-se por manchas vermelhas e espessas, cobertas por escamas esbranquiçadas e prateadas, que geralmente aparecem nos braços, nas pernas e no couro cabeludo.
Sem causa conhecida, sabe-se que a doença está relacionada com uma possível disfunção no sistema imunológico que faz com que as células-T, responsáveis pela defesa do organismo, ataquem as células da pele, que se multiplicam desordenadamente. Crônica, a psoríase ocorre em ciclos.
“A psoríase pode ocorrer em pessoas de todas as idades, mas geralmente aparece entre os 15 e 30 anos. Entre 10 e 30% dos pacientes podem desenvolver artrite psoriásica, que combina os sintomas de duas doenças autoimunes, a própria psoríase e a artrite reumatoide, ambas incapacitantes”, informa a dermatologista Lívia Pinto.
Além de ser genética, e hereditária, a doença ainda pode ser desencadeada por um fator externo, como o estresse.
“É fundamental que todos saibam que ela não é contagiosa. Até hoje não se sabe a real causa, mas há estudos que apontam que cerca de 30% dos casos tem fatores genéticos envolvidos, além do estresse emocional, com algumas infecções e traumas”, destaca a dermatologista Livia Pino.
“Como não há cura, o objetivo dos tratamentos – cremes, fototerapia, imunossupressores, corticóides e drogas biológicas- é o controle dos sintomas”, afirma a dermatologista Karla Assed, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da American Academy of Dermatology.
Embora persistente e crônica, ela tem tratamento. Segundo Lívia, tratar a psoríase é fundamental para uma boa gestão da doença e da saúde em geral. É possível, com um trabalho conjunto entre médico e doente, encontrar um tratamento que reduza ou elimine os sintomas. No entanto, o que é adequado para uma pessoa com psoríase pode não o ser para outra.
Diferenças entre psoríase e dermatite
Vermelhidão, coceira, descamação de pele. Essas são características comuns de doenças de peles que afetam muitos brasileiros: dermatite e psoríase. Apesar de algumas semelhanças nos sintomas, as condições têm suas particularidades e tratamentos. E como saber se é uma ou outra?
“O diagnóstico somente um médico será capaz de dar. Por isso, a recomendação é procurar um dermatologista caso note manchas avermelhadas, enrijecimento da pele em algum local e descamação”, afirma a consultora científica da Biobalance, Maria Inês Harris.
Ela lembra que psoríase e dermatite não são doenças contagiosas e que o estresse, principalmente no caso de psoríase, pode ajudar a agravar as lesões. “Felizmente, são doenças tratáveis e que podem ser controladas”, conclui Harris.
A especialista comenta alguns detalhes que diferenciam a psoríase da dermatite:
Em cerca de 22% a 33% dos casos, a psoríase começa na infância, muitas vezes durante a adolescência. A prevalência de psoríase entre crianças e adolescentes está aumentando em geral, despertando a consciência para a necessidade de cuidados especiais com os pacientes infantis principalmente devido às comorbidades frequentemente associadas, como a diabetes, hipertensão e esteatose.
“Estudos recentes mostram ainda que situações de intenso estresse pré-natal aumentam significativamente o risco de a prole desenvolver psoríase, seja na infância, na adolescência ou na vida adulta”, afirma a Dra. Harris.
A dermatite coça muito e faz a pele ficar vermelha e irritada, por vezes desenvolvendo-se também placas características. A psoríase tem sintomas muito semelhantes, porém, quando é psoríase, a pele, além de coçar, também fica com uma sensação de que “está queimando”.
As manchas avermelhadas na psoríase têm uma delimitação mais nítida que as manchas de dermatite. É como se você pudesse passar uma caneta em volta delas e formar alguns desenhos. “São lesões bem delimitadas e normalmente em placas”, explica Harris.
Como diagnosticar a psoríase
Não é tarefa simples diagnosticar a psoríase. Às vezes, os pacientes passam por médicos de diferentes especialidades até obter o firme diagnóstico desta doença crônica de pele. Isso acontece porque as manchas na pele, frequentes na psoríase, embora sejam descamativas, nem sempre se manifestam com a mesma aparência entre os pacientes. E mais: também é comum as manchas irem e voltarem, ou seja, elas podem desaparecer de forma espontânea.
Será que dá para saber que se tem a doença antes mesmo de procurar a ajuda de um dermatologista? Não, é necessário o diagnóstico médico. Mas é possível esclarecer alguns pontos para que você possa ter uma noção prévia sobre a psoríase. Primeiramente, é importante saber que ela envolve fatores hereditários, ou seja, é comum aparecer na mesma família.
