Sabia que brincar pode ser tão ou mais eficiente que alguns remédios? Segundo um estudo publicado pela Academia Americana de Pediatria (APP), a brincadeira diária, principalmente nos primeiros dois anos de vida, é essencial para o desenvolvimento social, emocional, cognitivo e fonético dos bebês.

Segundo especialistas, estimular essa ação é fundamental para o crescimento saudável e o desenvolvimento integral dos pequenos. Durante a infância, elas desenvolvem a coordenação motora, cognição, linguagem, sociabilidade, raciocínio, autoestima, entre outras habilidades, e o grande aliado nesse processo é o brincar.

Brincar é tão importante que a Organização das Nações Unidas (ONU) considera a brincadeira como um direito universal das crianças. Garantido como um direito previsto no artigo 16 do Estatuto da Criança e do Adolescente, o ato de brincar vai muito além da diversão. É por meio da brincadeira que a criança se relaciona com o mundo.

Nesse sentido, os pais devem dar a mesma atenção ao brincar quanto dão aos demais cuidados da rotina de seus filhos, atuando como estimuladores da construção do desenvolvimento global proporcionado pelas brincadeiras.

O ato de brincar também promove o aumento da confiança, dos laços afetivos, do amadurecimento e do senso de comunidade. No dia 12 de outubro, é comemorado o Dia das Crianças, reforçando a importância dos cuidados efetivos que se deve receber nesta fase da vida e, principalmente, os momentos de brincar. A data nos convida a refletir sobre o significado do ato de brincar na vida das crianças.

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Brincar também blinda as crianças do estresse tóxico

Especialistas enfatizam a importância de estimular brincadeiras que aflorem a imaginação, a criatividade e curiosidade dos pequenos.

“As brincadeiras têm um papel fundamental no desenvolvimento do cérebro, ativando as sinapses e desenvolvendo habilidades importantes para serem usadas ao longo da vida. Habilidades essas que não são passadas dentro de uma sala de aula”, explica a pediatra Felícia Szeles. 

Segundo ela, brincando a criança também consegue se blindar melhor do estresse tóxico, infelizmente cada vez mais intenso na sociedade. E para isso, se engana quem pensa que é preciso  brinquedos modernos e caros. Na verdade, quanto mais objetos do dia a dia e criatividade forem usados nas atividades, melhor.

“O mercado tem muitos brinquedos educativos e com foco para determinado tipo de desenvolvimento, mas não é preciso investir nisso para ter resultado. O principal nisso tudo é a conexão que a família vai criar com a criança e, assim, conseguir observar potencialidades e dificuldades”, diz a pediatra.

Além de estimular o desenvolvimento infantil e ser um momento de conexão profunda com os pais e familiares, a brincadeira também pode e deve ser usada para inserir elementos de aprendizagem, o que vai facilitar não apenas no desenvolvimento físico, mas também o emocional e social dos pequenos.

Só 40% dos pais brincam, jogam, leem e passeiam com os filhos

Em março deste ano, o ChildFund Brasil publicou a Pesquisa Nacional da Situação de Violência Doméstica contra Crianças no Ambiente Doméstico, na qual foi perguntado aos familiares com que frequência os adultos da casa realizam atividades com as crianças. Os resultados mostram uma frequência baixa, sendo que a atividade mais compartilhada entre eles é assistir a vídeos ou à televisão, em que 66,7% responderam que realizam sempre.

Dos entrevistados, 57,6% também disseram sempre escutar e cantar músicas junto às crianças. Contudo, quando se trata de brincar e jogar, levar para passear em praça ou parques, ou até ler livros e histórias, a proporção de adultos que realizam essas atividades sempre não ultrapassa 40,4%. Esses dados mostram que a importância da conscientização do brincar junto, deve ser muito maior, pois esses momentos são quase inexistentes.

Para fortalecer esses vínculos, o ChildFund Brasil, em parceria com a The LEGO Foundation, realizou o projeto “Brinca e Aprende Comigo”, que buscou promover intervenções positivas em comunidades e no ambiente familiar, por meio do desenvolvimento de ações de conscientização sobre parentalidade lúdica e aprendizagem socioemocional na primeira infância, transformando atitudes e comportamentos, especialmente por meio do brincar.

