Espera por transplante de coração pode levar até um ano e meio

Especializado em transplantes cardíacos, como o que o apresentador Fausto Silva, o Faustão, vai precisar, o Hospital do Coração (Hcor) esclarece que a gravidade do caso, o tipo sanguíneo e o tamanho corporal do paciente influencia no tempo de espera pelo órgão. Em casos menos graves, a espera por um transplante cardíaco pode ser de 12 a 18 meses, em média. Em casos mais graves, esse período pode ser reduzido para de dois a três meses.

Segundo o Ministério da Saúde, atualmente, mais de 65 mil brasileiros esperam por transplante no Brasil, sendo cerca de 380 deles por um coração. A fila única de transplantes no Brasil atende pacientes das redes pública e privada. Faustão, de 73 anos, que está internado com quadro grave de insuficiência cardíaca no Hospital Israelita Albert Einstein, um dos mais caros do país, e desde domingo (20) é um desses pacientes.

“Muitas vezes, enquanto aguarda o transplante cardíaco, o paciente tem uma piora importante, fazendo com que seja necessária a internação, geralmente, em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), recebendo medicações que ajudam o sangue a circular no organismo”, explica Paulo Pego Fernandes, cirurgião cardiovascular e torácico do Hcor.

Quando um órgão compatível é encontrado, a cirurgia de transplante é realizada. “A grande vantagem é que o paciente passa a ter uma qualidade de vida normal, dependendo apenas de imunossupressores e controle clínico rigoroso”, finaliza.

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Coração artificial pode ser usado por quem espera transplante

O dispositivo HeartMate, conhecido popularmente como “coração artificial”, pode ser utilizado em três ocasiões:

• Como “ponte para transplante”, quando a pessoa implanta o dispositivo para ajudar o coração enquanto ainda não existe um órgão compatível para o transplante;
• Como a “terapia de destino”, quando não há indicação para transplante;
• Como “ponte para recuperação”, quando se tem causas potencialmente reversíveis como miocardite periparto, miocardite, rejeição de transplante cardíaco, para que haja tempo de o coração voltar ao seu estado normal.

Insuficiência cardíaca

1. As doenças do coração são as mais incidentes entre os brasileiros e também a principal causa de morte no país, chegando a 30% do total de óbitos, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia. Entre as enfermidades mais prevalentes, estão as arritmias, doença coronária (entupimento dos vasos do coração) e a insuficiência cardíaca.
3. A insuficiência cardíaca pode ter diversas causas, como a Doença de Chagas, a doença coronariana em um estágio bem avançado e as cardiopatias valvares que não foram tratadas a tempo. Quando o paciente não apresenta melhora com medicamentos ou com nenhum outro procedimento cirúrgico, há indicação para o transplante do coração.
5. Fonte: HCor

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