O capacitismo é um comportamento opressor e que discrimina a pessoa com deficiência. No Dia Internacional da Pessoa com Deficiência (3/12), é importante conhecer os diferentes tipos de capacitismo, como isso prejudica as pessoas com deficiência e ainda algumas expressões capacitistas e como substituí-las.

O Grupo Talento Incluir, ecossistema da diversidade e inclusão com foco em pessoas com deficiência, pioneiro no Brasil, criou o Guia de Comunicação Inclusiva sobre Pessoas com Deficiência, lançado recentemente e direcionado principalmente para profissionais de comunicação, de forma gratuita e disponível no site do grupo.

O Guia tem como objetivo principal avançar na comunicação inclusiva e trazer as terminologias mais indicadas, legislação, aspectos sobre fotos, vídeos, cuidados na condução de entrevistas e na produção de conteúdo e reportagens que abordem o universo das pessoas com deficiência.

Totalmente colaborativo, o material nasce com uma proposta de estar sempre aberto para receber novas contribuições por pessoas interessadas pelo tema. Também apresenta uma lista de criadores de conteúdos e influenciadores digitais com deficiência, além de jornalistas e veículos que trazem informações e conhecimento.

Expressões capacitistas e como substituí-las

De acordo com Carolina Ignarra, CEO do Grupo Talento Incluir, julgar a capacidade e o talento de alguém apenas por sua deficiência, mesmo sem intenção, é agir com capacitismo, que se apresenta de diversas formas:

Capacitismo Passivo: sentir piedade, tratar de forma infantilizada e elogiar exageradamente as pessoas com deficiência. O preconceito nem sempre vem acompanhado de uma opressão intencional, geralmente acontece de maneira sutil, com discretas atitudes que comprovam um subconsciente.

Capacitismo Linguístico: acontece por meio de expressões que usam a deficiência como adjetivo. Comunicar-se com pessoa com deficiência de forma infantilizada, julgando-a incapaz de compreender o mundo, assexualizada, inferior ou que deva ser medicada e afastada do convívio comum dos demais cidadãos são exemplos de capacitismo.

Capacitismo Recreativo: fazer piada ou observações sobre o corpo das pessoas, rir do outro, apelidos pejorativos, imitar o jeito do outro falar ou andar. Vale ressaltar que, segundo a LBI, discriminar pessoas com deficiência é crime.

Capacitismo Ativo: Duvidar da capacidade da pessoa com deficiência, insultar com intenção, não promover arquitetura e espaços acessíveis, por exemplo.

Capacitismo Institucional: encontrado em organizações ao contratarem pessoas com deficiência apenas pela cota e não por convicção, e consequentemente, promoverem exclusão no trabalho, não oferecendo oportunidades de desenvolvimento de carreira e participação ativa no time. A falta de cultura inclusiva nos ambientes organizacionais também é considerada uma forma de capacitismo institucional.

“A prática do capacitismo atinge a pessoa com deficiência de diferentes maneiras, como o acesso ao meio físico e a criação de barreiras para que exerçam atividades independentes e barreiras socioemocionais, quando são tratadas como incapazes, dependentes, sem vontade ou capacidade para tomar decisões”, conclui Carolina Ignarra.

Sobre o Grupo Talento Incluir

Grupo Talento Incluir tem como objetivo promover a equidade nas relações empresariais e sociais por meio de diferentes unidades de negócios: a Talento Incluir Consultoria, com soluções focadas nos pilares de D&I Conscientização, Contratação, Carreira e Acessibilidade e Consultoria Estratégica de Marketing e Comunicação para pessoas com deficiência; a UinHub, o primeiro e mais acessível marketplace do mundo para pessoas com deficiência e a Talento Sênior, que colabora com a inclusão de profissionais 45+ no mercado de trabalho e o UinStock, primeiro banco digital e nacional para a produção e venda de imagens de diversidade da população brasileira pouco representada.

Fundada em 2008, a Talento Incluir Consultoria – a primeira empresa do grupo -, já inseriu no mercado de trabalho mais de 8 mil pessoas com deficiência, buscando sempre o desenvolvimento de carreira destes profissionais para que a inclusão aconteça de maneira profunda e verdadeira, gerando impactos positivos na vida destas pessoas e na sociedade. Em toda a sua trajetória, aplicou Programas de Inclusão 360º para formar e fortalecer a cultura de inclusão em mais de 400 empresas de diversos setores em todo Brasil, como Mercado Livre, Syngenta, Gol, Carrefour, Grupo Boticário, Raia Drogasil, Bradesco, Tereos, PwC PricewaterhouseCoopers, GRU Airport, AccorHotels, Avanade, WhirlPool (Consul e Brastemp) entre outras.

Leia mais

Cordão de girassol a pessoas com deficiências ocultas

Deficiência auditiva: muitos desafios e poucas soluções

‘Traveco’ não, você quis dizer travesti!

Shares:

Posts Relacionados

4 Comments

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *