Glória Olívia Vieira, de 76 anos, Amaro Leocádio da Silva, 65, e Gilvandro de Sena, 51, foram os três primeiros pacientes do Hospital de Campanha do Riocentro. Eles chegaram à unidade aberta pela Prefeitura do Rio logo no dia da inauguração, em 1º de maio. Foram tempos de angústia e incertezas para as famílias, mas todos venceram a fase crítica da Covid-19 e já voltaram para suas casas. Desde a inauguração, em 1º de maio, mais de 30 pacientes já tiveram alta da unidade. , Outros 80 pacientes, sendo 26 em leitos de UTI, seguem internados.
A última a sair foi Glória, que teve alta nesse sábado (16), depois de 15 dias de internação, seis deles na unidade de terapia intensiva (UTI). Ao buscar dona Glória no hospital, o filho Jorge agradeceu, emocionado: “Agradeço muito pelo atendimento excepcional dado à minha mãe, tanto o humano quanto o técnico. Por favor, transmitam à equipe toda a felicidade e gratidão da família Vieira, são sentimentos genuínos que estarão para sempre em nossos corações!”.

Gilvandro, o segundo paciente a ser internado no Hospital de Campanha, recebeu alta na noite de quarta-feira (13). Na porta do Riocentro, a companheira de 33 anos de vida, dona Ângela, e o filho puderam dar o tão desejado abraço do reencontro. Em mais de três décadas de casados, os dias de internação pela Covid-19 foram a primeira vez em que Gilvandro e Ângela estiveram separados. Na porta do Riocentro, ela e o filho puderam dar o tão desejado abraço do reencontro.

Já Seu Amaro, paciente número 1 do Hospital de Campanha da Prefeitura, chegou às 22h do dia 1º de maio, vindo do CER Barra, onde recebeu o primeiro atendimento. Ele teve alta na segunda-feira (11), depois de dez dias internado.  A data registrada no certificado “Eu venci a Covid-19” vai ser comemorada como um segundo nascimento. A filha, Jaqueline, já avisou: “O certificado vai virar quadro na sala de casa”.

Sempre muito emocionado, Seu Amaro não segurou as lágrimas na saída do hospital: “Estou muito feliz, vocês estão de parabéns, me trataram muito bem.” A filha completou: “Estou feliz da vida! Graças a Deus deu tudo certo. Pedi muito, orei muito por isso, e Deus ouviu minhas preces. Mais uma vez meu pai está de volta.”

Nos 11 dias em que Jorge Cláudio, de 60 anos, permaneceu internado no Hospital de Campanha do Riocentro, apesar da doença e da angústia, ele não deixou a bola cair. Chegado a uma cantoria, animava as equipes dos plantões com sua voz e ritmo. Na noite desta quinta-feira (14), seu Jorge fez o canto da vitória para médicos e enfermeiros, pouco antes de deixar a unidade em alta. Ele é mais um dos pacientes da unidade a vencer a fase crítica da Covid-19 e voltar para casa.

As primeiras altas da unidade ocorreram no dia 6 de maio. “Foi uma vitória. Estou muito feliz. Tudo com muito carinho dos médicos e de Deus”, afirmou Leandro Cosme dos Santos, de 34 anos, morador Piedade, um dos que receberam alta. Ele foi recepcionado pela mãe, Angela, que era só emoção e gratidão.

O outro paciente a ir para casa foi Francisco Ricardo de Lima, de 51 anos, residente em Padre Miguel. Quem foi buscá-lo foi a esposa, Shirley, com quem é casado há 33 anos. Os dois se reencontraram chorando na rampa de acesso ao hospital, sob uma chuva de aplausos dos médicos e enfermeiros. – Vou levar o amor da minha vida de volta para casa. Ele foi muito bem tratado! -, disse ela.

