No Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, zona norte do Rio de Janeiro, o cuidado vai além da técnica. É parte de  histórias que se cruzam nos corredores, dos vínculos que atravessam gerações. E na Semana da Enfermagem (12 a 20 de maio), em pleno mês das mães, uma dessas histórias ganha destaque. A enfermeira Luciana da Silva e do técnico de enfermagem Luiz Filipe da Silva carregam não apenas o mesmo  sobrenome, mas também a paixão por cuidar.  

Ainda na infância, Luciana tinha na avó uma admiradora da enfermagem. Segundo ela, foi  quem a influenciou a seguir o caminho na área. “Era um sonho dela que minha mãe fosse enfermeira. Mas ela virou professora. Foi minha  avó quem plantou essa semente em mim. Quando dei os primeiros passos na enfermagem  foi amor à primeira vista”, relembra.  

A vocação, que nasceu como um desejo de gerações anteriores, floresceu de forma ainda  mais especial: hoje, ela vê o seu filho seguir o mesmo caminho. De tanto ouvir e admirar as  histórias contadas pela mãe sobre os plantões no Gazolla, hospital que é referência no município do Rio de Janeiro, Filipe decidiu tentar.  

Eu sempre conversava com ele sobre o meu trabalho, já que se interessava pela área da  saúde. Durante a pandemia, eu sugeri tentar enfermagem. E, no primeiro dia de aula, ele  voltou decidido. Virou técnico de enfermagem e hoje está no sexto período da graduação  para se tornar enfermeiro”.  

Ao ser aprovado em um concurso, Filipe foi trabalhar no mesmo hospital da mãe. Hoje,  veste o uniforme vermelho dos técnicos de enfermagem. Em breve, quando terminar a  faculdade, estará de jaleco branco, assim como Luciana, que para ele é o seu exemplo, em  casa e no trabalho.    

Mais do que uma coincidência profissional, a história de Luciana e Filipe representa um elo  de amor, inspiração e continuidade. “Eu plantei o amor pelo cuidado no coração dele. É um orgulho enorme ter meu filho  trilhando esse caminho ao meu lado. É como ver a missão sendo passada adiante”, diz  Luciana, emocionada.  

A conexão entre os dois é também um reflexo da essência do SUS – um sistema construído  por pessoas que colocam o outro no centro do cuidado. Para Roberto Rangel, presidente da  RioSaúde, empresa que administra o Gazolla, o cuidado e a atenção a cada paciente é  vista todos os dias no trabalho dos profissionais da unidade, sendo parte do atendimento  acolhedor a cada um deles. 

“Histórias como a da Luciana e Filipe nos lembram que o cuidado  começa em casa. E é esse tipo de cuidado que prezamos no Gazolla, com um olhar atento  e humanizado a cada paciente, como se fossem parte da nossa família”.

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Mãe e três filhos trabalham juntos em indústria farmacêutica

Bem longe da realidade de um hospital do SUS na periferia do Rio, mas também na área de saúde, outra mãe tem o privilégio de trabalhar junto com os filhos, herdeiros de um império no mercado farmacêutico. Karla Felmanas,  que trabalha com seus três filhos na Cimed, com 46 anos de história. Terceira maior indústria farmacêutica do país em volume de vendas, a Cimed se especializou na produção e venda de medicamentos genéricos, além de medicamentos de venda livre (OTC) e produtos de higiene e beleza.

Junto com o irmão, João – que é CEO da Cimed -, Karla comanda a empresa familiar, ao lado de Juliana (25), diretora de Inovação e Estratégia; Pedro (23), gerente executivo de Marketing, e Eduardo (21), gerente do Varejo Hospitalar e Marketing Esportivo. Além de VP da Cimed, Karla assumiu recentemente como head de criação da Carmed, marca de hidrantes labiais voltada para crianças e adolescentes.

Foi uma consequência natural que meus filhos viessem trabalhar na Cimed. É o ciclo da vida acontecendo também no ambiente de trabalho. Sem dúvida, é uma das fases mais prazerosas da minha vida poder ter essa troca com meus filhos na vida pessoal e profissional”, conta Karla.

No mundo dos negócios das empresas familiares, a relação entre mães e filhos vai muito além do laço afetivo. Empresárias e filhos que trabalham juntos explicam como a relação impacta suas trajetórias, além dos desafios e aprendizados dessa jornada que mistura vida pessoal e profissional.

O que é mais incrível dessa experiência é a troca de conhecimento. Eu e meu irmão trazemos toda a nossa bagagem de experiência, e os nossos filhos com uma nova forma de pensar, conectados com as ferramentas e com o comportamento dessa geração”, diz Karla. “No fim, todo mundo sai ganhando. A gente aprende e é provocado a fazer melhor com o que eles trazem de insights e principalmente com a tecnologia. Eles, por sua vez, conseguem aprimorar ideias e estratégias com a nossa experiência e conhecimento”.

Fonte: Prefeitura do Rio e Cimed

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