Um dos aspectos negativos deixados pela pandemia de covid-19 foram os movimentos antivacina, que negam a importância da imunização e por isso são chamados negacionistas. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou nesta sexta-feira (4). na sede da Fundação Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro, dois grandes desafios pós-pandemia: o combate ao negacionismo e a valorização da ciência.
A gente precisa vencer essa batalha. Precisamos enfrentar os movimentos negacionistas com articulação social, informação e produção científica. O Ministério da Saúde e a Fiocruz serão barreiras fundamentais contra o retrocesso. Essa é nossa missão histórica”, disse Padilha.
Para reverter a situação e aumentar as coberturas vacinais, Padilha conta com a força de um “movimento nacional político, cultural, ideológico para enfrentar o negacionismo”. “Tenho feito questão de falar com escolas de samba, com artistas que vão entrar com muito força na campanha da gripe”, afirmou.
Ele anunciou ainda que levará o Zé Gotinha para todos os estádios de futebol. “Estamos fazendo um acordo com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol), com os times de futebol”, disse. O ministro ainda falou de uma verdadeira cruzada para divulgar a importância da vacinação junto a lideranças de todas as religiões.
Já levei o Zé Gotinha na Assembleia de Deus. Vou levar o Zé Gotinha a outras religiões, de matriz africana. Já falei com monges budistas, com rabinos, com lideranças muçulmanas, estou falando com várias lideranças evangélicas, com a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil)”.
Padilha adiantou que vai lançar este mês uma grande campanha de saúde nas escolas com o ministro da Educação, Camilo Santana, para mobilizar crianças e professores a serem difusores da mensagem da imunização. O movimento também quer aproveitar o ambiente escolar para ser espaço de vacinação.
Vacinação contra a gripe e o sarampo
O ministro da Saúde participou da cerimônia de recondução ao cargo para um mandato de quatro anos do presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Mario Moreira. E convidou todos os presentes para o lançamento da campanha nacional de vacinação da gripe, que começa segunda-feira (7) em todo o país, mas que cidades como Rio de Janeiro e São Paulo anteciparam.
Tenho certeza de que todo mundo da Fiocruz vai preparar o braço para receber a vacina. Mas precisamos de muito mais: um movimento nacional político, cultural e ideológico em defesa da vacinação e da saúde pública”.
Também na segunda-feira (7), começa a vacinação contra o sarampo na capital e mais oito cidades da Região Metropolitana do Rio – Duque de Caxias, Mesquita, Belford Roxo, Nilópolis, Nova Iguaçu, Itaboraí, São Gonçalo e Niterói.
Sobre a imunização de bloqueio, o ministro disse que quem tem muito contato com turista, como trabalhadores de rede hoteleira, taxistas, motoristas de aplicativo, vendedores, devem reforçar a imunização, porque o risco do sarampo vem dos Estados Unidos, da Europa, e de outros continentes. Foram registrados dois casos em São João do Meriti, na Baixada Fluminense.
Da Agência Brasil e Ministério da Saúde