O projeto foi realizado em 37 municípios por meio de 12 organizações sociais parceiras do ChildFund Brasil e já foi colocado em prática em seis países (Brasil, Etiópia, Guatemala, Honduras, México e Uganda), impactando 12,5 mil crianças de zero a oito anos e mais de 6.200 mães, pais e outros cuidadores no Brasil. O site do projeto disponibiliza materiais lúdicos e brincadeiras. Clique aqui para baixar.

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Parentalidade lúdica: brincar com os filhos é fundamental

As interações e os momentos lúdicos entre pais, mães, cuidadores e as crianças geram impactos duradouros e positivos na vida, pois durante a primeira infância, o brincar é uma das principais linguagens utilizadas pelos pequenos, além de ser uma forma de desenvolvimento cognitivo, emocional, social e motor. Quando a figura materna ou paterna é envolvida na brincadeira, seja com um olhar, uma palavra ou interação, os vínculos familiares se estreitam.

“Acho importante brincar com eles, nem sempre ficamos muito tempo nos divertindo juntos, mas o pouco tempo é com qualidade na atenção, carinho e dedicação integral a eles! Agora no pula-pula a diversão é garantida! Como está muito calor, eles ficam pulando e eu com a mangueira molhando-os, amam esse momento. São irmãos parceiros, se dão muito bem e brincamos todos juntos, a família toda! Vezes com a mamãe, às vezes com o papai, e às vezes entre os dois!”, diz Andrea.

Outra forma de chamarmos esses momentos entre pais e filhos é a parentalidade lúdica, que, quando há a presença da família, as crianças se sentem seguras e enxergam figuras carinhosas e protetoras, nas quais podem confiar. Essa confiança pode evitar diversos episódios até mesmo de violência.

“Quando a criança confia nos pais ou em seus cuidadores, uma porta se abre, e a partir deste momento, ela pode contar sobre o que está acontecendo, principalmente, se está sofrendo alguma violência. O afeto e o cuidado devem fazer parte do dia a dia das famílias com as crianças, e isso pode ser proporcionado em larga escala nas brincadeiras com os pequenos”, destaca Maurício Cunha, diretor de país do ChildFund Brasil.

Segundo Rogéria Sprone, diretora pedagógica do Colégio Joseense, localizado em São José dos Campos, no interior de São Paulo, é muito importante que a família participe ativamente nas brincadeiras das crianças, encorajando-as a criar jogos e atividades.

“É fundamental que a criança tenha alguém para brincar junto e interagir em diversas atividades, como criação e contação de histórias, jogos, fantasias e exercícios físicos, como pega-pega e esconde-esconde. Use esse tempo em família para se conectar com seus filhos e criar memórias duradouras”, sugere Rogéria.

Mãe de Eduardo Serra Moreira Lima, de 12 anos, e Thiago Serra Moreira Lima, de 8, Adriana Serra Moreira Lima, farmacêutica e empreendedora, destaca a importância do brincar para a sua família.

“Tenho dois filhos com 4 anos de diferença entre eles, porém, na hora de brincar não tem diferença! Brincamos de bola no quintal e temos um pula-pula. Quando jogamos bola, percebo que eles gostam de mostrar o quanto estão evoluindo com suas habilidades aprendidas na escola. Além disso, sinto ainda que querem me mostrar o quanto podem ser bons quando estão determinados a aprender”, conta ela.

Educação infantil e brincadeira

É amplamente reconhecido que estimular bebês e crianças a brincarem é um papel crucial em seu desenvolvimento.  O ato de brincar é uma atividade intrinsecamente ligada ao crescimento e desenvolvimento das crianças.

Segundo Rogéria, o brincar é fundamental para a formação da criança, pois ela se apropria da realidade, estabelece suas relações sociais e utiliza toda sua corporeidade, nas dimensões motora, cognitiva e afetiva. A pedagoga, educadora e pesquisadora do comportamento adolescente Carolina Delboni complementa:

“A brincadeira é a linguagem pela qual a criança se expressa e se comunica, e é por isso que toda Educação Infantil é pautada pela brincadeira. Para além do lúdico, para além do ser gostoso brincar de casinha ou no tanque de areia, é assim que a criança percebe o mundo e se percebe nele”.

