Uma ótima notícia para comemorar o Natal. O Programa Estadual de Transplantes (PET) do Rio de Janeiro alcançou, nesta quarta-feira (25 de dezembro), o recorde de 304 autorizações para doações de órgãos. A melhor marca havia sido contabilizada em 2015, com 303 casos. Em 2018, foram 261, o que, até o momento, gerou aumento de 16,4%. A previsão da Secretaria de Estado de Saúde (SES) é investir R$ 25 milhões no PET em 2020, e uma das metas, zerar a fila de transplantes de córnea até 2022.

Só neste mês de dezembro foram 35 doações, ultrapassando as 33 registradas em julho passado. A SES tem investindo no programa com o objetivo de colocá-lo entre os quatro mais bem colocados do Brasil. Hoje, o PET, que já ocupou a pior posição do país, está em 8º lugar. A proposta é capacitar profissionais para que eles estejam aptos a reverter negativas de familiares, além de ampliar o número de Organizações de Procura de Órgãos (OPOs) em solo fluminense.

“Queremos aumentar em 20% o número de doações em relação à meta histórica alcançada neste 2019. O investimento de R$ 25 milhões vai nos ajudar a expandir essa rede de transplantes no estado, já que nossas equipes estarão atuando em hospitais de diversos municípios”, afirmou o secretário de Estado de Saúde, Edmar Santos.

A autorização familiar é a única forma de o transplante acontecer. Para tratar desse tema num momento delicado como o luto, a capacitação de profissionais é fundamental. Por isso, desde maio, especialistas em abordagem sensível têm ministrado treinamentos para profissionais da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), com foco na simulação e recriação de situações práticas do dia a dia. Após esse trabalho, a taxa de autorização das famílias quase dobrou, saltando de 38% para 75%, se comparados os números de abril e junho. A média nacional é de 40%.

A ampliação de OPOs no estado é outra iniciativa. O número passou de quatro para nove, em cidades estratégicas como Rio de Janeiro (duas), Niterói, Nova Iguaçu, Petrópolis, Araruama, Itaperuna, Campos e Barra Mansa. As OPOs são responsáveis pelo apoio operacional ao processo de doação, dedicando, além de profissionais em tempo integral e meios de comunicação eficientes, o aparato logístico para um transporte mais ágil e seguro desde a captação dos órgãos até a cirurgia de transplante.

Para o próximo ano, parte da verba será destinada para a ampliação e profissionalização da CIHDOTT, através do redimensionamento de equipes e metas, bem como auditorias sobre resultados. Além disso, será criado um modelo de educação permanente e de investimento em pesquisa para todos os envolvidos no PET. Haverá ainda a realização de palestras sobre doação de órgãos em empresas públicas e privadas, e em cursos de graduação da área da Saúde, fortalecendo a marca e a conscientização da importância da doação.

Criado em 2010, o Programa Estadual de Transplantes já realizou mais de 16 mil procedimentos. O PET realiza transplantes e captação de coração, fígado, rins, pâncreas, medula óssea, ossos, pele, córnea e esclera (membrana que protege o globo ocular). “A principal missão do PET é buscar o ‘sim’ que salva vidas. Esse é o nosso objetivo diário em nove anos de existência do programa”, disse o diretor do programa, Gabriel Teixeira.

Mais equipes na saúde primária

A população que procura uma unidade de saúde pública para cuidar da sua saúde vai poder contar, a partir do próximo ano, com mais 19.638 novas equipes e serviços no Sistema Único de Saúde (SUS). Para garantir a ampliação da oferta da assistência beneficiando cerca de 11 milhões de pessoas, o Ministério da Saúde irá destinar R$ 706,9 milhões a mais aos municípios brasileiros. As equipes e serviços habilitados são formadas por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de saúde, além de profissionais de saúde bucal, como cirurgiões-dentistas e técnicos em saúde bucal.

Só no mês de dezembro foram credenciadas mais 2.515 novas equipes e serviços. Na portaria nº 3.191, foram 1.088 novos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), 127 equipes de Saúde da Família e 253 novas equipes de Saúde Bucal, reforçando a assistência em 86 municípios. E na portaria nº 3.336 foram 401 novos credenciamentos de ACS, 353 novas ESF e 293 ESB. Esses profissionais atuam nas Unidades de Saúde da Família (USF), que ficam próximas à residência do cidadão para que possa realizar, preventivamente, o acompanhamento da saúde por meio de consultas regulares, exames de diagnóstico e administração de vacinas, entre outros cuidados.

O ano de 2019 fecha com o investimento de mais de R$ 700 milhões para credenciamento de mais de 19 mil equipes e serviços na Atenção Primária. Com os novos credenciamentos, o país passa a contar com 47.725 Equipes de Saúde da Família, 31.018 Equipes de Saúde Bucal e 286.115 Agentes Comunitários de Saúde credenciados.

Consulta pública sobre medicamento no SUS

O Ministério da Saúde recebe, até o dia 6 de janeiro, pela internet, contribuições da sociedade em relação à oferta do medicamento riociguate, para tratamento da hipertensão pulmonar tromboembólica crônica (HPTEC), no Sistema Único de Saúde (SUS). A realização da consulta pública é uma das etapas do processo de incorporação ou não de um novo tratamento na rede pública de saúde. Todas as sugestões ou depoimentos enviados pela população e a comunidade científica são analisadas pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec).

Mais recursos para a saúde do Rio

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou a ampliação na disponibilização de 80 leitos nos seis Hospitais Federais do Rio de Janeiro e a antecipação da segunda parcela do repasse federal pactuado com a Prefeitura, de R$ 76 milhões, previsto para janeiro de 2020. O recurso já está na conta do município carioca, totalizando R$ 152 milhões pagos pelo Ministério da Saúde neste mês. Leia conteúdo na íntegra em saude.gov.br.

Com Assessorias

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