Em todo o país começa nesta segunda-feira, dia 5 de outubro, as campanhas de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação para Atualização de Caderneta da Criança e do Adolescente entre 6 meses e 15 anos de idade. A ação do Ministério da Saúde e secretarias estaduais e municipais vai até 31 de outubro.

A campanha de vacinação contra a poliomielite se destina às crianças menores de 5 anos de idade, independentemente da quantidade de doses que já tenham contra a doença. Já a multivacinação se destina a todas as crianças de 0 até 14 anos, 11 meses e 29 dias. Nesta ocasião, deverão ser avaliadas as cadernetas de vacinação para que sejam atualizadas as doses em atraso, de acordo com os esquemas preconizados pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).

No dia 17 de outubro, os esforços serão reforçados no Dia de Mobilização Nacional, com um chamado à população intensificado para garantir um alcance maior da campanha. As vacinas serão aplicadas nos postos municipais de Saúde da capital e do interior.

As campanhas têm como objetivo garantir proteção contra diversas doenças que podem ser evitadas por meio de vacinas, contribuindo para seu controle e até eliminação, ampliando a cobertura em todo o país. A mobilização é uma estratégia para disponibilizar a atualização do calendário de vacinas em uma única ida à unidade de saúde, facilitando o acesso de pais ou responsáveis aos serviços de saúde pública.

Valter Almeida, gerente de Imunização da Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SVS), ressalta a importância da campanha de vacinação e do Dia D em 17 de outubro, que cairá num sábado. “O fim de semana é quando há, geralmente, maior facilidade dos responsáveis de ir às unidades de saúde porque eles não estão com suas rotinas profissionais. O sábado, então, é quando a gente faz um chamamento ainda maior para a população”, explica Almeida.


Vacina de sarampo para adultos

Em conjunto com as vacinas da criança e do adolescente, também será oferecida imunização contra o sarampo para todos da faixa etária entre 6 meses e 59 anos. Almeida explica que, com essa medida, evita-se a exposição desnecessária da população à Covid-19, pois “é possível aproveitar a ida do responsável pelas crianças à unidade de saúde para atualizar a própria situação vacinal dele”.


A SVS estima que cerca de 50% da população-alvo da campanha ainda necessitam atualizar a caderneta de vacinação. A cobertura ideal varia entre 90% e 95% para cada imunizante até o fim do ano.

Alexandre Chieppe, médico e assessor técnico da Subsecretaria de Vigilância em Saúde, explica que esses dados, no entanto, devem ser analisados com cuidado. Devido a uma mudança no sistema de informações do Ministério da Saúde, que passou a utilizar o e-SUS, alguns municípios tiveram dificuldades de inserir os dados no sistema.  

Ainda assim, de acordo com o médico, é possível observar que a pandemia afetou a cobertura vacinal do estado. Ele explica que, com a Covid-19, “as pessoas ficaram temerosas de sair de casa para ir às unidades de saúde”.
 Chieppe explica a importância da vacinação para evitar o reaparecimento de doenças já controladas no país.
 

Entendemos que as pessoas tenham receio de sair de casa, mas a orientação aos municípios foi no sentido de adequar os postos de vacinação às medidas de biossegurança que garantam que não haja transmissão. Por isso, que a nossa orientação, agora que nós temos uma diminuição no número de casos de Covid-19, é que as pessoas não deixem de levar as crianças para se vacinar”, assegura Chieppe.

As vacinas que integrarão a campanha

Todas as vacinas presentes nos calendários da criança e do adolescente serão parte da Campanha Nacional de Multivacinação. No calendário da criança, que inclui a imunização de crianças de até 10 anos de idade, são 14 vacinas no total.

São elas: BCG, Hepatite B, Penta (difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e poliomielite), Polio inativada, Polio oral, Rotavírus, Pneumo 10, Meningo C, Febre Amarela, Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), Tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela), DTP (tríplice bacteriana), Hepatite A e Varicela.


No calendário do adolescente há mais vacinas, além de reforços das imunizações feitas na infância. São elas: Hepatite B, Febre Amarela, Tríplice viral, Difteria e tétano adulto, DTPa, Meningocócica ACWY, HPV quadrivalente e Varicela.

Durante a campanha, assim como durante as imunizações de rotina, a SES terá o importante papel de receber as vacinas enviadas pelo Ministério da Saúde e distribuí-las aos municípios. Cada volume é calculado pela equipe técnica da secretaria com base na população do município, sua capacidade de armazenar as doses e outros dados importantes, como a quantidade de doses de cada vacina de que o município já dispõe. 

Distribuição na cidade do Rio

Além disso, a campanha depende de esforço logístico para garantir que os imunizantes não ficarão represados em nenhum dos pontos de distribuição. No momento que as doses enviadas pelo Ministério chegam, a central da secretaria já está pronta para enviá-las aos municípios.

Na cidade do Rio de Janeiro, as vacinas estarão disponíveis nas 237 Unidades da Atenção Primária à Saúde, das 8h às 17h. Neste mesmo período, o município também realizará a Estratégia de Intensificação contra o Sarampo, contemplando a vacinação indiscriminada da população de 15 a 49 anos.

A Prefeitura do Rio ressalta a importância da imunização, principalmente de crianças nos primeiros anos de vida. Por isso, é importante enfatizar que a Secretaria Municipal de Saúde adota todas as medidas para que a população compareça às unidades de saúde em segurança, sem risco de contaminação pela Covid-19″, informa a pasta, em nota.

Todas as vacinas atualizadas em um único dia

A Secretaria Municipal de Saúde destaca que todas as vacinas da rotina podem ser encontradas nas 237 unidades de atenção primária e ressalta a importância da imunização, principalmente das crianças nos primeiros anos de vida.

A SMS informou ainda que, ao longo das ações de combate ao novo coronavírus desenvolvidas pelo município, foi criada uma série de estratégias para imunizar a população. Mais de dois milhões de pessoas foram vacinadas contra a gripe durante a campanha.

Para a campanha nacional de vacinação contra a gripe, por exemplo, houve ações como a vacinação em sistema drive-thru (em postos do Detran) e em domicílio, além da oferta nos postos da rede com medidas de segurança e precaução.

Vacina para indígenas – As populações indígenas também serão atendidas na Campanha Nacional de Multivacinação. Essa população tem um calendário de imunização próprio, similar ao geral, mas com diferenças na posologia. Isso porque há diferenças entre as populações em questões como a exposição a doenças, o que provoca diferenças na imunidade dos indivíduos. Apenas no Estado do Rio de Janeiro, há cerca de 700 pessoas integrantes de povos indígenas, em Angra dos Reis, Paraty e Maricá.   

Da SMS, com Redação

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