As crianças utilizam o brincar como uma forma de imitar a realidade ao seu redor, o que lhes permite crescer, explorar novos horizontes e desenvolver mais habilidades. Uma atividade de brincadeira que desempenha um papel especialmente crucial nesse processo é a contação e interpretação de histórias.

“Quando brincam de faz de conta, as crianças assumem papéis, desenvolvem enredos e constroem interações. Por meio dessa representação, elas expressam seus sentimentos, angústias, alegrias, incômodos e as percepções do cotidiano. Elas conseguem comunicar suas dificuldades, contradições e se sentem motivadas a lidar com o inesperado, já que a história se desenrola no decorrer da brincadeira“, acrescenta Rogéria Sprone.

O valor do diálogo 

O diálogo desempenha um papel crucial no contexto familiar. Conversar com a criança e estabelecer uma rotina de brincadeiras e momentos em família é fundamental. Rogéria enfatiza a importância de deixar de lado dispositivos eletrônicos e telas por um tempo e envolver-se em jogos, atividades imaginativas e exercícios físicos.

“Converse com a criança, compartilhe com ela qual era sua brincadeira favorita quando era pequeno e divirtam-se juntos! Além de desenvolver a coordenação motora e o aprendizado, esses momentos fortalecem os laços familiares e são cruciais para o desenvolvimento da criança, ajudando-a a compreender e lidar com suas emoções”, ressalta a educadora.

Uma brincadeira vai muito além da diversão superficial, ela é uma ferramenta poderosa que molda o desenvolvimento das crianças de maneiras surpreendentes. Enquanto se entregam ao mundo imaginário, as crianças desenvolvem habilidades essenciais para a vida. Elas aprendem a resolver problemas e conflitos, exercitando a capacidade de encontrar soluções criativas. A empatia e a colaboração são incentivadas quando compartilham brinquedos e ideias com outros, ensinando-lhes a importância de considerar o ponto de vista alheio. 

Além disso, as brincadeiras estimulam o pensamento criativo, desafiando-as a encontrar maneiras únicas de superar obstáculos. Os brinquedos de encaixe e montagem fortalecem o desenvolvimento cognitivo, enquanto a interação social melhora a comunicação, a fala e a escuta, além de contribuir para a construção do repertório de palavras necessárias para a alfabetização. Portanto, brincar é muito mais do que uma atividade recreativa: é uma jornada de aprendizado fundamental para o crescimento e o desenvolvimento das crianças.

“Pai, mãe, tia, avó, responsável legal, tutor é sempre uma pessoa de referência para a criança. São pessoas que ela mais ama e, portanto, incontestável. Sentar-se junto de uma criança e se permitir brincar, exige do adulto entrega e, portanto, tempo. E quando os pais participam da hora das brincadeiras, contribuem para a criação de vínculos e de memórias com os pequenos”, complementa Carolina Delboni. 

Tempo de qualidade 

O tempo de qualidade com crianças e adolescentes desempenha um papel fundamental em seu desenvolvimento, como é explicado por Carolina Delboni. “São essas experiências da infância – e na infância – que garantem o bom desenvolvimento cerebral da criança. De zero a seis anos é quando acontece o maior pico de desenvolvimento cerebral”. 

Durante essa fase crítica, proporcionar interações significativas e afetuosas é essencial. Isso inclui brincar com a família, sejam pais, avós ou irmãos, com verdadeira qualidade. É crucial evitar distrações, como consultas constantes ao celular, que podem deixar a criança sentindo-se negligenciada. Quando oferecemos tempo de qualidade, demonstramos que estamos, genuinamente, presentes, reforçando a importância das relações humanas sobre as tecnológicas.

Investir tempo de qualidade com as crianças e adolescentes não apenas fortalece os laços familiares, mas também contribui para o desenvolvimento cognitivo, emocional e social. Carolina ainda ressalta a importância de prover diferentes estímulos à criança e dar afeto sólido. Essas experiências enriquecedoras não apenas estimulam o cérebro em crescimento, mas também ensinam lições valiosas sobre empatia, comunicação e respeito mútuo.

“Quando os adultos se envolvem ativamente com as crianças, sem distrações, enviam uma mensagem poderosa de que elas são valorizadas e dignas de atenção, ajudando a construir sua autoestima e autoconfiança”. Portanto, o tempo de qualidade com os pequenos não é apenas uma atividade recreativa, mas investimento no futuro deles e na formação de relacionamentos saudáveis e significativos.

