Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2019 já revelaram que pelo menos 2,2 bilhões de pessoas em todo o mundo tinham algum tipo de deficiência visual. Destas, ao menos 1 bilhão poderiam ter tido seu problema evitado ou ele ainda não tivesse sido tratado. Segundo um novo estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), a negligência com a saúde ocular é um problema mundial. De acordo com as informações, de 285 milhões de pessoas que têm a visão prejudicada no mundo, entre 60% a 80% poderiam ter seus casos evitados.
De acordo com pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil mais de 35 milhões de pessoas sofrem com algum problema de visão e mais de 50 milhões de pessoas usam óculos diariamente no Brasil .Este número pode dobrar nos próximos 20 anos pela exposição excessiva a luz azul (celular, tablet, televisão).
Um dos problemas mais comuns é a miopia, grau do olho que determina dificuldade de enxergar à distância. Segundo a OMS, a miopia é um dos problemas de saúde pública que mais cresce no mundo. A projeção é de que metade da população mundial seja míope em 2050. A prevalência atual de pessoas com miopia no Brasil é de 27,7%. Segundo a organização, a estimativa é que entre 2020 e 2040 o número global de altos míopes aumente 74%, passando de 399 milhões para 695 milhões.
Brasileiros não vão ao oftalmologista como deveriam
Estes dados ajudam a colocar em perspectiva a importância de acompanhar a saúde dos olhos. Enquanto condições pré-existentes podem ser tratadas para que não evoluam, olhos totalmente saudáveis também precisam de acompanhamento.
Dados do Instituto Datafolha mostram que 24% dos brasileiros não vão ao oftalmologista — e 60% deles alegam que o motivo é que “enxergam bem”. Além disso, 50% dos brasileiros nunca realizaram um exame oftalmológico, segundo o mesmo instituto.
Outra pesquisa, realizada pela Clínica de Oftalmologia Integrada (COI) — referência em cirurgia refrativa no RJ —, ainda revelou que, enquanto 47% dos brasileiros vão ao oftalmologista somente uma vez por ano, 30% frequentam esse tipo de especialista apenas quando notam algum problema de visão.
Vale ressaltar que a frequência aconselhável de visitas ao oftalmologista deve ser determinada por este profissional, avaliando cada paciente. No entanto, o ideal é que elas sejam feitas ao menos uma vez por ano, como parte de um check up de saúde geral.
Nesse sentido, também é importante lembrar que uma consulta oftalmológica pode ser mais rápida do que você imagina. A princípio, o profissional examina e determina a necessidade individual de seus pacientes. Contudo, todo o processo não costuma demorar mais do que 30 minutos!
Principais problemas de visão enfrentados pelos brasileiros
De acordo com o Ministério da Saúde, as principais doenças oculares acompanhadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) são:
- Miopia: A miopia é uma imperfeição da visão atrelada majoritariamente à genética e popularmente conhecida como ‘dificuldade de enxergar para longe’. Cientificamente a miopia caracteriza-se como um erro de refração no qual os raios luminosos convergem em um ponto antes da retina. Pessoas míopes não são capazes de enxergar e focar, de modo claro, o que está à distância. A Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) estima que 35% da população brasileira sofra com essa condição;
- Hipermetropia: A Hipermetropia é um problema de visão com larga frequência, caracteriza-se pela perda da nitidez de objetos próximos, fato esse que está atrelado à inadequação de focalização dos feixes de luz.Os olhos de quem sofre com hipermetropia são mais curtos ou têm a córnea menos curvada do que as normais. Com isso, torna-se difícil, para o hipermetrope, enxergar objetos que estejam mais próximos;
- Astigmatismo: O Astigmatismo se caracteriza pela formação da imagem em vários focos e eixos diferenciados. A córnea ao invés de ter o aspecto normal, ou seja, redonda e lisa, acaba adquirindo um formato ovalar. Para as pessoas com este problema, todos os objetos, tanto próximos quanto distantes, ficam distorcidos. Além disso, as imagens se tornam embasadas, pois alguns raios de luz são focalizados e outros não. Semelhante à hipermetropia, o astigmatismo acontece quando a córnea tem uma curvatura irregular. Quem sofre com a condição pode ter visão embaçada e dificuldade para enxergar de perto ou de longe.
