Com a maior letalidade da Covid-19 no Brasil, o Rio de Janeiro registrou 189 mortes por coronavírus nas últimas 24 horas – o maior número desde que a doença foi registrada no estado, em 26 de fevereiro. Os dados divulgados nesta quinta-feira (7) pela Secretaria de Saúde mostram que já são 1.394 mortes pela doença e 14.156 casos confirmados, 861 a mais desde o boletim anterior. Há ainda 570 óbitos em investigação e 161 foram descartados. Entre os casos confirmados, 8.300 pacientes se recuperaram da Covid-19.
Com isso, o Rio se mantém no segundo lugar em número de casos e de óbitos do país, só ficando atrás de São Paulo, que segue como epicentro da doença no Brasil, com 39.928 casos, alta de 2.075 na comparação diária, e 3.206 mortes, avanço de 161 em relação à véspera. O terceiro lugar fica com o Ceará (13.888 infecções, 903 óbitos). A taxa de letalidade no país está em 6,8%.
O Brasil registrou nesta quinta-feira mais 610 mortes em decorrência do coronavírus, enquanto o número de casos da doença no país saltou em 9.888, chegando a 135.106, informou o Ministério da Saúde, um aumento de 8% em relação a ontem. Os números são inferiores aos registrados na véspera, quando o Brasil bateu recordes diários tanto de novos casos, com 10.503, quanto de novas confirmações de óbitos, 615. Do total de casos, 70.620 estão em acompanhamento (52,2%), 55.350 se recuperaram (41%) e 1.782 óbitos estão em investigação.
Os estados com maior incidência (número de casos por um milhão de habitantes) são o Amapá (2.600), Amazonas (2.437), Acre (1.150), Roraima (1.684) Ceará (1.521) e Pernambuco (1.133).
Lockdown em pauta: ministro da Saúde visita Rio de Janeiro
Diante do avanço da pandemia, muitas cidades se veem à beira de lockdowns para conter a propagação da doença, algo que foi admitido na quarta-feira pelo ministro da Saúde, Nelson Teich, que disse que a medida “vai ser importante nos lugares onde estiver muito difícil, com alta incidência, alta ocupação de leitos, muitos pacientes chegando”.
Nesta quinta-feira, o ministro participou pela manhã de uma audiência virtual da Câmara dos Deputados, na qual anunciou que visitará o Rio de Janeiro na sexta-feira para discutir a crise sanitária com autoridades fluminenses.
Na mesma ocasião, o secretário de Vigilância em Saúde da pasta, Wanderson Oliveira, afirmou que o ministério avalia diagnosticar casos de Covid-19 por meio de tomografias, diante da falta de testes e do represamento de muitos dos exames — Oliveira disse ao longo da semana que há cerca de 100 mil testes aguardando resultados no país.
A divulgação diária dos números pelo Ministério da Saúde não indica que as infecções e óbitos tenham necessariamente ocorrido nas últimas 24 horas, mas sim que os registros foram inseridos no sistema no período.
No ranking das mortes por Covid-19, depois de São Paulo, Rio e Ceará, aparecem Pernambuco (845), Amazonas (806), Pará (410), Maranhão (305), Bahia (165), Paraná (104), Espírito Santo (155), Minas Gerais (106), Paraíba (101), Alagoas (98), Rio Grande do Sul (90), Rio Grande do Norte (76), Santa Catarina (63), Amapá (61), Goiás (44), Rondônia (37), Acre (36), Piauí (35), Distrito Federal (35), Sergipe (25), Roraima (14), Mato Grosso (13), Mato Grosso do Sul (10), e Tocantins (9).
Casos no Estado do Rio
Das 1.394 mortes por Covid-19 no Estado do Rio, a capital tem 919. A cidade do Rio tem também o maior número de casos confirmados da doença: 9.051. Copacabana é o bairro com mais registros da doença, 386, seguido pela Barra da Tijuca, que tem 348, e Campo Grande, que nesta quinta-feira começou um lockdown (confinamento).em algumas áreas, e apresenta 269 casos. A Tijuca registra 237 casos e Botafogo, 200.
Em toda a rede SUS na cidade do Rio – que inclui leitos de unidades municipais, estaduais e federais – há 1.585 pacientes internados com suspeita de Covid, sendo 443 em UTI. A taxa de ocupação de leitos de UTI para Covid-19 na rede SUS no município é de 92%. Já a taxa de ocupação nos leitos de enfermaria para pacientes com suspeita de Covid é de 95%, também no município.
Em todos os hospitais públicos da cidade do Rio – e não apenas nas unidades da rede municipal – há 1.115 pessoas na fila da regulação, aguardando transferência para leitos dedicados a Covid-19, sendo 332 para leitos de UTI. Os pacientes podem ser regulados para internação em qualquer uma das diferentes redes, seja federal, estadual ou municipal.