“Eu, como mãe, acho muito importante esses momentos (com tempo de qualidade) para a evolução pessoal, espiritual e formação do caráter desses serezinhos humanos que tanto amo! Sempre achamos que podíamos fazer mais, mas me policio a não me cobrar por isso e, sim, usar o tempo ao meu favor, e brincar com qualidade para que guardem momentos importantes na memória”, frisa Adriana Serra.

Estímulo às crianças: adulto garante segurança nas brincadeiras 

A psicóloga Rita Lous, também gerente do Setor de Voluntariado do Pequeno Príncipe, hospital exclusivamente pediátrico em São Paulo, diz que “o prazer da brincadeira deveria permear todas as atividades, inclusive para os adultos, que podem potencializar os benefícios do brincar nas crianças”.

Ao participar das brincadeiras, é fundamental que os pais respeitem a maneira com que a criança brinca e a deixem conduzir o momento. Ao incentivar, os responsáveis podem estimular que as atividades sejam feitas sozinhas ou com outras crianças.

“Brincar sozinho ou brincar em grupo devem ser complementares, pois cada momento traz benefícios diferentes, como por exemplo a independência, assim como o aprender a respeitar regras e a compartilhar”, ressalta a psicóloga.

A contribuição do adulto também é importante para garantir a segurança durante as brincadeiras. O brincar solitário é relevante para a construção da autoconfiança e da autonomia, mas acompanhadas ou não, as brincadeiras devem ser supervisionadas. “Não há necessidade de intervir ou controlar o ambiente o tempo todo. A ideia é evitar acidentes”, explica Rita.

Ela frisa ainda que todos os processos do brincar são importantes, desde o momento de separar os materiais, confeccionar brinquedos e, até mesmo, guardar ou limpar tudo depois. Isso faz com que a criança esteja desenvolvendo habilidades de organização, responsabilidade e comprometimento, ao mesmo tempo em que brinca.

“As crianças e os adolescentes possuem habilidades criativas muito aguçadas, por isso qualquer objeto pode virar um brinquedo. E assim também é importante proporcionar atividades que estimulem a criatividade, a socialização e o senso crítico, por exemplo. Enfim, ao incentivar as brincadeiras, os pais contribuem com todo o desenvolvimento global do seu filho ou filha”, finaliza Rita.

O brincar no hospital entre pacientes internados

Atuando no setor responsável por promover brincadeiras em suas diferentes formas aos pacientes do Hospital, a psicóloga Rita Lous reforça a preocupação em garantir esse direito mesmo durante o período de internamento da criança.

“Sempre realizamos atividades para que os pequenos vivenciem a infância mesmo dentro do Hospital. Por meio das brincadeiras eles continuam a se desenvolver, além de todos os efeitos benéficos como segurança, adaptação e confiança”, diz.

Atualmente, a instituição conta com brinquedotecas e recreação nos ambulatórios e enfermarias. Com a colaboração de voluntários, promove diversas atividades recreativas e também disponibiliza um sistema de empréstimo de brinquedos por telefone, que funciona como um delivery.

Apresentações culturais e oficinas do setor de Educação e Cultura reforçam e complementam as atividades já desenvolvidas no Hospital. O coordenador da área, Claudio Teixeira, fala sobre as opções de brincadeiras versáteis a serem realizadas com as crianças e que impulsionam o raciocínio.

“Trabalhar com jogos de estratégia e que fazem as crianças pensarem é incrível e diverte. Esses são recursos que utilizamos muito com os pacientes da instituição”, aponta.

Brincadeiras vão muito além da diversão

A grande preocupação dos pais de crianças em idade escolar, é saber se os filhos estão absorvendo todo o aprendizado e conteúdos ensinados na escola com a concentração e o foco necessários. Apesar de ser genuíno, esse pensamento faz com que as brincadeiras sejam descartadas como parte desse processo tão importante para a criança, sendo associadas apenas a momentos de lazer.

De acordo com Cristhiane Amorim, pedagoga com pós-graduação em neurociência educação e desenvolvimento infantil, que atua como especialista em educação na rede Kumon, as brincadeiras vão muito além de uma simples diversão: “Elas colaboram para o desenvolvimento da autonomia, da criatividade e da capacidade de reflexão. Esses momentos de relaxamento são necessários para que os alunos possam absorver melhor os conteúdos”, conta.

