A presença de propósito de vida pode contribuir para uma adaptação bem-sucedida ao envelhecimento, como ter um maior cuidado com a saúde, praticando exercícios físicos e mantendo atividades sociais, além de maiores desafios cognitivos que ajudam na prevenção das demências. Um PV elevado pode ajudar os idosos a se relacionarem melhor com as perdas associadas ao envelhecimento, como acesso precário à saúde, oportunidades de participação social reduzidas e os baixos valores da aposentadoria.
Por isso é importante envolver a família, os profissionais de saúde e o poder público na construção de ambientes sociais significativos e estimular a participação da pessoa idosa em atividades importantes, que possam promover maior propósito de vida, principalmente para a população de 80 anos e mais, segmento que mais cresce no país e que frequentemente apresenta mais problemas de saúde.
O tema é abordado no livro ‘Propósito de vida da pessoa idosa’, organizado pela fisioterapeuta, doutora em Gerontologia e membro da SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia) Cristina Cristovão Ribeiro. A proposta do livro surgiu após sua tese de doutorado e reúne capítulos de profissionais de diferentes áreas, especialistas no trabalho com pessoas idosas.
Com a avanço da idade pode ocorrer redução do desempenho cognitivo, implicando limitações na independência, autonomia e nas funções mentais complexas como memória, atenção, linguagem, habilidades visuoespaciais e funções executivas.
Livro ‘Propósito de vida da pessoa idosa – Conceitos, abordagens e propostas de intervenções gerontológicas’
Organizadora: Cristina Cristóvão Ribeiro
Editora: Summus Editorial
Preço: R$ 96,70 (e-book R$ 58,00)
Páginas: 224 (17 x 24 cm)
Atendimento ao consumidor: 11-3865-9890
Site: www.gruposummus.com.br
Poesia para cantar e contar sobre o Alzheimer de forma leve, divertida e sensível
Após emocionar centenas de pessoas, o musical “Donatello” volta ao palco paulistano para uma segunda temporada, de 15 de agosto a 10 de outubro, com sessões às quintas-feiras, às 20h30, no Teatro Commune. Questionando sobre as memórias deixadas de lado ao se viver no modo automático, onde o perene sai de cena para dar lugar a uma vida mais imediatista, o musical sensibiliza o público sobre a Doença de Alzheimer com delicadeza, leveza e poesia, convidando o público a refletir sobre a importância das lembranças e o impacto delas em suas vidas, abordando a doença de forma sensível e promovendo a empatia.
Oferecendo uma experiência que, para além de entreter, comove e cativa, “Donatello”, que em sua primeira temporada encantou mais de 1000 espectadores, lotando todas as sessões, aborda, de forma sensível e poética, temas universais como memória, envelhecimento, amor, amizade e família. Com uma proposta intimista que mergulha nos sentimentos humanos mais profundos, o musical evoca recordações saudosas de lugares, lazeres, gostos, como a primeira casa, o programa de televisão preferido, o doce de padaria favorito, o sabor de sorvete mais repetido, até os lugares e objetos mais queridos.
O protagonista e narrador, Amendoim (Vitor Rocha), ganhou esse apelido de seu avô após a primeira crise de Alzheimer. Compartilhar sorvete com o avô sempre foi seu passatempo favorito, mas agora, com a vida ganhando novos contornos, ele percebe que, embora o avô tenha esquecido seu nome, não esqueceu seu sabor de sorvete preferido. Inspirado por isso, Amendoim decide transformar todas as memórias da vida em sabores de sorvete, na esperança de que o avô possa se lembrar de tudo, mesmo com o avanço da doença.
Ao longo de pouco mais de uma hora, a plateia pode conhecer um pouco da infância, adolescência e vida adulta do personagem, conduzida por uma jornada bem-humorada e repleta de ludicidade, capaz de brincar com a própria memória de Vitor, mesclando seu texto, em pleno domínio, com pitadas de ineditismo, e que variam a cada sessão, com o uso de palavras sugeridas pelo próprio público, minutos antes do terceiro sinal soar.
Originalmente brasileira, a obra, escrita e interpretada pelo premiado dramaturgo Vitor Rocha – de produções como “Cargas D’Água”, “Bom Dia Sem Companhia”, “Se Essa Lua Fosse Minha”, “O Mágico Di Ó” e “Mundaréu de Mim” -, e que assina também as letras inéditas, tem direção de Victoria Ariante e músicas originais compostas pelo diretor musical Elton Towersey, acompanhadas ao vivo por Felipe Sushi ao piano.
Com realização da Encanto Artístico, a produção, assinada por Luiza Porto e Vitor Rocha, conta com a preparação de elenco de Letícia Helena, o design de luz de Wagner Pinto, design de som de Paulo Altafim através da ÁUDIO S.A e a cenotecnia de Batata Rodriguez.