- Presbiopia: Conhecida também como “vista cansada”, a Presbiopia é um problema ocular que se caracteriza pela piora da visão, quando os olhos lentamente perdem a capacidade de focar objetos muito próximos. A presbiopia acontece com o avanço da idade, pois é um processo natural de envelhecimento do corpo, em geral iniciando aos 40/45 anos de idade. Com isso, o cristalino, que se assemelha a uma lente, não consegue focalizar a imagem como antes. Dessa forma, a visão de perto fica prejudicada.
Erros de visão podem ser corrigidos com cirurgia
Evolução do procedimento para correção de miopia, astigmatismo e hipermetropia vem auxiliando um número crescente de pacientes
A refração é o processo no qual a luz atravessa as estruturas do globo ocular para que uma imagem seja formada. Erros de refração impedem que as imagens sejam formadas corretamente, e isso pode acontecer por uma série de motivos. Alguns dos erros de refração mais comuns são miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia.
Por incrível que pareça, mais da metade dos erros de refração podem ser corrigidos ou até mesmo evitados. A correção dessa e de outras alterações ópticas passa pelo uso dos óculos, lentes de contato ou cirurgia refrativa. A cirurgia refrativa tem se tornado um procedimento oftalmológico cada vez mais popular e visa corrigir, além da miopia, o astigmatismo e a hipermetropia, proporcionando uma visão nítida.
O procedimento representa uma solução eficaz para quem deseja melhorar sua qualidade de vida. No entanto, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre esse tratamento e em quais casos é indicado. A curvatura e tipo das lentes ou a técnica das cirurgias deve ser determinada por um oftalmologista
O avanço da tecnologia proporcionou uma grande evolução no setor oftalmológico. A primeira técnica para cirurgia refrativa de sucesso foi desenvolvida no ano de 1963, pelo médico José Barraquer em Bogotá, Colômbia. Hoje em dia é possível realizar cirurgias seguras, pouco invasivas e com todo o cuidado necessário para que o paciente consiga se livrar da dependência do uso de óculos ou lentes de contato.
Para ajudar a esclarecer essas questões, Edmundo Martinelli, oftalmologista da Unidade Laser Ocular do H.Olhos e professor e chefe do Setor de Cirurgia Refrativa da Faculdade de Medicina do ABC, com mais de 30 anos de experiência nessa especialidade, responde às perguntas mais comuns sobre o procedimento.
1- O que é a cirurgia refrativa?
A cirurgia refrativa engloba uma série de procedimentos que visam a correção dos graus dos olhos, e a cirurgia refrativa com o uso do laser é o procedimento que mais se realiza no mundo, permitindo tratar a miopia, o astigmatismo e a hipermetropia. É indicada para quem quer diminuir ou eliminar a dependência do uso de óculos ou lentes de contato. Para se saber se o interessado apresenta os critérios para realizar o tratamento, deve ser feita uma avaliação oftalmológica completa com exames específicos, voltados principalmente para a córnea, que é a lente natural do olho.
2- Qual o método mais moderno?
Os procedimentos a laser mais consagrados e com maior número de indicações são LASIK e PRK e hoje estão no ápice da evolução, tanto na técnica cirúrgica como nos equipamentos envolvidos, tornando os resultados muito precisos e seguros. As principais mudanças aconteceram na substituição do tratamento convencional realizado por equipamentos de laser mais antigos, de 1a geração, pelo tratamento personalizado dos equipamentos de laser atuais, de 4a geração, o que trouxe excelentes resultados não só na precisão do grau corrigido, como também na qualidade da visão obtida. Outra importante evolução foi a introdução de um segundo tipo de laser no moderno LASIK (laser de femtosegundo), aumentando a previsibilidade e segurança dessa técnica.
3- Quais são as técnicas usadas na cirurgia?
A LASIK é a técnica mais avançada na correção dos erros refrativos. Ela pode ser utilizada em patologias como Miopia, Hipermetropia, Astigmatismo e Presbiopia. A outra técnica cirúrgica é a PRK, indicada para pacientes que possuem a córnea mais fina – o que será avaliado nos exames obrigatórios antes de qualquer cirurgia. A recuperação varia de acordo com a técnica, podendo no caso do Lasik, ser em até dois dias após o procedimento, que dura em média 15 minutos, e pingos de colírio como anestesia local.
