O inverno chega com um sério alerta no Estado do Rio de Janeiro. A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) adverte a população para a baixa cobertura vacinal contra a influenza, o vírus da gripe, que costuma fazer mais casos durante a temporada mais fria do ano. Apenas 25,32% do público-alvo está protegido contra a doença, no entanto, a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é de 90%. Até 18 de junho foram registradas 9.482 internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) e 693 óbitos.
O índice de vacinação até o momento no Estado do Rio é menor que a média nacional. De acordo com o painel da vacinação do Ministério da Saúde, até esta sexta-feira (20), menos de 40% do público-alvo tinha se vacinado contra a influenza este ano. A campanha começou na maior parte do país em abril, justamente para imunizar as pessoas mais vulneráveis antes do período de maior circulação da doença.
No Estado do Rio, a meta de vacinar cerca de 4,4 milhões de pessoas dos grupos prioritários (crianças de seis meses a menores de 6 anos, gestantes e idosos). Até o momento, foram aplicadas cerca de 2,3 milhões de doses, sendo pouco mais de um milhão destinadas ao público prioritário, que é o mais suscetível a desenvolver casos graves. O imunizante protege contra os subtipos A H1N1 e A H3N2 e B e tem grande eficácia contra casos graves e óbitos.
As áreas técnicas da SES-RJ estão trabalhando em apoio aos municípios para ampliar nossa cobertura vacinal, mas precisamos da adesão da população. A gripe é uma doença que pode parecer simples, mas entre idosos e crianças pequenas representa uma ameaça. A vacinação é a medida de prevenção mais eficiente, por isso, é fundamental que o público prioritário vá ao posto de saúde ou clínica da família mais perto de casa para ser vacinado”, reforça a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello.
Quem é o público-alvo
Apesar de estar liberada para pessoas a partir de seis meses, o público-alvo da vacinação contra a gripe é composto por crianças de seis meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas e pessoas com 60 anos de idade ou mais, povos indígenas, quilombolas e pessoas em situação de rua.
Fazem parte do público-alvo, trabalhadores da saúde, professores do ensino básico e superior, profissionais de segurança e salvamento, das Forças Armadas, e pessoas com deficiências permanentes. Além disso, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário, trabalhadores portuários, trabalhadores dos Correios, a população privada de liberdade e funcionários do sistema de privação de liberdade também fazem parte do grupo a ser imunizado. Também devem receber a vacina os adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas.
Vacinação volante
Com o objetivo de apoiar os municípios a ampliarem a cobertura vacinal, a SES-RJ está percorrendo o estado do RJ com uma unidade volante, onde a população é vacinada contra a gripe. A unidade já passou por Magé, Queimados e Japeri, na Baixada Fluminense.
Nesta semana (dias 24 e 25), a ação chega em Três Rios e nos dias 26 e 17, em Duque de Caxias, também na Baixada. Já nos dias 3 e 4 de julho é a vez de Paraíba do Sul, no Centro Sul fluminense. A ação acontece sempre das 9h às 16h.
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A incidência de doenças respiratórias aumenta no inverno devido às baixas temperaturas, ambientes úmidos e poluição. Segundo o Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), há um aumento de hospitalizações em idosos, adultos e jovens por Influenza A.
Popularmente conhecida como gripe, a Influenza é uma infecção aguda do sistema respiratório provocado pelo vírus Influenza, que é formado por quatro tipos diferentes: A, B, C e D, sendo o A responsável por grandes transmissões.
Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h Zona Leste de São Paulo, foram atendidos 2.732 casos de síndromes gripais, entre abril e maio de 2025. No mesmo período do ano anterior, a unidade atendeu 2.780 pacientes com o mesmo caso.
Gisele Abud, médica e diretora Técnica da UPA Zona Leste, explica que o número elevado de atendimentos corresponde a chegada do inverno. “Os vírus estão mais ativos nessa época do ano e as pessoas tendem a se aglomerar em ambientes fechados, facilitando a transmissão de micro-organismos”, alerta.
Imunização é proteção
Gisele indica que a alta de casos atendidos pode ser evitada por meio da imunização. “O aumento de circulação do vírus da influenza aponta para a urgência da adesão às vacinas. A vacinação é o primeiro e mais importante passo para evitar a disseminação do vírus”, destaca.
Os principais sintomas da Influenza incluem febre, dor de garganta, tosse, dor no corpo e dor de cabeça. Quando não tratada, a infecção pelo vírus pode evoluir para bronquiolite, por esse motivo além do tratamento, é necessário seguir medidas preventivas, como:
· Usar máscara em casos de sintomas respiratórios;
· Higienizar as mãos continuamente;
· Manter os ambientes ventilados;
· Evitar aglomerações durante o período de maior circulação do vírus, no outono e inverno.
