A cantora Preta Gil, de 50 anos, segue em tratamento experimental nos Estados Unidos pelo menos até agosto, quando fará novos exames e traçará uma nova rota na luta para conseguir a tão desejada cura do câncer. Flora Gil, esposa do cantor Gilberto Gil, pai da cantora, que tem ido com frequência visitar a artista, confirmou ao Gshow que apenas com os resultados dos exames em mãos será possível definir como ficará
Ela ainda está em tratamento nos Estados Unidos. E deve ficar pelo menos até agosto fazendo o tratamento do protocolo de estudo. E em agosto serão feitos novos exames e a partir dos resultados dos exames será feito o novo planejamento. Mas isso só poderemos saber após esses exames. Por agora, é continuar o tratamento”, acrescenta a influenciadora.

Nos últimos dias, Flora também compartilhou um carrossel de fotos ao lado de Preta Gil e se despediu da cantora ao voltar para o Brasil: “Já com tanta saudade! Cada dia um presente, cheio de amor e carinho gigantes. Neste momento tão desafiador e íntimo para nossa família e amigos, nosso universo gira em torno de você, Pretinha. Saiba que estamos juntas. Estou voltando para casa e a saudade já aperta o coração. Te amo, hoje e para sempre. Logo mais a gente se encontra de novo”. escreveu.

Preta Gil enfrenta a luta contra o câncer colorretal desde  janeiro de 2023 e embarcou para os EUA em maio, para participar de uma pesquisa clínica de um novo tratamento contra o câncer, depois que esgotar as possibilidades no Brasil. Quando viajou para os Estados Unidos, chegou a ficar em um hotel, mas logo depois alugou uma casa próximo do lugar onde é realizado o tratamento.

Em uma participação no “Domingão com Huck”, Preta já tinha comentado sobre a nova fase da doença. “Eu agora entro numa fase difícil, complicada, porque aqui no Brasil a gente já fez tudo o que podia. Então, agora as minhas chances de cura estão fora do Brasil. É para lá que eu vou”, relatou.

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Amputação do reto: quando a cirurgia é indicada?

Procedimento pode ser necessário em casos avançados de câncer colorretal, como o da cantora Preta Gil.

 

Foto: Freepik

Durante o tratamento, a cantora Preta Gil vem compartilhando sua rotina, incluindo a experiência com a bolsa de ileostomia. Sua transparência tem ajudado a desmistificar a doença e trazer informação para milhões de pessoas. “A gente precisa viver enquanto a gente se cura. A gente precisa dar valor à vida”, disse a cantora em uma de suas postagens nas redes sociais.

No início deste ano, ela compartilhou em suas redes sociais que precisou passar por uma cirurgia para colocação de uma bolsa de colostomia definitiva. A decisão foi consequência do seu tratamento contra o câncer colorretal, também conhecido como câncer de intestino, diagnosticado em 2023.

A artista já havia utilizado uma bolsa provisória anteriormente, mas, devido à evolução do quadro, precisou recorrer à amputação do reto, um procedimento definitivo e necessário em alguns casos da doença.

O cirurgião do aparelho digestivo Rodrigo Barbosa, sub-especializado em cirurgia bariátrica e coloproctologia, explica que a escolha do procedimento ocorre quando o câncer está localizado na parte mais baixa do reto, impedindo que ele seja removido de outra forma.

Segundo ele, as opções de tratamento mais comuns são a quimioterapia e a radioterapia, que costumam ser combinadas, a terapia-alvo e a cirurgia. No entanto, quando elas não levam à remissão do tumor, que foi o caso de Preta Gil, e ele está muito próximo ao ânus, a amputação se torna uma necessidade.

Durante a cirurgia, é removido o reto e, dependendo do estágio da doença, uma porção inferior do intestino grosso, o que pode impactar no controle das fezes, exigindo a bolsa de colostomia para a sua eliminação, quando não é possível conectar seções saudáveis do cólon.

Transplante hepático pode ser alternativa de tratamento

O tratamento para o câncer colorretal depende de inúmeros fatores, como localização, tamanho, extensão, se há metástase, se é indicada a retirada dos pólipos, radioterapia, quimioterapia ou intervenção cirúrgica. O câncer de cólon avançado não tratado pode ser fatal. Mesmo quando tratada, pode impactar significativamente a qualidade de vida do paciente devido aos efeitos colaterais do tratamento ou da cirurgia.

Uma cirurgia que tem sido estudada no tratamento do câncer colorretal avançado é o transplante de fígado para pacientes com metástase hepática. De acordo com o médico Eduardo Fernandes, especialista em transplante de órgãos abdominais, 30% dos pacientes com câncer colorretal já têm a doença no fígado, quando são diagnosticados. Além disso, outros 30% irão desenvolver a doença no futuro.

Fernandes, que é criador do protocolo brasileiro dessa cirurgia, explica em entrevista à imprensa que, até então, a única alternativa de tratamento para pacientes com tumores extensos no fígado ou lesões inoperáveis era a ressecção parcial do órgão. Quando o câncer comprometia todo o fígado, nada mais podia ser feito.

Apesar dos avanços, o procedimento é restrito a casos muito específicos. Para ser elegível, o paciente deve ter sido operado há, pelo menos, um ano, ter controle da doença por quimioterapia e apresentar metástases irreversíveis exclusivamente no fígado.

O Ministério da Saúde alerta que, além dos desafios inerentes a uma cirurgia, é importante avaliar quais os riscos de um transplante. As complicações incluem infecções, rejeição do órgão e efeitos colaterais das medicações imunossupressoras, como hipertensão e toxicidade do sistema nervoso. Por isso, é necessária uma avaliação para cada caso.

Com Assessorias

 

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