A cantora Preta Gil viveu momentos de muita agonia, entre a vida e a morte, por conta de uma sepse sofrida durante o tratamento contra o câncer colorretal, diagnosticado em 10 de janeiro. Em uma entrevista concedida à revista Marie Claire, nesta edição de junho, Preta contou que perdeu a consciência por quatro horas, precisou ser reanimada e passou 20 dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

“Passei por uma septicemia que eu fui entender a gravidade só depois, quando fui voltando. Os médicos disseram: ‘a gente te reanimou, a gente te trouxe de volta’. Eu falei: ‘Deus me deu uma segunda chance de viver'”, relembrou a cantora durante participação no “Mais Você”.

Recuperada da infecção, ela retomou o tratamento, passou a fazer quimioterapia oral e radioterapia, cujas sessões terminam nesta terça-feira (6), como a artista contou em entrevista a Ana Maria Braga, no “Mais Você”. O próximo passo, já adiantado por ela, é uma cirurgia para remoção do tumor.

Pacientes oncológicos ficam mais vulneráveis à sepse

Sepse – antes conhecida como septicemia ou choque séptico – é o resultado de uma infecção generalizada que se alastra pelo corpo rapidamente, afeta vários órgãos e pode levar à morte. Segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em um levantamento feito em 13 de setembro de 2021, a síndrome é a principal causadora de mortes dentro das unidades de tratamento intensivo (UTIs).

Causa da morte de 11 milhões de pessoas por ano no mundo, segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a sepse é tratada com antibióticos. A equipe de saúde também deve agir rapidamente para colher culturas de sangue e identificar o agente causador da doença. A agilidade no diagnóstico e atendimento é essencial para que o paciente se recupere.

Como paciente oncológica, Preta está entre os grupos mais vulneráveis à sepse. Segundo o Ministério da Saúde, além de pessoas em quimioterapia ou sob uso de medicamentos que afetam as defesas do organismos, há um risco maior para bebês prematuros, idosos com mais de 65 anos e pessoas com HIV/Aids.

“Eu estou aqui para dizer para vocês que eu estou bem, que eu vou me recuperar. Tenho agora umas três semanas de reabilitação para poder voltar ao meu tratamento oncológico”, afirma Preta Gil.

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Choque séptico em março: bactéria pode ter entrado por catéter

A revelação sobre a sepse veio ainda em abril, em um vídeo nas redes sociais, em que ela disse que passou por um “grande susto” após sofrer um choque séptico no hospital. Ela diz que ficou com sequelas no pulmão e está se recuperando para retomar a quimioterapia.

“Neste um mês eu não pude estar aqui para contar para vocês como eu estava, porque eu realmente passei por um imprevisto, um grande susto, que me impossibilitou de vir dar notícias”, ela diz no início do vídeo (veja aqui).

Preta Gil conta que o choque séptico aconteceu no dia 23 de março, um dia após ela se sentir mal e ir ao hospital. Segundo ela, a causa da sepse não foi confirmada, mas os médicos acreditam que uma bactéria pode ter entrado no seu organismo por meio de um cateter.

“Ainda (estou) fazendo uma reabilitação. Eu tive algumas sequelas por conta dessa assepsia, uma delas é no pulmão. Mas o pulmão está sendo tratado, estou tomando antibiótico, estou sendo assistida”, ela diz.

Com informações do G1 e Terra

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