Foi confirmada na noite desta segunda-feira mais um caso de Influenza Aviária (H5N1) no Estado do Rio de Janeiro. Dessa vez, trata-se de uma ave silvestre migratória, encontrada numa praia de Niterói, Região Metropolitana do Rio. Com esse registro, o total subiu para seis. Esta ave é da espécie Fregata (Fregata magnificens); as demais são da espécie trinta-réis-de-bando (Thalasseus acuflavidus).

O número de focos do subtipo H5N1 (influenza aviária) no Brasil subiu de 19 para 24, como informou o Ministério da Agricultura nesta segunda-feira (5). Todos os casos envolvem espécies de aves silvestres, ou seja, que vivem livre na natureza.

No Brasil, não há focos de gripe aviária em aves de granja, ou seja, voltadas para a alimentação. Não há registros de contaminação da doença a partir do consumo de frango ou ovos devidamente preparados, afirma a Organização Mundial de Saúde (OMS).

As secretarias de Estado de Saúde e de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do Rio de Janeiro orientam a população a não tocar em aves silvestres com sinais de doença e acionar o serviço de vigilância sanitária. A SES e a Seappa emitiram nota técnica aos 92 municípios fluminenses orientando sobre o manejo adequado de aves silvestres.

“O mais importante é informar a população para evitar o contato com aves silvestres encontradas principalmente no litoral. Estamos ampliando a vigilância e orientando os 92 municípios”, disse o secretário de Estado de Saúde, Dr. Luizinho.

“Não há motivos de preocupação para população sobre epidemia”, diz SES-RJ

Dos casos registrados no Estado do Rio, além deste de Niterói, três ocorreram em São João da Barra, um foi identificado no município do Rio de Janeiro, e um em Cabo Frio. Técnicos da Vigilância em Saúde da SES-RJ ressaltam que não há motivos de preocupação para a população sobre epidemia de H5N1, pois no momento não há transmissão direta, de pessoa para pessoa.

“É importante lembrar que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos. As infecções humanas pelo vírus da Influenza Aviária ocorrem por meio do contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas)”, diz o órgão.

A SES-RJ orienta profissionais das unidades de saúde que estejam atentos, durante triagem e atendimento médico, a casos de síndrome gripal em pacientes que tiveram contato com animais silvestres.

Havendo suspeita, a coleta de amostras é recomendada, independentemente do dia de início dos sintomas, incluindo os casos em unidade de terapia intensiva (UTI). O diagnóstico por RT-PCR é considerado o método padrão-ouro e deve sempre ser adotado para obtenção dos resultados laboratoriais.

‘Não há qualquer registro da doença em aves domésticas’

A Secretaria de Agricultura informa que não há qualquer registro da doença em aves domésticas, em áreas de produção comercial ou de subsistência no território fluminense. O manejo de aves silvestres só pode ser feito por profissionais habilitados e com uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual).

Em caso de suspeita, o cidadão deve ligar 193 ou comunicar imediatamente à unidade da Defesa Agropecuária da região ou à Coordenação de Vigilância Ambiental de seu município. Os profissionais da Defesa Agropecuária estão devidamente capacitados para o atendimento às notificações da doença em animais.

“Alertamos que deve ser evitado qualquer contato direto com aves caídas, mortas ou não, domésticas, silvestres/exóticas e silvestres migratórias, mamíferos aquáticos (qualquer espécie). O cidadão deve comunicar imediatamente à unidade da Defesa Agropecuária da região ou à Coordenação de Vigilância Ambiental de seu município”,  destaca o secretário de Agricultura, Dr. Flávio.

Medidas para criadores de aves de corte ou postura

A Superintendência de Defesa Agropecuária aconselha criadores de aves de corte ou postura que intensifiquem as medidas de biosseguridade das granjas. Devem ser tomados cuidados como:

  • proibir terminantemente qualquer tipo de visita às unidades de produção;
  • conferir cercamento de núcleo e telamento de galpão;
  • manter o portão de acesso da propriedade fechado; desinfecção de veículos em pleno funcionamento e de materiais que acessem a granja;
  • manter cuidados com a ração e água;
  • restringir criação de aves pelos funcionários.

Para ter acesso aos e-mails e endereços dos núcleos de Defesa Agropecuária basta acessar o link: https://bit.ly/3krh0in.

Fonte: SES-RJ e Ministério da Agricultura

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