Taxa de ocupação de leitos do SUS chega a 85%

O hospital de campanha do Riocentro tem 500 leitos, sendo 400 de UTI (Foto: Marcos de Paula / Prefeitura do Rio)

Nessa primeira quinzena de maio foram abertos 100 novos leitos para o tratamento de pacientes com Covid no Hospital de Campanha do RiocentroI. Outros 229 leitos estão em outras unidades.

A Secretaria Municipal de Saúde do Rio informou que já abriu 802 leitos exclusivos, desde o início da pandemia. Deste total, 183 são leitos de UTI. Com a chegada de 306 respiradores e outros insumos, será possível abrir novos leitos ainda esta semana.

A SMS  também divulgou, na manhã deste domingo (17), os números de casos de contaminação e mortes em favelas do Rio. As mais incidentes são Rocinha: 72 casos – 22 mortes; Mangueira: 19 casos – 7 mortes e Complexo do Alemão: 3 casos – 1 morte.

No município do Rio, pacientes contaminados pelo novo coronavírus ocupam 85% dos leitos de UTI do Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, 79% dos leitos de enfermaria estão ocupados por pacientes vítimas da Covid-19. Em toda a rede SUS na cidade do Rio, que inclui leitos de unidades municipais, estaduais e federais, há 1.720 pacientes internados com suspeita de Covid, sendo 630 em UTI.

Fila por espera de vaga em hospitais da cidade tem 607 pessoas

Em todos os hospitais públicos da cidade do Rio – e não apenas nas unidades da rede municipal – há 607 pessoas na fila da regulação, aguardando transferência para leitos dedicados à Covid-19, sendo 308 para leitos de UTI. Em toda a rede municipal, há 602 pessoas internadas em leitos dedicados à Covid-19, sendo 154 em UTI.

Os pacientes podem ser regulados para internação em qualquer uma das diferentes redes, seja federal, estadual ou municipal. Nos leitos ocupados há rotatividade de vagas por causa de altas e óbitos, além de transferências para leitos de UTI que dão retaguarda às enfermarias de Covid e são usados quando o estado do paciente se agrava.

A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que esses leitos que aparecem como “livres” na plataforma da regulação estão em unidades especializadas, como maternidades, psiquiátricas e pediátricas, e que não podem ser usados para Covid-19, já que a rede continua de portas abertas para pacientes com outras necessidades.

Os dados sobre número de pacientes são alterados ao longo do dia e a atualização é divulgada diariamente no Painel Rio Covid-19, após as 18h. Acesse aqui o link.

Entrega de tomógrafo

Foi entregue neste domingo mais um dos 16 tomógrafos

Tomógrafo de alta resolução e 28 canais reforça combate ao novo coronavírus na Pavuna (Foto: Marcelo Piu / Prefeitura do Rio)

comprados na China pelo município e que estão sendo distribuídos por diferentes pontos da cidade para reforçar a proteção da população contra a Covid-19. Desta vez foi na Pavuna, na Zona Norte, em terreno cedido pelo shopping Via Rio. Ao todo, são 27 tomógrafos adquiridos na atual gestão, com mais de 150 mil exames realizados.

O novo centro de imagens na Pavuna vai levar diagnóstico precoce da doença a milhares de pessoas do bairro e de áreas próximas, inclusive Baixada Fluminense. Além do tomógrafo, há um moderno aparelho digital de raio X, que permite exames mais rápidos e eficientes e ficará de legado para a população após o fim da pandemia.

O equipamento, de alta resolução, tem capacidade de fazer 1.200 exames por mês. São equipamentos top de linha, com 128 canais, que fazem exames em 20 segundos, com uma grande precisão. “Os tomógrafos fazem a detecção precoce do coronavírus no pulmão das pessoas, que se chama pneumonia viral. É com essas tomografias que os médicos terão mais chances de salvar vidas, sobretudo se for no início da doença. Eu sempre repito: se fizermos diagnósticos cedo, vamos vencer a doença”, explicou o prefeito Marcelo Crivella. 
Fonte: Prefeitura do Rio
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