Amazonas, Pará e Tocantins seguem com um sinal claro de aumento de SRAG por Covid-19, além de Mato Grosso, no Centro-Oeste. No Pará, apesar da desaceleração do crescimento em idosos, isso não se aplica a crianças e aos jovens adultos, idades nas quais segue o aumento de casos. Além disso, Acre e Rondônia apresentam sinais de crescimento nos casos de SRAG.
‘Carnaval tem todo ano, vida a gente tem uma só’, diz pesquisador
Coordenador do InfoGripe, o pesquisador Marcelo Gomes recomenda que pessoas do grupo de risco para agravamento da covid-19, como os idosos, evitem as festas de Carnaval nos estados do Norte e em Mato Grosso.
“A recomendação, especialmente para quem é do grupo de risco – pessoas de idade avançada, pessoas que têm alguma imunossupressão – infelizmente é não brincar o carnaval esse ano. Fique em casa, curta os desfiles pela TV e escute rádio para não correr o risco de acabar se expondo e eventualmente desenvolver um caso grave”, argumenta.
Segundo ele, a aglomeração típica do Carnaval traz um risco de infecção muito grande. “Mesmo que seja em ambientes abertos, locais abertos, bem arejados, porque é muita gente, então o risco acaba sendo muito significativo. Então, a recomendação é que, infelizmente, esse ano deixe para lá. Mas é aquela coisa: carnaval tem todo ano, vida a gente tem uma só”,
O pesquisador alerta que o ideal para grupo de risco é se preservar de frequentar locais que estão com uma situação mais preocupante em relação à covid. O mesmo vale para quem está com sintomas de infecção, porque pode estar com covid.
“O vírus continua presente. Então, se a gente está com sintoma de infecção respiratória, a gente pode sim estar com covid ou pode até estar com uma gripe, pode estar com vírus influenza. Então, vamos preservar o restante da população”, finaliza o pesquisador.
Alerta para não só para a Covid-19, mas também para as ISTs
O Carnaval reúne milhões de pessoas, de várias partes do mundo, pelas ruas de todo o Brasil. Em virtude disso, cuidados com a saúde são necessários para evitar que a diversão se torne um problema.
O infectologista Claudilson Bastos, consultor médico do Sabin Diagnóstico e Saúde, indica que a prevenção é o melhor caminho, principalmente com relação a doenças infecciosas ou infectocontagiosas, como a Covid-19, e Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST).
“Neste período de festas, temos mais contatos com as pessoas, inclusive de outros países, o que aumenta o risco de transmissibilidade, principalmente por vírus como a SARS-CoV-2, que tem a transmissão aérea por meio de gotículas. Por isso, manter a vacinação em dia é importante para evitar possíveis complicações graves provocadas pela doença”, alerta o especialista.
Por isso, é fundamental estar em dia com a vacinação contra a Covid-19. A imunização está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS). Até o dia 12 de janeiro de 2024, apenas 16,26% dos brasileiros haviam tomado a vacina bivalente, que protege contra as subvariantes da cepa Ômicron.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o intervalo de tempo necessário para que o organismo responda à imunização, reforçando a proteção contra a doença com anticorpos, fica em torno de 10 a 20 dias.
Com informações da Fiocruz, Agência Brasil e Grupo Sabin