Constelação familiar para ajudar a tirar o Rio do caos

Prática integrativa usada para superar traumas é aplicada no Rio para tentar ajudar a cidade a romper com ciclo de violência. De um lado, as vítimas, de outro os algozes, todos se abraçaram

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Muito verde por todos os lados, sons de pássaros e uma oca indígena. Você imagina que está no Amazonas, certo? Errado. Este lugar fica no Rio de Janeiro, em pleno coração verde da Zona Sul: o Parque Lage. E foi o local escolhido no último domingo (27 de maio) para mais de 200 pessoas se conectarem em favor da paz na cidade. ViDA & Ação estava lá e participou do Constela Rio, a primeira constelação familiar sistêmica realizada para “salvar” uma cidade.

Durante a cerimônia, que durou mais de duas horas, foram colocadas, de um lado, as ‘vítimas’, e de outro os algozes – as duas partes em conflito, com a ideia de restabelecer  a paz. O exercício previa a conexão entre as pessoas e, ao final, todos se ‘perdoaram’, se abraçaram e se emocionaram. O ritual terminou dentro da oca, com músicas e danças conduzidas pelo indio Xamakiry (Afonso) e pela índia Elvira.

Em entrevista publicada na fanpage do ViDA & Ação, o neuropsicólogo Luciano Alves contou porque escolheu este cenário e os objetivos da sessão. “A intenção é estabeleceer esse movimento de consciência, para que as pessoas possam integrar partes da história, no sentido de ter uma vida mais saudável, mais harmônica, com mais leveza”.

Como a constelação pode ajudar o Rio?

O método da Constelação foi desenvolvido pelo alemão Bert Hellinger nos anos 1970 e tem como objetivo principal identificar traumas que acabaram perpetuando comportamentos destrutivos atuais. O método é muito utilizado para entender o porque da repetição de problemas e situações que estagnam a vida.

Ao tomar ciência do que realmente houve no passado, a cidade voltará a se empoderar, e só assim conseguirá colocar fim nesse ciclo de violência diário, que vem atingindo frontalmente a população”, afirmava Luciano Alves.

Segundo ele, devem ser encarados aspectos como a violência de um modo geral, além da integração dos povos excluídos, como negros e índios, e as principais origens de sintomas e doenças. “São essas demandas que acabam influenciando diretamente no atual cenário caótico da cidade”.

A partir da análise completa do contexto histórico do Rio, o objetivo era mostrar os verdadeiros motivos de a cidade estar envolvida em tantos conflitos, além de apontar os “princípios sistêmicos” que estão sendo desrespeitados e o que é necessário fazer para a cidade voltar a ter paz. Na ocasião, foram trabalhadas as práticas integrativas, com foco nos aspectos da violência, escassez, marginalização e preconceitos.

Para esta sessão no Parque Lage, o especialista contou com o apoio e a participação dos também consteladores João Gilberto e Silvia Cury. Novas sessões como a realizada no Rio estão programadas para outras oito capitais, a primeira, no dia 7 de julho, no Parque da Cidade, em Salvador (BA). Mais informações pelo e-mail contato@institutolucianoalves.com

 

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