Existem alguns sinais típicos da psoríase, como manchas descamativas na pele com aspecto avermelhado que podem coçar e deixam a região desidratada. Além de poder surgir em diferentes partes do corpo, como braços, abdômen, costas, pernas e couro cabeludo, a doença pode se manifestar também nas unhas e entre os dedos.
Vale ressaltar ainda que essas manchas podem proliferar de um dia para o outro. “O que começa com uma simples lesão, pode virar uma placa maior na pele”, esclarece a dermatologista consultora da Biobalance, Maria Paula Del Nero. É preciso ter em mente que a psoríase não é contagiosa e que já há tratamentos eficazes para combatê-la, como cremes calmantes sem corticoides e de uso tópico.
“É importante atuar também na prevenção das crises, usando cremes altamente hidratantes, emolientes e de boa qualidade todos os dias, mesmo quando as lesões não estão aparentes, pois melhorando a barreira cutânea, conseguimos diminuir as crises”, explica.
Quem tem psoríase deve ficar constantemente atento aos sintomas para evitar crises e controlar a doença. “Não se pode deixar que apsoríase interfira na sua qualidade de vida. Então, o caminho certo é seguir à risca o tratamento médico recomendado”, afirma a Dra. Maria Paula.
Mitos e verdades sobre a psoríase
Dúvidas ainda rondam o diagnóstico e o tratamento da psoríase. Realmente, diagnosticar esta doença não é simples – isto precisa ser feito pelo médico. Às vezes, as manchas aparecem e desaparecem por conta própria. É comum também que elas se manifestem de maneira diferente na pele de cada pacientes. Por isso, não é raro que pacientes visitem diversos médicos até que se confirme: é psoríase.
Sem causa conhecida, sabe-se que a doença está relacionada com uma possível disfunção no sistema imunológico que faz com que as células-T, as de defesa do organismo, ataquem as células da pele, que se multiplicam desordenadamente. Crônica, a psoríase ocorre em ciclos. Além de ser genética, e hereditária, e acredita-se que as crises sejam desencadeadas por fatores externos como frio e estresse.
Depois do diagnóstico os pacientes se deparam com incertezas a respeito do melhor tratamento e ainda enfrentam preconceitos – por conta da pele escamada – de quem não conhece a doença. Para sanar algumas dúvidas, a consultora da Biobalance, fabricante de cremes calmantes de uso tópico, sem o uso de corticoides, que auxiliam na redução de processos inflamatórios da pele –, preparou uma lista de mitos e verdades sobre a psoríase. Confira:
Psoríase é contagiosa
Mito ou verdade? MITO
Não é contagiosa. Algumas pessoas podem apresentar propensão genética para desenvolver a doença, porém não é possível transmiti-la para outra pessoa por contato.
Clima frio pode agravar os sintomas
Mito ou verdade? VERDADE
Clima frio e seco pode ser prejudicial para a pele de qualquer pessoa. Mas para quem tem psoríase, é ainda mais importante manter a pele hidratada, prevenindo que ela venha a fica seca. EctoPURE® é um creme calmante sem corticoides, livre de parabenos e fragrâncias e que promove a regeneração e a hidratação da pele.
Estresse pode desencadear uma crise
Mito ou verdade? VERDADE
Os sintomas da doença aparecem e desaparecem, mas alguns fatores pode atuar como gatilhos. O estresse é um deles. Outros fatores que ajudam a desencadear crises são cortes, arranhões, tomar muito sol, gripes e alguns medicamentos.
Os banhos são ruins para quem tem psoríase
Mito ou verdade? MITO
Banhos não desencadeiam crises e não fazem mal ao portador, porém é preciso atenção: os banhos não devem ser muito quentes, nem durar muito tempo, já que a água quente pode ressecar a pele. Também é muito importante hidratar a pele após o banho.
Psoríase pode afetar unhas
Mito ou verdade? VERDADE
Cerca de metade das pessoas com a doença percebem mudanças também nas unhas, que mudam em cor e espessura. Para proteger as unhas, vale usar luvas impermeáveis (preferencialmente sem pó ou talco) quando fizer alguma atividade com produto de limpeza, por exemplo.
Se você não apresentar a doença até os 40, então você está livre dela
Mito ou verdade? MITO
A doença pode aparecer em qualquer idade. A maior parte das pessoas apresenta os sintomas entre 15 e 30 anos. E a maior incidência é em pessoas até 40 anos, mas isso não significa que a doença não possa ser desencadeada mais tarde. Há incidência de psoríase em pessoas com mais de 50 e 60 anos também.
Com Assessorias