Além disso, brincar contribui para a formação da criança e a socialização é uma das etapas importantes nesse processo. “As brincadeiras em grupo são muito importantes e contribuem para que os pequenos aprendam a conviver e cooperar com os colegas. Essa relação ajuda a externar sentimentos, melhorar o raciocínio lógico e até a serem mais críticos na solução de problemas”, complementa Cristhiane.

Sabendo que as brincadeiras são de completa importância para o desenvolvimento escolar, gestores e professores também devem pensar em como estruturar e programar as atividades lúdicas dentro da escola. A implementação de horários reservados para a diversão colabora para o processo de aprendizagem e para bons resultados dos alunos. “Neste Dia das Crianças, lembre-se: brincar também é aprender”, finaliza a pedagoga.

Portanto, aproveitemos este dia para fortalecer os laços familiares e criar momentos especiais, que contribuam para o enriquecimento das experiências de nossa criançada.

Exemplos que os pais podem incluir no dia a dia das crianças

Os aprendizados adquiridos durante as brincadeiras são variados e trazem benefícios de acordo com cada atividade. A pedagoga Cristhiane Amorim lista alguns exemplos de atividades que os pais podem incluir no dia a dia das crianças.

·        Lógica – Dinâmicas que exercitam a lógica e o raciocínio, como o jogo da memória, labirinto ou caça-palavras, são de extrema importância para o desenvolvimento cognitivo da criança, e podem ser feitas de forma individual ou em grupo.

·        Criatividade – O exercício da imaginação faz com que a criança crie uma realidade própria por meio do pensamento, estimulando a criatividade. Atividades como teatro, contação de histórias ou pintura colaboram com o desenvolvimento.

·        Relacionamentos – As brincadeiras possibilitam uma interação direta entre as crianças, permitindo a construção de vínculos de amizade, promovendo o aprendizado de convivência, o que é muito proveitoso para o futuro.

·        Comportamento – As regras de cada brincadeira fazem com que a criança desenvolva o autocontrole sobre suas emoções, evitando o comportamento impulsivo. Nesse sentido, as crianças aprendem a pensar e refletir sobre suas atitudes, melhorando sua compreensão.

Sugestões de brincadeiras para as crianças

Está sem ideias de brincadeiras que podem ajudar nessa fase da infância? Não se preocupe: a Dra. Felícia trouxe algumas boas sugestões de atividades para você colocar em prática com seus filhos – e não só!

Massinha – ajuda no desenvolvimento da força muscular das mãos e dedos, o que posteriormente vai ajudar na hora de aprender a escrever. Além disso, estimula a criatividade. Dica: use palitos, linhas e até copos para estimular a imaginação;

Jogos sensoriais – atividades que envolvem os cinco sentidos (tato, olfato, paladar, visão e audição) são sempre importantes. E é possível estimular um ou mais deles de forma especial dependendo da brincadeira;

Cozinhar  – estimula conhecimentos básicos de matemática, além de ser ótimo para a interação social e aguçar alguns sentidos, como olfato e paladar;

Pintar  e desenhar – desenvolve habilidades para a escrita e é uma forma de expressão emocional. As cores estimulam a visão e o limpar e organizar ajuda na percepção de organização;

Leitura  – ler é, sem dúvida, uma das atividades que mais estimula o desenvolvimento. Ajuda no foco, na memória, na imaginação e no vocabulário. Para tornar esse momento mais divertido, faça um cantinho da leitura e deixe os livros sempre à mão da criançada, dessa forma, ela vai criando autonomia para a leitura e aprende a manter o local organizado;

Era uma vez… – a famosa brincadeira do faz de conta ajuda a desenvolver a imaginação, criatividade, vocabulário e linguagem corporal. Também é uma ótima oportunidade para inserir temas importantes nas histórias, como o respeito ao diferente (bullying) e a solidariedade;

Dançar e cantar – importantes para desenvolver força, flexibilidade e coordenação motora. Além disso, a música potencializa o desenvolvimento da comunicação, ajudando na alfabetização e até nos princípios básicos de matemática, ensinado a contagem de números. Também faz parte dos jogos sensoriais, focando na audição.

Com Assessorias

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