A correção acontece quando o laser modifica a curvatura da córnea, modificando assim o grau do olho. Na técnica chamada LASIK o laser é aplicado numa região mais profunda da córnea. No LASIK moderno (conhecido como iLASIK ou zLASIK) são utilizados dois tipos de laser: o laser de femtosegundo, que permite alcançar a profundidade da córnea de forma muito precisa e segura, em substituição à lâmina da técnica mais antiga, seguida da aplicação do excimer laser que faz o tratamento personalizado do grau. Após esse procedimento é possível o retorno às atividades de trabalho já no dia seguinte ao tratamento.
Na técnica PRK, a aplicação do excimer laser é feita numa região mais superficial da córnea e há a necessidade de se remover a primeira camada de células, chamada epitélio. Após a aplicação do laser é colocada uma lente de contato especial, terapêutica, que irá ficar e proteger a córnea por 5 a 7 dias até o epitélio se refazer. Devido à espera desse período de cicatrização, o tempo de retorno às atividades é de 7 dias.
4- Existe uma melhor que a outra ou cada uma tem um tipo de indicação?
Não existe uma técnica melhor que a outra, as duas levam aos mesmos resultados do ponto de vista de correção dos graus, porém com tempos diferentes em relação à recuperação da nitidez da visão e do retorno às atividades de trabalho. A escolha da técnica mais adequada é uma decisão médica, baseada nos exames realizados e em fatores individuais, devidamente explicados e justificados ao paciente.
5- Qual das técnicas é mais segura?
As duas técnicas são seguras, desde que bem indicadas e seguidas as recomendações e cuidados pré, intra e pós-operatórios.
6- Quais são os riscos de cirurgia refrativa?
Nenhum procedimento cirúrgico é isento de riscos, porém a cirurgia a laser é um dos procedimentos oftalmológicos que tem os menores índices de complicações.
7- É possível ter que refazer uma fazer a cirurgia refrativa? O grau pode retornar?
A incidência do retorno do grau é baixa, gira em torno de 4%, podendo ser indicado o retratamento, desde que os exames oftalmológicos se apresentem normais.
8- Quais os cuidados que se deve ter após a cirurgia?
No pós-operatório imediato, são dadas orientações importantes, por escrito, sobre o uso de colírios, cuidado com os olhos e retorno gradativo às atividades de trabalho. Sugere-se controles em consultas trimestrais no primeiro ano pós-tratamento e manutenção de acompanhamentos semestrais ou anuais nos anos seguintes.
A Ocular Laser Brasil, uma clínica médica e centro cirúrgico oftalmológico, com sede em Florianópolis, que tem como foco o acesso a correção visual, por exemplo, oferece as duas técnicas cirúrgicas existentes, seguras, modernas e de alta eficiência.
Como saber quando fazer a correção visual?
Para e verificar se você é um candidato a realizar a correção visual, é muito fácil. simples e seguro para todos os pacientes. Todos os interessados nos procedimentos devem passar obrigatoriamente por uma consulta, depois realizar exames, passar por uma análise de aptidão, esperar o resultado desta análise para só assim realizar a cirurgia.
Na consulta de avaliação e exame, além de atualizar o grau do paciente, é realizada a análise da curvatura e espessura da córnea, dados obrigatórios para aptidão do paciente, momento em que o paciente poderá também esclarecer todas as suas dúvidas sobre o procedimento de correção visual.
CONSULTA – O primeiro passo é realizar a consulta de avaliação, para análise completa de um dos nossos oftalmologistas, tendo indicação será encaminhado para o exame pré-operatório.
EXAME – Deve ser realizada uma tomografia corneana, onde é possível verificar a formação e espessura da córnea.
ANÁLISE DE APTIDÃO – Após a realização do exame, eles passarão por uma análise do médico cirurgião para confirmar se o paciente é apto e qual é a técnica indicada para o seu caso.
RESULTADO – O resultado da análise pode levar de um a cinco dias úteis. Sendo positivo, o próximo passo é agendar a sua correção visual.
PÓS-OPERATÓRIO – O paciente terá todo auxílio necessário nesse momento, os períodos de retorno variam conforme a técnica realizada e são agendados pelo setor de agendamento.
Com Assessorias