A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, já abriu 685 leitos exclusivos, desde o início da pandemia, para o tratamento da Covid-19. Deste total, 168 são leitos de UTI. Desde a última sexta-feira (01/05), foram abertos 212 novos leitos para o tratamento de pacientes com Covid, 100 deles no Hospital de Campanha inaugurado pela Prefeitura no Riocentro. Em toda a rede municipal, há 615 pessoas internadas em leitos dedicados a Covid-19, sendo 164 em leitos de UTI.
Nos leitos ocupados há rotatividade de vagas por causa de altas e óbitos, além de transferências para leitos de UTI que dão retaguarda às enfermarias de Covid e são usados quando o estado do paciente se agrava. A Secretaria Municipal de Saúde esclarece que esses leitos que aparecem como “livres” na plataforma da regulação estão em unidades especializadas, como maternidades, psiquiátricas e pediátricas, e que não podem ser usados para Covid-19, já que a rede continua de portas abertas para pacientes com outras necessidades.
Números no Estado do Rio
Duque de Caxias é o segundo município com mais vítimas: 93. Em seguida, estão Nova Iguaçu (56); Niterói (35); São Gonçalo (34). São João de Meriti (25); Belford Roxo (21); Mesquita (18); Volta Redonda (16); Itaboraí e Macaé, com 14 mortes, cada; Maricá (13); Petrópolis (12); Magé e Nilópolis (9 cada); Itaguaí (8); Nova Friburgo, Rio das Ostras e Teresópolis (7 cada) Tanguá (6); Cabo Frio e Queimados (5 cada); Iguaba Grande, Resende, Rio Bonito e Saquarema (4 cada); Angra dos Reis, Barra do Piraí, Campos dos Goytacazes, Guapimirim, Paracambi e São Pedro da Aldeia (3 cada); Araruama, Bom Jardim, Casimiro de Abreu, Japeri, Mangaratiba e Sapucaia (2 cada); Arraial do Cabo,Barra Mansa,Bom Jesus de Itabapoana, Cachoeira de Macacu, Itaocara, Miguel Pereira, Paraíba do Sul, Paraty, Santo Antônio de Pádua, São Francisco de Itabapoana, São João da Barra, Silva Jardim, Três Rios, Valença e Vassouras, com um óbito cada.
Depois da capital, o número de casos é maior nos municípios de Duque de Caxias (567); Niterói (524); Nova Iguaçu (494); São Gonçalo (374); Volta Redonda (372); São João de Meriti (267); Itaboraí (258); Belford Roxo (227); Mesquita (197); Magé (142); Nilópolis (115) e Petrópolis (114); Maricá (98); Campos dos Goytacazes (78); Queimados (76); Angra dos Reis e Teresópolis (68 cada); Nova Friburgo (65); Cabo Frio (64); Itaguaí (57); Paracambi (56); Macaé (53); Barra Mansa e Rio das Ostras (49 cada); Saquarema (45); Araruama (43); Japeri (39); Rio Bonito e Três Rios (30 cada): Resende e São Pedro da Aldeia (28 cada); Cachoeiras de Macacu e Casimiro de Abreu (27 cada); Barra do Piraí (23); Iguaba Grande (22).
As cidades de Guapimirim, São João da Barra, Sapucaia e Tanguá têm 19 casos cada; Armação de Búzios, Pinheiral e Seropédica (16 cada); Mangaratiba e Valença (15 cada); Bom Jesus de Itabapoana e Paraíba do Sul (13 cada); e São Francisco de Itabapoana, com 11 casos. Paraty registra 10 casos; Arraial do Cabo, Bom Jardim e Miguel Pereira, 9,cada; Silva Jardim, 8; Vassouras, 7; Carapebus e Mendes, 6;, Itaocara, Paty do Alferes, Piraí, Quissamã e São Fidélis, 5 cada; Itatiaia, Rio das Flores, Santo Antônio de Pádua e Sumidouro, 4 cada; Aperibé,, Itaperuna, Porto Real, Quatis e São José de Ubá, 3 cada; Conceição de Macabu, Cordeiro, Miracema, Porciúncula, São José do Vale do Rio Preto e São Sebastião do Alto, 2 cada. Com um caso cada, aparecem os municípios de Cantagalo, Carmo, Engenheiro Paulo de Frontin, Italva e Santa Maria Madalena.
Os dados sobre número de pacientes no município do Rio são alterados ao longo do dia e a atualização é divulgada diariamente no Painel Rio Covid-19, após as 18h. O link de acesso é https://experience.arcgis.com/experience/38efc69787a346959c931568bd9e2cc4
cronologia do coronavírus no Brasil
https://www.dw.com/pt-br/cronologia-do-coronav%C3%ADrus-no-brasil/g-52930927