A doença traz cansaço, dificuldade respiratória e os lábios podem ficar um pouco azulados ou arroxeados. As medidas de suporte são oxigênio e hidratação venosa. É importante manter a vacinação, além da higiene das mãos”, orienta.
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Embora conhecido por afetar bebês e crianças, o vírus causador da bronquiolite pode afetar pessoas de qualquer idade e preocupa pela alta letalidade em idosos – nos Estados Unidos, por exemplo, estima-se até 10 mil mortes anuais em pessoas com idade igual ou maior que 65 anos. A taxa de mortalidade hospitalar pode variar entre 3% a 10%, dependendo do perfil clínico do paciente.
As condições ambientais, como ar seco e permanência em ambientes fechados, favorecem a maior incidência dessas doenças durante o outono e o inverno. De acordo com o pneumologista Enrico Fortunato, professor do Centro Universitário São Camilo, o VSR pode desencadear pneumonias virais, coinfecções bacterianas e descompensações cardíacas ou pulmonares, elevando o risco de internações prolongadas e óbitos. A taxa de mortalidade hospitalar varia entre 3% e 10%, dependendo do perfil do paciente.
O VSR entra no corpo pelas mucosas dos olhos, boca e nariz, e se espalha facilmente, sendo transmitido de uma pessoa para outra quando alguém tosse ou espirra, ou ao tocar superfícies e objetos contaminados. Ele explica que o vírus representa um risco elevado em idosos, principalmente nos portadores de doenças crônicas, podendo causar hospitalizações prolongadas e até o óbito.
Durante os meses mais frios, observamos aumento expressivo de doenças respiratórias em idosos. Sendo doenças mais comuns as infecções virais como gripe (Influenza), Covid-19 e infecção por VSR. Também são frequentes as pneumonias bacterianas e as exacerbações de doenças crônicas como asma e DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica)”, informou.
Fortunato ressalta que os sintomas do VSR costumam ser mais lentos e insidiosos que os da gripe, com predominância de tosse seca, falta de ar e fadiga e, diferentemente da Covid-19, raramente há perda de olfato ou febre alta.
Ele informa que é importante procurar um atendimento hospitalar nos primeiros sinais como falta de ar, queda da saturação de oxigênio com índice de menos 92%, confusão mental, febre persistente, piora das comorbidades ou sinais de desidratação. “O diagnóstico e o suporte precoce são fundamentais para reduzir complicações”, enfatizou.
Vacinas – Segundo o professor Enrico Fortunato, duas vacinas foram aprovadas para idosos: Arexvy (GSK) e Abrysvo (Pfizer). Ambas demonstraram eficácia entre 70% e 82% contra formas graves. “No momento não há antiviral específico amplamente aprovado para adultos, então o tratamento é de suporte”, explicou.
As orientações do professor para manter a saúde dos idosos passam por um conjunto de medidas, como manter as vacinas em dia para Influenza, Covid-19, pneumocócica e VSR, se disponível, adotar higiene das mãos, usar máscara em ambientes fechados e evitar aglomerações, além de manter a ventilação dos ambientes e o controle das doenças de base e sempre manter a hidratação adequada.
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Com Assessorias